Vêm aí as férias. Muitos portugueses, com os subsídios
de férias cativos para pagamento dos grandes buracos criados por verdadeiras
corjas de malfeitores, não terão alternativa: ficam em casa, com os pés de
molho num alguidar com água fresca, à espera de melhores dias. A minha fofa já
comprou dois: um para nós e outro para os vizinhos de cima. De barro, para a
água se aguentar fresquinha durante mais tempo. E comprou também um saquinho de
sal de cozinha. Sempre ficamos com o sabor a mar nas canelas.
A “economia de Verão” vai, portanto,
ser uma catástrofe. Centenas de restaurantes, das duas, uma: ou fazem preços
rastejantes, e não terão retorno suficiente para pagar aos fornecedores, ou
terão de encerrar portas; se baixarem os preços… vão ter de fechar na mesma. Os
hotéis irão funcionar a meio-gás com o dinheiro de alguns camones e nós, a
malta normal, mais uma vez, ficaremos
sem capacidade para gozarmos aquilo que é nosso: as nossas praias, o nosso Sol,
o nosso país meio devassado por incompetentes.
E como isto está tudo muito deprimente,
vou acabar por aqui para ir dar uma massagem à minha fofa, que hoje acordou com
os músculos tensos na zona do pescoço.. Até logo.
J.L.N.
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