terça-feira, 3 de abril de 2012

A CIDADE DO ENDOVÉLICO - (João Cardoso Justa)

(FINAL)

O “problema” Endovélico

Vejamos, em concreto, a situação presente que os arqueólogos, depois de centenas de anos de pesquisas e bibliografias, enfrentam na localização do Templo a Endovélico, Deus Supremo dos celtas do «sertão». Pelas palavras dos próprios, após a última investigação séria feita em 2002 (Amílcar Guerra, Thomas Schattner, Carlos Fabião e Rui Almeida):
«Chegados a este ponto, é interessante reflectir sobre os erros de avaliação que sempre foram cometidos quando se tratou do sítio de S. Miguel da Mota, incluindo os signatários. Em primeiro lugar, sempre se admitiu que deveríamos estar perante uma estrutura fruste, por ser um santuário consagrado a uma divindade indígena, quando toda a evidência escultórica e epigráfica nos falava de um santuário romano e sugeria mesmo alguma monumentalidade. Em segundo lugar, sempre se tomou como certa a localização da estrutura (um templo ou vários) no topo da crista, no local onde se ergueu mais tarde a ermida de S. Miguel, pelo que os vestígios de utilizações antigas da encosta nascente foram considerados como pertencentes a um amuralhado indígena, pesando na apreciação, uma vez mais, o carácter da divindade (Vasconcellos, 1905, p. 125), ou estruturas anexas ao santuário, quando afinal, ao que tudo indica, se trata do santuário propriamente dito».
Afinal, sabe-se agora, que não se tratava do «santuário propriamente dito», e esta teoria, do “templo de socalcos”, está definitivamente arredada entre os investigadores. E outras assim acabarão, em “nada”, porque nada se saberá da localização do Templo enquanto os arqueólogos recusarem aceitar que, há anos, perseguem uma pista “plantada” (não sei qual o “ramo” eclesiástico que o fez ao decidirem cortar pela raiz todos os cultos pagãos), que, como em todas as situações semelhantes, pretende afastar o conhecimento comum das pedras que falam verdades incómodas. A capela de S. Miguel foi erigida (repito, não se sabe quando nem a mando de quem) naquele local, porque ali existiam vestígios romanos (talvez uma habitação) que foram preenchidos, como se infere do texto publicado em 2002 pelos referidos autores «Era evidente que todo este material se encontrava descontextualizado e reutilizado simplesmente como material de enchimento, à semelhança do sucedido com muitos dos outros exemplares (escultóricos e epigráficos) daqui levados por Leite de Vasconcellos em 1890, as estátuas e outros fragmentos preenchendo a cavidade natural e a árula usada como material de construção». Que verdades procuraram ocultar da posteridade essas fantasmagóricas personagens? Não sei. Quem se dedica a estudar essas “guerras”, depois de afirmar que o poeta Luís de Camões andou com o Duque de Braçança e a sua «Academia da Luz», no Alentejo, a estudar as aras do Endovélico “agarram-se” a este extrato da obra camoniana:
«Se dizem, fero Amor (o deus Cupido), que a sede tua
Nem com lágrimas tristes se mitiga,
È porque queres, áspero e tirano,
Tuas aras banhar em sangue humano»

E daqui retiram terríveis conclusões que, por desconhecimento fundamentado das mesmas, não comentarei.

Por curiosidade, acrescente-se que em Vila Viçosa, os falsários, foram menos meticulosos nos alicerces da Capela de Santiago, onde “estava” o templo de Proserpina.

