sexta-feira, 10 de agosto de 2012

UM OSSO DE CADA VEZ (Pelo AnB - todas as sextas)


Um OSSO de CADA VEZ
I.
Hoje temos duas dúvidas principais e dois ossos rápidos para tratar no al Tejo. A primeira é a seguinte: tal como as coisas estão (a ideia não é só minha…) se um tipo não pagar as taxas moderadoras, corre o risco de ver os tom@tes penhorados?...
Segunda dúvida: será que a falta do plural de medalhas olímpicas tem alguma coisa a ver com o estado de espírito da nação e a desmotivação dos atletas portugueses? Os treinadores terão feito os mínimos olímpicos na lusófona? Bastaram-nos 20 anos para repetir, num ai, o fracasso de Barcelona/92 se bem que as mulheres até tenham competido bastante bem e, salvé, salvé, acabámos de conquistar uma preciosa medalha de prata.
II.
Os administradores da Casa da Moeda devolveram o dinheiro que tinham indevidamente utilizado. Não foram por isso penalizados. Dito e feito, cartões à portuguesa.
Fica no entanto a pergunta: será que um qualquer ladrão que roubou deixa de cometer um crime só porque devolveu o que nunca foi dele? Não se aplica a estes moedeiros o princípio de que “antes prevenir do que remediar”?
 III.
Com a experiência adquirida no ensino universitário, apresentamos uma sugestão para quem for para o ensino superior: a universidade é diversidade.
Por isso estudem mandarim, aprendam árabe ou japonês. Vão ver que na diferença é que está a vantagem.
Aliás, devo dizer-vos que tenho um árbitro conhecido que já foi Presidente da APAF que se enlaçou com uma marroquina após consentimento familiar e pagamento prévio do dote.
Diz ele que, enquanto mulheres, é do melhor que pode haver e possuir para viver diariamente tranquilo e um resto de vida sossegado.
Aqui fica esta dupla recomendação.

IV.
INTERNACIONAL
Por mais que se possa admirar o nadador que ganhou 22 medalhas olimpicas, os Jogos perderam o melhor do seu espírito e ocultam muitas outras coisas brutais. Da política à economia este ano até resultados combinados houve.
No fundo, a vida dos atletas é anormal e de uma violência extrema. O caso da China e de tantos outros países, é mais um péssimo exemplo.
Crianças há de 6,7 e 8 anos que são retiradas às famílias para fazerem delas campeãs durante anos seguidos de treino forçado e duríssimo.
A violência e a amoralidade é tal que acaba por se tirar ás crianças, o melhor que elas poderiam ter. Serem crianças!
Pobres crianças, eis o mundo que lhe criámos, dirão muitas delas um dia
V.
Para lá do medo e da forte amnésia histórica que a Alemanha anda projectando no Sul europeu, todos os dias, esquecendo os apoios políticos que a Europa lhe deu em 1989 quando absorveu a ex-RDA, o que queremos aqui salientar é que já vimos escrito e dito por um ex-MNE que Portugal tem diplomacia, anda a perseguir a diplomacia económica na China mas já não tem politica externa à altura de um país soberano e independente. Sobretudo desde que nos aconteceu a entrada na União Europeia.
Perguntamos, porém, se o avisado não seria o país perceber e admitir que a própria União Europeia pode desaparecer e que, nessa altura, não tendo já hipóteses de recriar uma politica externa autónoma, decididamente virada a Sul, à CPLP e ao Mediterrâneo, o país pode ser banido do circuito e do sistema de relações internacionais?
Diria mais, se me fosse dado escolher e seguir de perto um modelo de país com uma politica externa historicamente adequada aos tempos actuais, escolheria o caso da Inglaterra.
Vejam como os ingleses estão com um pé dentro e outro fora da U.E e como têm uma aliança privilegiada com o poder global dos USA.
Vejam ainda como vêm sustentando a sua Comunidade, mantêm a libra forte, estão fora do euro, sempre se bateram contra os desígnios da Alemanha e como se relacionam com a Rússia.
Em síntese, reparem como é que uma potência média consegue desempenhar o papel de uma grande potência cometendo, aqui e mais além, certos “erros honestos” como disse D.Cameron. E, como Portugal, se lhe seguisse o exemplo poderia ser a pequena potência com voz semelhante à de uma potência média?
Acham possível?

VI.
LOCAL
(a) Mantemos a ideia de que ter o Alentejo habitado não (nos) devia ser um objecto estranho. Nem à realidade social portuguesa. Nem à nossa ficção local.
Por isso, pomos mais uma vez em cena no al Tejo, três entre várias questões sobre a demografia que andamos por cá desatinando.
- Qual é o número de nascimentos que estão e podem vir a verificar-se aqui durante os próximos anos e década? Havendo dados, há projecções? Ou vamos mesmo desaparecer?
- Se o número decrescente de jovens alandroalenses vai reflectir-se naturalmente nos progenitores de amanhã, quantos vamos ser a menos? O concelho resistirá?
- Existem, porventura, alguns sinais de recuperação e de novas vidas no Concelho? A autarquia está atenta à situação para além de ir passando os cheques do costume?
Mudar e inverter este cenário vai ser um dos temas de debate na próxima campanha eleitoral?
Será enfim possível atrair mais gente para o Alandroal?
(b) Quanto ao desenho e aos pequenos jogos de sombra que se prevêem no Alandroal nas alianças pré-eleitorais do ano que vem, serão os adequados?
Ou serão apenas feitas as alianças mais cómodas, juntando-lhe o lastro de esquisitos almoços paralelos, sem ter contudo capacidade de incorporar na agenda as questões decisivas?
Por outras palavras, dado que a CDU parece agora ter já mais passado do que futuro, será que o seu previsível aliado vai ser mais do mesmo presente?
Perguntar estas coisas perturba ou vem aí um tempo novo para as repensar e abordar?
AnB
(10/8/2012)
Ps: Férias escritas? E porque não?

3 comentários:

Anónimo disse...

Amigo Berbém tal como tu vou acompanhando a vida da nossa terra à distância, nomeadamente através do Blogue do amigo Xico Manel e pelo que oiço dizer dos jovens do Alandroal quando me desloco lá, o seu futuro perspectiva-se sombrio. No último fim de semana que estive no Alandroal ouvi um casal, que andará na casa dos 40 anos, dizer que brevemente vão abandonar a terra porque não vislumbram qualquer hipotese de emprego a breve ou médio prazo, porque mais dia, menos dia não têm dinheiro sequer para comer. Este, é concerteza um bom exemplo da realidade do nosso concelho actualmente.

Boas Férias

Anónimo disse...

Uma realidade do concelho e do país, e tudo graças a PS e PSD. São estes dois partidos que têm alternado sucessivamente no poder e que nos arruinaram. Ao longo destes últimos anos a grande corrupção e compadrio fazem parte das listas partidárias de xuxas e xuxiais! Uma vergonha nacional!

Artemiso Peças disse...

PRIMEIRO DE TUDO QUERO AGRADECER AOS INICIANTES DO CINE DOMINGOS MARIA PEÇAS DE SE TEREM LEMBRADO DE HOMANIGIAR O MEU QUERIDO PAI (já falecido 6 anos) gostaria se possivel de agradecer e honrar a sua memória, pois o meu pai tinha no seu coração todos os amigos e claro lá estva o ALANDROAL.o meu mayl artemisop@gmail.com por isso agradecia um contacto da vossa parte, uma vez mais e nunca será demais os meus sinceros agradecimentos. BEM HAJAM A TODOS E A TODO O ALANDROAL