O MEU
BATEL
Tenho um barco de papel
Barco por mim construído
A bordo deste batel
Tenho o mundo percorrido
Rios, mares e oceanos
Pelo barco navegado
Lugares santos e profanos
Tudo me tem enganado
Vilas, cidades, países
No meu barco de magia
Além das minhas raízes
Tudo o resto é fantasia
Pensei que estivesse certo
No princípio da viagem
O rumo virou incerto
Tu foste uma miragem
Não te encontrei navegando
No mar que te inventei
A minh’alma vai sonhando
No teu porto não atraquei
A esperança que navegou
A bordo do meu batel
Comigo desesperou
Num sofrimento cruel
Todos os mares percorri
Mesmo o mais revoltado
A vida arrisquei por ti
No meu sonho malfadado.
Helder Salgado
10-01-2013.
1 comentário:
Amigo Helder
Nem sempre a vida é cruel
Um poeta apaixonado
Mesmo em barco de papel
Pode achar o ser amado.
Um abraço
Ausenda
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