Construindo
Segunda, 17 Junho 2013 09:51
Ontem o Bloco de Esquerda apresentou
publicamente as listas de candidatos e candidatas para as eleições autárquicas
no Concelho de Évora.
Estive tão bem acompanhado… Tanta gente
que de gente tem tanto… gente solidária, gente justa, gente trabalhadora, gente
honesta, gente competente, gente de coragem…
Das diferentes intervenções realço três palavras fortes,
repetidas e sentidas:
·
Alternativa – Porque é necessário e imperioso constituir uma
alternativa forte após uma gestão calamitosa por parte do Partido Socialista;
·
Participação – Porque a construção da alternativa só se pode
fazer com formas de participação
democráticas e plurais por parte de todos os munícipes;
·
Esquerda – Porque perante um cenário de ataque brutal aos
direitos dos cidadãos, apenas uma resposta política forte de esquerda pode
responder à emergência social existente hoje em dia.
A candidata do Bloco de Esquerda à
Câmara Municipal de Évora, Maria Helena Figueiredo, discursou e tocou em vários
aspetos fundamentais, sem hesitações nem meias palavras.
Falou sobre a dívida financeira do
município e apresentou soluções, falou sobre a necessidade de uma reabilitação
urbana, sobre a gestão dos recursos humanos da Câmara, sobre a importância da
cultura e do património, sobre a importância da existência de políticas de
proximidade, realçou a importância da ligação harmoniosa entre o urbano e o
rural, propôs uma ligação estreita com a Universidade. Tantas e tantas
propostas, tantas e tantas soluções.
Mas gostava de destacar a coragem em
denunciar, algo que mais ninguém teve coragem de o fazer: falo-vos sobre o
projeto da exploração a céu aberto na serra de Monfurado, da famosa Mina de
Ouro da Boa-Fé, que representará, caso vá adiante, um desastre social e
ambiental de dimensões incalculáveis. O Bloco de Esquerda anunciou que se
baterá até às últimas consequências contra este atentado.
Mas o dia de ontem fez-me reflectir
sobre um aspecto particular: o quão bom é pensar pela própria cabeça… Como tal,
não posso deixar de agradecer publicamente a todos aqueles que contribuíram e
contribuem para a minha formação pessoal e cívica.
De entre as pessoas que mais
estimularam a minha reflexão, a capacidade de planear, o gosto de aprender, o
reconhecimento da importância do trabalho em equipa e da solidariedade como forma
de desenvolvimento humano, estão tantos e tantas professoras que passaram e
marcaram o meu percurso.
Não posso, portanto, no dia de hoje, em
que milhares de professores estão em greve, de prestar a minha homenagem a
todos eles e dizer-lhes: Obrigado por cuidarem do futuro de tantos jovens.
Obrigado por resistirem ao medo e à coação.
Para todos os professores e professoras
em greve neste dia toda a minha solidariedade.
Até para a semana.
Bruno Martins
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