sexta-feira, 3 de agosto de 2012

UM OSSO DE CADA VEZ (Rubrica que aparece sempre às 6ªs feiras)

UM OSSO de CADA VEZ

  “ O homem de bem exige tudo de si próprio;
    O homem medíocre espera tudo dos outros”
      Confúcio
I.
Estamos na pujança de mais um mês de Agosto com tempo e calma para pensar em coisas boas e na liberdade de circulação no país, um bem  escasso, tal como as férias acessíveis o são  apenas para um pouco mais de 20% de portugueses.
No entanto, ainda estamos a tempo de ser positivos e acreditar que o país pode voltar a valer a pena. Assim como o futuro dos portugueses vai valer a pena desde que:

1) O regime democrático nacional e local não continue a ser desvirtuado e deixe de ir ao encontro de uma sociedade aberta que seja mais desenvolvida, mais qualificada, mais educada, mais diversa e criativa do que a forma de fazer política em que a andam a querer afogar-nos e fazer viver;

2)  Parece-nos pois, que a democracia que temos em Portugal, só poderá evitar os colapsos que já teve no passado ( desde a I Republica ao Estado Novo) se ultrapassar os males identificados do Clientelismo predador (é vergonhoso o que se passa nas empresas cotadas), dos Feudos políticos, a Desconfiança, a Desqualificação e a Miséria social.
Ou seja, o sufoco e o fechamento político. Seja ele de âmbito europeu, nacional ou de base local.

3. Neste contexto não devia custar nada perceber, por exemplo, que os Deputados da A.R. devem fazer aquilo para que foram eleitos, em exclusividade, e depois votar em liberdade, impedindo-se de dedicar mais tempo aos seus negócios e interesses pessoais do que aos assuntos da Nação.
 O que, de todo em todo, não pode acontecer é que os governantes/presidentes/advogados/ deputados partidários sobreponham os  interesses individuais aos interesses gerais desta  desequilibrada III Republica.
Tão simples e tão complexo quanto isto a observação é esta: os deputados que deputem, os ministros que ministrem e os drs. Elvas… que se deslicenciem antes e licenciem depois.Com menos pressa e  sem tanta porcaria na ventoinha alguma coisa terá de mudar na panela de pressão.

 II.
INTERNACIONAL


1. Ao longo dos tempos têm sido aos milhares (sim, milhares) os Tratados e Acordos internacionais que depois de serem assinados com pompa e circunstância jamais foram, são ou virão a ser cumpridos.
Tratados, Convénios, Pactos, Memorandos, Protocolos fazem parte de uma mesma panóplia historicamente mal sucedida que, muitas vezes, com mais recuos do que avanços, isolam comunidades e povos e provocam conflitos não agindo os responsáveis em defesa da harmonia global da existência  humana.
Foi assim, com Olivença. Continua e continuará a ser assim. Um dos exemplos mais descarados, é o chamado Protocolo de Quioto sobre o Ambiente que certos  países se recusam cumprir para ocultar o descalabro da precária interação do Homem com o seu meio ambiente de modo a torná-lo sustentável.

2. Efectivamente, mais difícil do que sentar as pessoas a uma mesa de conversações é conseguir que depois cumpram os acordos que assinaram, tendo em vista ultrapassar os momentos críticos da guerra e da paz ou dos problemas universais que o Ambiente vem apresentando com urgência crescente.
Reparem que o Japão, a Rússia e o Canadá (quem diria?) não querem agora dar continuidade ao que acordaram por sua livre iniciativa.

3.  Portanto, é com boa vontade que se destaca aqui o papel da Organização  das Nações Unidas (ONU) criada após a II segunda guerra mundial para prevenir um novo grande conflito geral e nuclear à escala mundial .
Dotada de insuficientes forças da paz(os Capacetes azuis) não podendo governar nem legislar, a ONU, continua a exercer sobretudo o seu poder delegado de influência politica no sentido de levar à resolução de alguns conflitos menores como aconteceu durante a Guerra Fria onde as potências em confronto eram duas e utilizavam os peões em guerras indirectas e  por procuração.

4.Não tem sido o caso da Síria porque é preciso que os 5 membros permanentes do Conselho de Segurança se ponham de acordo, sem que nenhum deles exerça o direito de veto.
Como a China e a Rússia/Irão o têm exercido, a guerra e a matança porta a porta entre os sírios de diversas origens religiosas vai continuar. E, por paradoxal que isso vos pareça, ninguém pode  sair vencedor ou vencido de uma guerra sem que haja negociações prévias entre as duas partes em conflito. Ainda aqui, a ONU, tal como está hierarquizada pode pressionar no sentido da matança dos civis e crianças em directo acabar urgentemente desafiando o seu direito-dever de intervenção para proteger os 300.000 refugiados.