O verdadeiro TEMPLO do DEUS ENDOVÉLICO

Para aceder ao entendimento correto deste “problema Endovélico” é necessária uma abordagem ligeiramente distinta das formas como o seu estudo tem sido tentado. Na verdade, apenas a introdução de uma subtil pergunta entre o conhecimento adquirido, pode conduzir a novas conclusões. Isto é, possuímos num prato da balança (visualizemos assim), milhares de estudos sobre o tema Endovélico nas Universidades de todo o mundo, e, em mais Universidades ainda, no outro prato desta avaliação, o peso colossal dessa fantástica cultura greco-romana que se rendeu, embora adaptando-se, conforme se pode verificar nas inúmeras aras votativas, com profunda convicção, portanto fé, ao culto tópico, local, de um Deus celta perdido entre as faldas da Serra d´Ossa. Foi uma das características da romanização, pensarão muitos, e eu devo responder-lhes que não. Com esta convicção com que adoraram Endovélico e Atégina (Proserpina), com esta fé com que os tomaram por seus Deuses Superiores, não é uma característica da romanização. Os romanos não hostilizavam, toleravam (lembremo-nos que estamos a falar de sociedades profundamente religiosas), mas não se entregavam desta forma aos cultos nativos. Necessariamente, existiram condições especiais no culto destes Deuses celtas, em que a cultura-greco romana se reviu, em que se sensibilizou, em que comungou, através do sentido do divino dos locais, uma identidade total com os princípios profundos que emanavam dos seus próprios deuses, do seu Panteão original. E é aqui que devemos introduzir esta pergunta. Que ligações tão similares, entre conceções da espiritualidade, entre princípios fundamentais que lhe regulavam os nascimentos, as colheitas, as doenças, os amores, tudo afinal, da sua vida, podiam existir entre estruturas sociais tão diversas? E a resposta, é a vida depois da morte. No submundo, habitavam as almas dos seus mortos, e esse submundo, era o reino do Endovélico, e de Atégina, (Proserpina que correspondia à deusa grega Perséfone, quando com ele se recolhia nos meses obscuros. Na mitologia grega e romana, “Os Infernos” eram os lugares subterrâneos onde as almas desciam depois da morte para serem julgadas. Constituía crença geral, tanto na Grécia como em Roma, que todas as cavernas cuja profundidade não fosse sondada pelo homem, eram entradas para “Os Infernos”. Na Grécia, a sua entrada era pelas cavernas próximas ao cabo Averno, perto do Peloponeso, e em Roma era pelas grutas de Cumas, perto do lago Averno. Esta era a “cosmografia” dos Infernos: 1ª Nível – Os palácios da Noite, do Sono, e dos Sonhos. 2º Nível – O Inferno, o dos Maus. 3º Nível – Tártaro – O dos Deuses expulsos do Olimpo. 4º Nível – Os Campos Elísios – Morada dos Deuses Superiores.
Só assim se entende como os invasores, provenientes destas culturas, ficaram absolutamente seduzidos perante este Endovélico, Deus do submundo, das forças ctónicas, telúricas, elo entre a vida e a morte, «praestantissimi et praesentissimi (sempre ativo e presente), que transmitia as indicações divinas desde as profundezas por intermédio de sonhos e visões, ou através dos oráculos. Daqui resulta pois, obrigatoriamente, que o Templo original do Grande Endovélico celta será uma ampla caverna, uma passagem para os seus domínios, o submundo.
E onde existe, nessa zona, uma caverna com tais dimensões? Na verdade, existirão dezenas. As mais superficiais, por vezes cedem sob o peso da cobertura, formando profundos “buracos” no chão dos milenares olivais (nos últimos anos, que eu saiba, abriram dois, um na Herdade da Pipeira junto à transformação de mármore, e outro a poucos metros do olival dos Vilares. Outra dessas cavernas, já aqui o referimos, dava acesso à natação dos rapazes na “Tapada das Caraças”, e outras, de enorme profundidade são “algares”, que os geólogos (espeleólogos) estudam, mergulhando na “Passagem do Rio Obscuro” (Ad Atrum Flamen). É aqui, nesta faixa de terreno, prolongamento em linha reta dos “Villares” de Bencatel e Alandroal, Carambô, dos algares Morenas e Stº António, dos bairros Alfarrobeira e S. Bento (com estrada para os “Villares de Pardais”), a enigmática capela de S. Bento e olivais circundantes (onde abundam os vestígios de cerâmica), e depois, alto da Carrapatoza (significava barranco), Herdade da Pipeira (onde mais tarde se implantou um convento da Ordem de S. Bento), no sentido dos “Moinhos de Vento” (englobando a “Tapada das Moedas”), que o Templo mítico de Endovélico se revelará, quando à sua volta, os arqueólogos “desenterrarem” dos torrões alentejanos, uma página fantástica da História, uma cidade pré-romana com 2.400 anos (talvez mais) de existência, a lendária Lacóbriga.

