quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ÀS QUINTAS DECLAMA-SE UM POEMA

Comentário em destaque:

Anónimo Anónimo disse...
1939 - Polémica que deu brado na época.
José Régio, escritor, dramaturgo, e poeta já consagrado, membro influente da revista "Presença", advogando uma literatura que, como arte, deveria valorizar, sobretudo, os valores estéticos da obra, e Álvaro Cunhal, nessa altura ainda muito jovem, apenas conhecido em meios muito restritos, já exteriorizando aquele dinamismo e combatividade que o iria caracterizar toda a vida, defensor do neo-realismo nascente, um movimento literário e artístico empenhado socialmente. Num contexto já aprisionado pela censura, em que a livre expressão já não era permitida pelo Estado Novo, esta polémica teve a particularidade de interessar toda a intectualidade portuguesa da época, já que nela tomaram posição todas as correntes literárias, agrupadas em torno de revistas, jornais e tertúlias avulso. Assim, não foi indiferente à "Seara Nova", à "Presença", ao "Diabo", aos modernistas, e até a alguns "franco atiradores". Não se colocando a questão da qualidade estética ou poética, o importante era o empenhamento social da obra, a função social que deveria exercer, o compromisso que deveria conter. Foi isso que se debateu, foi isso que se analisou, foi isso que se discutiu. Nunca esteve em causa a posição política pessoal dos dois principais litigantes, pois era sobejamente conhecida a atitude de ambos perante o Estado Novo: Opositores de sempre desse regime e para sempre. Dum lado estiveram Alves Redol, Soeiro Pereira Gomes, Manuel da Fonseca, entre outros. Do outro lado estiveram José Régio, Gaspar Simões ou Casais Monteiro, por exemplo. Todos, mas todos, gente grande das letras portuguesas.
09 Agosto, 2012 20:18





2 comentários:

Anónimo disse...

1939 - Polémica que deu brado na época.
José Régio, escritor, dramaturgo, e poeta já consagrado, membro influente da revista "Presença", advogando uma literatura que, como arte, deveria valorizar, sobretudo, os valores estéticos da obra, e Álvaro Cunhal, nessa altura ainda muito jovem, apenas conhecido em meios muito restritos, já exteriorizando aquele dinamismo e combatividade que o iria caracterizar toda a vida, defensor do neo-realismo nascente, um movimento literário e artístico empenhado socialmente. Num contexto já aprisionado pela censura, em que a livre expressão já não era permitida pelo Estado Novo, esta polémica teve a particularidade de interessar toda a intectualidade portuguesa da época, já que nela tomaram posição todas as correntes literárias, agrupadas em torno de revistas, jornais e tertúlias avulso. Assim, não foi indiferente à "Seara Nova", à "Presença", ao "Diabo", aos modernistas, e até a alguns "franco atiradores". Não se colocando a questão da qualidade estética ou poética, o importante era o empenhamento social da obra, a função social que deveria exercer, o compromisso que deveria conter. Foi isso que se debateu, foi isso que se analisou, foi isso que se discutiu. Nunca esteve em causa a posição política pessoal dos dois principais litigantes, pois era sobejamente conhecida a atitude de ambos perante o Estado Novo: Opositores de sempre desse regime e para sempre. Dum lado estiveram Alves Redol, Soeiro Pereira Gomes, Manuel da Fonseca, entre outros. Do outro lado estiveram José Régio, Gaspar Simões ou Casais Monteiro, por exemplo. Todos, mas todos, gente grande das letras portuguesas.

Anónimo disse...

Obs.


SE ME É PERMITIDO,ACRESCENTARIA QUE A POLÉMICA AQUI REFERIDA SE MANTEVE viva e ACtuante ATÉ QUASE AOS ANOS FINAIS do ESTADO nOVO.

Ou seja,tratou-se como disse José Régio, de prosseguir por vários Caminhos menos o de aceitar e o de pactuar com Um único caminho.

M.c.

AnB