segunda-feira, 4 de março de 2013

CONCURSO DE POESIA POPULAR NO ALANDROAL

Coincidindo com a abertura da IV Mostra Gastronómica do Peixe do Rio foram dados a conhecer algumas obras enviadas a concurso.
Apenas podemos informar que o vencedor é natural de Borba. No entanto e fruto de buscas levadas a cabo pelo Al Tejo é-nos possível deixar aqui  as poesias levadas a concurso por dois Poetas do Alandroal e que neste capítulo se teem destacado.
A Ausenda Ribeiro e Matias José.
As buscas a que nos referimos foram:
http://ausendar.blogspot.pt/                   e                      http://wwwpoetanarquista.blogspot.pt

Assim e tendo como mote:

Concelho que tem Endovélico
Onde existe a boa gastronomia
De peixe é rico e belo
não fica atrás a poesia

XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
De Ausenda Ribeiro


Concelho que tem Endovélico
Onde existe a boa gastronomia
De peixe é rico e belo
não fica atrás a poesia

               I
Em terras alentejanas
De papoilas salpicada
Por entre espigas doiradas
Nas suas várzeas planas
Existem almas humanas
De porte simples, angélico
Repudiando o que é belico
Aqui, neste Portugal
É somente o Alandroal
Concelho que tem Endovélico

                  II
Talvez essa Divindade,
Venerada em tempos idos
Portadora de bons fluídos
Nos traga prosperidade,
No meio desta austeridade
Com um sopro de magia
Que não se acabe a maquia
P´ra manter a tradição
Porque é uma região
Onde existe a boa gastronomia


                     III
Todos devemos amar,
Este concelho tão nobre
Qu´é considerado pobre
Terra distante do mar
De  ter, se pode gabar
Três vilas, de ar singelo
Cada uma seu castelo
E, p´ra se sentir ufana
O longo Guadiana
De peixe é rico e belo.

                   IV
Seus documentos históricos
Testemunhos do passado
Que nos têm elucidado
São relatos categóricos.
De grandes feitos heróico
Rico em arqueologia
Que é uma mais valia
Entre arte nas profissões,
Costumes e tradições
Não fica atrás a poesia

Ausenda Ribeiro
In: http://ausendar.blogspot.pt/

De: Matias José


Concelho que tem Endovélico
Onde existe a boa gastronomia
De peixe é rico e belo
não fica atrás a poesia

                                   Glosas

                1ª                                      
Foi p´lo Concelho d´Landroal
Épocas remotas do passado,
Um Deus pré-romano adorado
Na antiga Lusitânia Ocidental.
(Esperando de Deus o sinal!)
Em conturbado período bélico
Viveu Viriato. o guerreiro épico
E rogavam à «Entidade Divina»
Dizem com poderes de medicina...
Concelho que tem Endovélico.

                   2ª
O povo recebia em alimento
O que a natureza lhe dava,
Do que se caçava ou pescava
A todos servia de sustento.
As mulheres com seu talento
Condimentavam rica iguaria
Preparando o que se comia
Com ervas muito aromáticas...
Ainda hoje as melhores práticas
Onde existe boa gastronomia

                    3ª
As águas do rio Guadiana
Davam peixe com fartura,
Séculos de história e cultura
Banharam terra lusitana.
Perdura na vila alentejana
De Juromenha, por ter castelo,
A caldeta feita com esmero
Pelos Deuses bem guardada...
Por ter sido preservada
De peixe é rico e belo!

                     4ª
Como alcatruzes tirando
Água de dentro da nora,
Assim um poeta elabora
A escrita que sai rimando.
Ouvem-se depois cantando
Esses poetas em harmonia
Palavras ditas com sabedoria
Realçam mais o seu valor
Acreditem que não é favor
Não fica atrás a poesia.

Matias José
Veja mais em: http://wwwpoetanarquista.blogspot.pt

Nota do Editor: O Al Tejo terá todo o gosto em divulgar todas as obras remetidas a concurso. Para tal agradeço que as mesmas sejam enviadas para o mail que consta na barra lateral direita.
Muito obrigado
Chico Manuel





2 comentários:

Anónimo disse...

Muito bonitas as décimas dos nossos conterrâneos, estão de parabéns. Fui espreitar o blogue do amigo Cabé e tem lá mais outras décimas e um soneto sobre o mesmo mote que foi a concurso. A qualidade a que já nos habituou e acho que também eram merecedoras de publicação no blogue do amigo Xico.
Cumprimentos a todos os poetas que participaram e ao Xico que vai divulgando.

francisco tátá disse...

Muito obrigado pelo comentário e pelo reconhecimento.
Não me pareceu de muito bom tom publicar toda a poesia do amigo Cabé. no entanto copiei uma e deixei o link precisamente para "forçar " uma visita ao site para poderem apreciar o magnifico conteúdo do mesmo.
Um abraço
Xico