A CIDADE de LACÓBRIGA, e a sua localização

Zona vermelha – Localização de Lacóbriga (virada a nascente, Espanha).
1-Fonte / Azenha das Freiras – Possível localização do Templo a Fontoura.
2 e 3 - Algares (Morenas e Stº António).
4 e 5 – Vestígios da cidade, sob a Escola Secundária e o bairro de S. Bento (que depois foram “escondidos”).
6 e 7 – Cavernas superficiais que cederam recentemente.
8 – Ribeira do Alcalate (linha das fortalezas)
9 – Tapada das Caraças (caverna e fonte – “escondidos”)
10 – Tapada das Moedas.

E então, tudo fará sentido. A fama de Endovèlico atraiu os peregrinos, e em volta do culto, tendo por base o “negócio” da fé (o crescimento da cidade de Fátima a partir do pequeno povoado das aparições, continua a ser um bom exemplo), cresceu Lacóbriga. Foi essa capacidade de desenvolvimento deste complexo que o cartaginês Bahodes antecipou, ao solicitar autorização para lhe erguer fundamentos com outra grandiosidade tornando-o mais apelativo à cultura greco-romana, e Maharbal, dando continuidade ao projeto, ergueu na nova cidade um Templo grandioso. Depois, nas centenas de anos sob o domínio do Império Romano, atingiu certamente o seu auge, «em tempo dos romanos foi cidade muy famosa (relembro as palavras de Bautista de Castro), e lembra-se dela Baptista Mantuano quando diz que erigira o Senado (teria Senado) sete estátuas a Ardiboro…». Relacionada com esta história, de entre os escritos de Rocha Espanca, retirei esta curiosidade «… Miguel João Azambuja, meu amigo, tem-me afirmado repetidas vezes que o primo, Frei Francisco, possuía um livro pequeno em oitava, escrito em português, no qual se dizia que, desde Estremoz ao Alandroal, haviam sido levantadas sete estátuas em diversos pontos, asseverando o Frade que aquela cabeça (referia-se à cabeça de uma estátua romana, depois enviada para Lisboa) era uma das sobreditas sete. Mas infelizmente não me sabe dizer o título do livrinho, nem do seu autor, de forma que ainda o não topei». Desta guerra com os Alanos (por volta do ano 410) aqui subentendida (cada estátua corresponderia a uma conquista de Lacóbriga pelos novos invasores e posterior reconquista pelo capitão romano Ardiboro), a cidade sobreviveu sem dúvida pois, no ano de 633, no 4º Concílio de Toledo (época visigótica) aparece a assinatura do seu Bispo. No entanto, no Concílio seguinte (o 5º, ano de 638) na mesma cidade de Toledo, regista-se um facto estranho que continua a confundir-me. A assinatura do Bispo Lacobriguense não surge, e, em seu lugar assina o Bispo Arcobricense (de Arcóbriga, outra das cidades celtas indicadas por Ptolemeu e ainda não identificadas no terreno). Poderá ser uma indicação de que Lacóbriga e Arcóbriga eram duas cidades próximas que alternavam a cadeira do bispado. Ao observar as ameias de uma outra fortaleza na fig 4, demarcada no rectângulo vermelho (e que, de outra forma não lhe sei explicar a origem), pensei na hipótese de estarmos em presença de uma “dipolis” (nome atribuído pelos historiadores a uma cidade dupla), mas, ao verificar a situação da vila dos Arcos em plena bacia hidrográfica do anticlinal de Estremoz (fig 4 ), inclino-me também para a possibilidade desta vila ser uma boa candidata para a localização de Arcóbriga. Devo contudo acrescentar, não tenho qualquer outro indício que possa reforçar alguma destas hipóteses. Voltando a centrar-nos na “nossa” Lacóbriga, agora chamada Al Zawiya pois entramos no período muçulmano (depois do ano 710), mas da escassez de dados disponíveis pouco podemos inferir. Pertenceu certamente à taifa de Badajoz, o historiador António Rey diz-nos que Alcalate (o ribeiro) significa Linha das Fortalezas, o que pressupõe fortificações avançadas frente à cidade (nessa área, Leite de Vasconcelos, li no seu espólio, procedeu a escavações na procura de um cemitério a que não volta a fazer referências), mas penso que é seguro afirmar que não resistiu ao extremismo religioso dos Almorávidas. Não é mencionada nas reconquistas cristãs com a queda de Juromenha e de outras “praças fortes” da fronteira, e apenas voltamos a revê-la com o nome de Landroal, um povoado humilde, encolhido junto ao castelo, insignificante na História que nos contaram a partir do reinado de D. Dinis, e onde, qual sinal de comiseração, nos compensaram com uma estrofe nos Lusíadas, e de que nos sentimos muito orgulhosos, porque o Pêro Rodrigues recuperou meia-dúzia de vacas aos espanhóis… “Obrigadinho”. E os nossos avós celtas, onde estão? E os nossos avós romanos, onde estão? E os nossos avós Alanos, onde estão? E os nossos avós visigóticos, onde estão? E os nossos avós muçulmanos, onde estão?