III.
LOCAL
 Apesar do cenário de crise social alargada em que vivemos não predispor à discussão das questões do Ambiente, temos de admitir que continuam a existir ideias, alternativas e soluções que podem ser reinventadas e aplicadas à vida das Comunidades locais com proveito  para todos.
Imaginem, por isso, que no concelho do Alandroal continua por haver uma postura e preocupação renovada com os aspectos seguintes:
  --- a “economia verde” e os “empregos verdes” susceptíveis  de serem  criados para desenvolver as principais envolventes económicas do  Ambiente local;
 --- a necessidade de alargar a eficiência energética nos consumos públicos sem os eventuais desperdícios que se vão verificando;
--- com a situação da falta de água que pode vir a tornar-se num dos problemas mais críticos do concelho;
--- com a arquitectura de feição local que rodeia o Castelo e que,  nesta oportunidade, da sua requalificação poderia ser pontualmente também corrigida e melhorada.
--- Pomos ainda mais uma questão: quantos protocolos é que a Câmara tem em curso? Quantos correram bem? Quantos se revelaram rotundos falhanços?
Pode saber-se?... Há dados fiáveis?

Por outras palavras, acham que a médio prazo, o Alandroal poderá dispensar esta e outras Aalternativas que o “ Al Tejo”, persiste em lançar enquanto espaço de critica e de debate aberto?
           AnB                                   
            (3/8/2012)

5 comentários:

Anónimo disse...

A França, a Inglaterra e o E.U. é que não etã0 de acordo em deixarem em paz po povo Sirio!!!!Quem são os Vilões, neste caso como em tantos outros??? Abre o olho...!

Anónimo disse...

Camarada, estes tipos abrem os olhos sempre para o mesmo lado. É escusado...

Anónimo disse...

Se não sabemos todos (porque será?) todos "devem procurar saber QUANTO ANTES" que a ONU - um puzzle constituído por dezenas de países, incluindo os States do massacre dos índios, é COMANDADA pelos citados em fim...os States. E, exteriorizando além fronteiras o HÁBITO, tem «manobrado» as votações no Conselho de Segurança e, tão sómente, porque pelo menos nas últimas três décadas os governantes dos States "AFUNDARAM" o país (tal como recentemente cá) em corrupções, miséria, roubos, etc., etc.
De tal forma que, dos seus dados estatísticos, confrangedoramente se constata a existência de 25 milhôes de cidaddãos a viver abaixo do limite da pobreza.
Imagine-se!!! A China detem (comprou) 60% da sua responsabilidade deficitária externa?????????????????????
Em conclusão e MUITO PELA RAMA o envolvimento da ONU (leia-se dos States no Kuweit, no Iraque, no Afeganistão, na Venezuela, no México, etc., etc., e agora no Irão) só tem um objectivo. Evitar o colapso IMINENTE da falta de energias vivas do ex-colosso chamado Estados Unidos da América a troco de umas centenas de milhares de mortos ONDE SEJA NECESSÁRIO para a sua sobrevivência.
Por fim disse ontem Obama: O governo americano financia a CIA para intervir no Irão mas...não para adquirir e fornecer armas aos rebeldes.
Comento eu: Nem pensar. Uns rapazitos com décadas de provas!!! de humanismo. É impensável investir 1 dólar só que seja para tal fim. Não senhor!!! Só para fins DE SOLIDARIEDADE com os povos que não os querem lá.

Ajuízo por fim que mais não se trata do que a CONTINUIDADE E A UNIVERSALIDADE DA HIPOCRISIA DO COLARINHO BRANCO.

Hijos de puta...

Rainha de Bagdad

Anónimo disse...

"I had a dream last night ..."

E o sonho ficou por aí...

"Eles não sabem, nem sonham..."

Anónimo disse...

OBS.


Claro que devemos dar livre curso aos Comentários e aos simples desabafos que cada um aqui no al Tejo, vai querendo e podendo fazer.
É um dos remédios menos mau para este estilo de intervenção.

Mas uma coisa é a história dea cada pais dentro ou fora da ONU,outra coisa é a guerra civil muito violenta que está acontecer na Siria,onde,inclusive,existe o perigo de recurso a armas de destruição maçica.

De modo que, neste momento, não vale a pena estar a dizer mais nada.

Há que pará-la e urgentemente.

Não concordam?

Melhores saudações

ANB