A SAMARRA
Vesti um dia a samarra
Não a que veste o pastor
Vesti um dia a samarra
Para me disfarçar de cantor
Pensava, assim disfarçado
Que de Ti me aproximava
Tive que mudar de fado
O disfarce não deu nada
Vesti um dia a samarra
A samarra dum cantor
Ao dedilhar a guitarra
Logo me chamaste impostor
Resta-me agora pedir
Perdão pelo que te fiz
A samarra fez-me sentir
Um doidanas infeliz
Agora quando Te vejo
E me ponho a recordar
A samarra e o solfejo
Não canto, fico a chorar.
Helder Salgado
25-08-2012
1 comentário:
Aqui está um poeta digno do nome e que não anda a dizer aos quatro ventos que o é.
E nem se diz FERNANDO PESSOA OU CAMÕES.
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