Onde está o registo do nosso verdadeiro passado? Onde está a documentação, que as seguintes palavras fazem pressupor?

«Para homenagear gentes do Alandroal doutras eras já passadas, lê-se “A primeira parte da crónica de El-rei D. João I de Boa Memória”, da autoria do Cronista-mor Fernão Lopes e depara-se com este parágrafo:»
«Depois de lisboa, talvez nenhuma povoação seja mais vezes referida do que o Alandroal, uma obscura Vila de poucos moradores, onde tanto corriam os homens a pé como a cavalo… Por ali perto tinham sede algumas importantes comendas da ordem de Avis; é possível que algum dos seus freires tenha tomado a peito pôr em escrito o que viu da guerra que levou o mestre daquela ordem à culminância do outro.»
Onde está essa “abundância” de referências que o cronista refere? Que guerras foram essas entre as ordens religiosas? O que se passou de tão grave nessa zona, que tudo desapareceu e, numa incrível mistificação, os detentores do poder material, espiritual, e da criação escrita, até o nome dos seus antepassados esconderam entre a areia e o vento das longínquas praias algarvias? No silêncio da incompreensão, há que entender os Trovadores :
«Cresceu a devoção, foi-se ampliando / Esta de amor esplendida grandeza/ Que mais encobre, do que está mostrando / De vários cultos e de “grão” riqueza; / Que de ano em ano as regras observando / Uma só vez se mostra sua nobreza: / Se então tornais, vereis o mais oculto / Que agora vos proíbe o nosso culto.»
Braz de Mascarenhas/ Viriato Trágico/Est.199/Sobre o Endovélico/1685.

Muitas, inúmeras, são as perguntas que ficam a pairar sobre uma investigação com esta amplitude. Mas para nós, homens e mulheres do presente, há umas que, pela sua premência, sou obrigado a destacar. Os responsáveis locais acompanharam, arqueologicamente, no terreno, as obras de construção da inicial Escola Secundária do Alandroal, do bairro da Alfarrobeira, mais recentemente do bairro de S. Bento onde parece que «aí a coisa apareceu em grande», e, no presente, da urbanização da “Tapada das Caraças”(Que análise foi feita ao túnel antes de o demolirem? Onde está a fonte das famosas “caraças”?)? E, se esses acompanhamentos arqueológicos foram efetuados, o que consta nos seus pareceres? Não pretendo, ao levantar estas questões, indagar culpabilidades, ninguém, estou certo, embora as motivações pudessem abranger interesses vários, cometeria um “homicídio” cultural desta dimensão, se, remotamente, suspeitasse da importância dos vestígios escondidos. Em boa verdade, fazer contas com o passado não altera o presente, mas refletir sobre ele, pode alterar o futuro.
Um abraço a Todos.
João Torcato Coelho Cardoso Justa


Nota do responsável pelo blogue:
Terminada que está a colocação deste excelente trabalho do João Cardoso Justa nas páginas do Al Tejo, apenas me resta renovar o meu agradecimento ao João pela deferência concedida, desejar que a publicação do livro, que por certo não deixará de ser um sucesso, e esperar que as entidades competentes tenham em atenção esta excepcional pesquisa, e lhe saibam dar o devido destaque.


