quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O ALANDROAL NA IMPRENSA

Opinião
25 Set 2013, 18:08h
Carlos A. Cupeto 
Bons exemplos 
Quando o caminho traçado é adequado, surgem boas paisagens. Assim é no Alandroal.
Os bons exemplos começam a aparecer e o que se deseja é que se multipliquem. Tudo tem o seu tempo para amadurecer, uma grande rota (a sustentabilidade) leva tempo, passo a passo.
O Luís e a Eunice, com origem em Cascais, são dois jovens experientes arqueólogos. Ao contrário da tendência geral, depois de alguns anos no estrangeiro, regressaram e apostaram no Alandroal. A sua opção é num turismo de alta qualidade – “turismo de contacto pessoal e partilha” -, à medida de cada visitante, em que predominam os percursos e as rotas, tendo a raia alentejana como inspiração – o projeto chama-se Raia Alentejana. Há, pois, jovens que arriscam e acreditam na sua terra. Têm mérito e conseguem. Todos agradecemos.
Mas nesta terra raiana à beira do Guadiana, no interior do Alentejo, em que as histórias de pescadores e contrabandistas se misturam com o montado, os bons exemplos não são só de agora. Alguns vêm de longe e são bem a propósito dos tempos atuais em que nos surge uma crise que nos garantem como incontornável.
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Carlos A Cupeto
Professor na Universidade de Évora - cupeto@uevora.pt

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Como muitas terras do Tejo, o Alandroal também tem um rio. Um rio e um lago, um grande lago, o Alqueva. Tem igualmente patrimónios: construído, histórico, cultural, social. De resto, é uma terra do interior, com baixa densidade populacional, como tantas outras. À primeira vista, os alandroalenses são felizes e gostam da sua terra.
Tudo isto é vulgar e comum. Porquê então o Alandroal? Porque, como poucas terras, o Alandroal tem uma estratégia. Tem um rumo, um caminho. Todos os alandroalenses sabem que é um trilho difícil, com grandes desafios, de longa distância, com derrotas e vitórias, mas há uma direção.
Esta é a pequena grande diferença que falta a quase todas as terras. Depois de muitos anos, como os demais, o Alandroal olhou à sua volta e viu o que hoje é a sua grande aposta. Leu a sua história. Logo ali, do outro lado do rio, está a imensa planície extremenha, na grande Espanha. Mas antes disso os olhos esbarram em Olivença. Olivença sente e sabe o mesmo, os seus caminhos cruzam-se com o Alandroal.
O caminho é longo e as apostas são múltiplas, não cabem aqui.
Esta é a grande aposta do Alandroal, uma parceria estratégica e também afetiva com Olivença.
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Carlos A Cupeto
Professor na Universidade de Évora - cupeto@uevora.pt

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