quarta-feira, 4 de abril de 2012

POEMAS DO HELDER

DESTROÇADO

Talvez a minh’alma hoje padeça
Do mal que o meu corpo teve outrora
Desse tempo, o carinho eu não mereça
O teu amor, p´ra meu desgosto foi-se embora

Sozinho fiquei cantando assim
A recordar o tempo já passado
Inventando o que de melhor tenho de mim
Como louco, triste e não cansado

De procurar-te neste mundo, tão cruel
Por viela, imunda humedecida
Onde a toda a doçura me sabe a fel
Onde a morte me prolonga a própria vida

Já te pedi que voltasses e hoje não
Quero encontrar-te no caminho
Qu’em migalhas se desfez o coração
E o meu corpo caminhando está sozinho.

Helder Salgado
21-03-2012.

DESESPERO

Este é o sítio
Estas são as pedras
Onde por Ti grito
Para sair das trevas

Às pedras subi
Para ver mais alto
Nem assim te vi
Para meu sobressalto

Este é o sítio
Onde te falei
E agora grito
Não Te esquecerei

Este é o sítio
Onde me perdi
De noite e de dia
Esperando por Ti

Este é o sítio
E eu ainda sou
O menino de sempre
Que sempre Te amou

Ouve-me querida
Eu espero por Ti
Não deixes que a vida
Me leve sem Ti

Este é o sítio
Por onde vagueio
Já nem do meu grito
O eco me veio.

Hélder Salgado
26-08-2011.

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