João podes sempre contar com o Al Tejo, assim como o Al Tejo deseja que a tua colaboração não se fique por aqui
Um abraço para ti e parabéns pelo teu magnifico trabalho.
A partir de agora pode ler a CIDADE DO ENDOVÉLICO na totalidade clikando AQUI
Um abraço
Chico

17 comentários:

Anónimo disse...

Em primeiro lugar parabéns e obrigado por este teu excelente trabalho que sem dúvida te consumiu incontáveis horas, alem de nos dares uma lição sobre as nossas raízes ainda sobra muito para engrandecer os nossos egos Marroquinos. gostaria de ouvir a opinião sobre as hipóteses levantadas neste excelente documento dos doutos arqueólogos desta Terra.Excelente tema para um debate a promover pelo AL-Tejo.
Zé Carlos

Anónimo disse...

Atenção à "lição sobre as nossas raízes", o que o João faz aqui é um conto de ficção baseado no tema Endovélico; apesar do muito trabalho que acredito lhe tenha dado a pesquisa bibliográfica, existem aqui incorrecções graves, para além de um certo desdém pelo trabalho que até agora foi desenvolvido.

Anónimo disse...

Obs.


Muito embora possa estar a meter a foice em seara alheia,creio que o Al tejo estara aberto à proposta aqui apresentada.É esse o estado de espirito a que todos estamos habituados e abertos.Como se acaba de ler e ver.

A tese do João Cardoso parece-me com fôlego suficiente para põr em andamento uma nova abordagem referente às envolventes históricas ainda desconhecidas da Cidade Endovélica.

Não sendo especialista em civilizações pre-classicas,há pelo menos uma coisa que sei, a religião cristã foi das mais dominadoras e destruidoras dos vestigios das outras religiões de que temos memória.É uma realidade que não se acentuou apenas desde a alta Idade média mas que vinha de trás e se prolongou até a estes dias em que o J.cardoso decidiu reformular os termos da investigação até agora conhecida.

Claro que é de elogiar sem reservas o trabalho agora apresentado.Não são coisas faceis de construir.

Aqui estou a fazê-lo porque, além do mais, valoriza e de que maneira todas as investigações futuras que vierem a fazer-se.
Até porque como dizia G.Orwell "só quem controla o passado possui o futuro".

É disso que este trabalho também trata para além perspectivar a necessidade urgente de abrir novas pistas e pesquisas arqueológicas que venham a ser feitas.
Já que estamos com a mão na massa,creio mesmo que o dinheiro poderia aparecer "se bem pesquisado".

Porque autores como o J.C.já nós temos e hipoteses novas enriquecedoras podem assim vir a fazer o seu caminho entre nós,alandroalenses,que o somos mas tendo em conta, as nossas raízes celtas,cartaginesas,visigóticas e muçulmanas.Pelo menos estas a juntar às de Fernão Lopes.

E o mais que está para se ver e não deve surpreender a quem é de História e a sua própria história deve conhecer,e tentar aprofundar.
E sobretudo ter à vista por razões,diria agora eu,em sintese,arqueológicas e...turísticas.

Embora não me tenha sido pedida uma opinião,acrescento ainda, que este trabalho merece a maior divulgação em todos os suportes em uso nestes tempos pós cristãos em que vivemos.

Assim seja.Porque é o que se deve esperar para além das interpretações já conhecidas,demasiado conservadoras e enquistadas quanto ao que há ainda por interrogar e saber no terreno sobre todos os ambientes históricos em que se desenvolveu o vastíssimo e prodigioso Endovélico.



As melhores saudações para

ti,justo jão cardoso

Um abraço


Antonio Neves Berbem

Anónimo disse...

Faço minhas as palavras do ZÉ CARLOS, acrescentando estas palavras de apreço, pelo trabalho apresentado.
Nunca pensei ou levei a sério, que um jovem como tu, vindo de uma àrea cultural diferente, se desse á paciência de tão grande procura !!! agradou-me imenso e por isso, mais não tenho que fazer, do que dar-te um abraço de parabens...
Continua, já que deste trabalho facil é deduzir, que outros poderão aparecer !!!
obrigado,
Manel Augusto

Luis Lobato de Faria disse...

Ora viva, parabéns ao JJ a ao Chico, temos uma teoria, vamos para o terreno ver da cidade, até pomos os turistas à procura,temos que divulgar a Raia e os seus segredos, um abraço.

João Cardoso disse...

Talvez o comentador anónimo, (não entendo a razão do anonimato num tema desta natureza)nos possa ajudar rectificando as "várias incorrecções"
da minha "ficção".
Antecipadamente grato
J.Cardoso Justa

Anónimo disse...

Não queria "meter o bedelho" aqui,nos comentários, ao brilhante trabalho do meu grande amigo João Cardoso.
Não queria porque,simplesmente,ao revê-lo(João)certamente terei oportunidade de o felicitar,repito,
pelo brilhante e concerteza exaustivo trabalho.Com ele comentar,questionar sim,mas nunca imiscuir, duvidar e muito menos opinar sobre assunto que,confesso,
minimamente não domino.
Mas não posso,porque me aflige, ler
e ficar indiferente a um comentário
(anónimo-lá estou eu outra vez)onde
se alerta, com inusitada preocupa-
ção, para "conto de ficção", "in-
correcções graves" e "desdém".
Li,pensei no que quereriam dizer
tais chamadas de "atenção" e con-
cluí: NADA!
Agora, humildemente, pergunto:Será
que o Sr(a) comentador(a) saberá
quantos estudos e respectivas publicações haverá sobre este "tema
Endovélico"? Serão estes baseados
em estudos e escritos anteriores e
anteriores a anteriores?
E digo:Sim,haverá muitos.
Sim, evidentemente acrescidos e por inerência enriquecidos(ou não)da i-
nevitável visão, talento e cunho pessoal da cada um dos autores.
Sim,porque se não fosse assim não
haveria,por exemplo, e já que esta-
mos com a "mão na massa",diversas e
também inevitavelmente variadas
versões,por exemplo,da História de
Portugal.
E qual das versões é a mais verda-
deira, lógica e correcta?
Será que os estudantes deste País
irão "beber", e se rever em alguma
delas, em todas, ou sómente naquela
que lhe é, por "decreto" "impingida"???
Ficam aqui estas humildes interro-
gações.

Abraços a todos e um especial para
ti,João.

Dino Roma.

Anónimo disse...

Não tenho nada contra o João Cardoso, mas isto agora é só duvélicos........uma pessoa dá um pontapé numa pedra e....oopsss lá salta um duvélico! Isto agora é uma endovéliquice aguda.....

francisco tátá disse...

Pois é caro amigo =anónimo= , mas,
já alguma vez se deu ao trabalho de pensar o que o Endovélico, esta teoria do João e tudo o mais que está subjacente pode trazer de benéfico em prol do turismo para o nosso Concelho?
Pense lá nisto...se faz favor!
Chico Manuel

Anónimo disse...

Amigo Xico pense lá o amigo no que está a dizer, para o Alandroal ninguém vem ver endovelivo nenhum, podem vir meia duzia de gente que se interessa por isso e umas excursões de alunos tal como acontece em locais como CONIMBRIGA que cada ano que passa tem menos visitantes. Se pensam que é o endovelico que nos vai safar com todo o respeito está tudo louco.
E para rentabilizar, para pôr a descoberto alguma coisa que valha a pena fazer as pessoas delocarem-se ao Alandroal quanto é preciso gastar? Quanto tempo vai demorar? E quem tem a certeza que se encontrará alguma coisa de valor arqueológico a nível mundial? O Chico tem essa certeza?
O anonimo acima tem toda a razão isto é endovéliquice aguda e pelos vistos muito naif e contagiosa.

francisco tátá disse...

Tal como dizia o Zé Carlos o debate está aberto.
Ainda bem que assim é pois demonstra interessa pela "coisa".
Obrigado pelo comentário
Chico

Anónimo disse...

Acho que o endovélicus fica junto à Fontde das Freiras.

Arqueologus

Luis Lobato de Faria disse...

Se não trabalharmos em conjunto perdemos a oportunidade de trazer turistas para a Raia, o turismo é a melhor saida para estas terras que são as mais lindas do Alentejo e de Portugal.

Anónimo disse...

O Endovélico há-de aparecer, o que já não aparece é o que encontraram onde abriram as valas em s. bento. sobre isto ninguém sabe nada? Ninguém é responsável?
Um abraço marroquino...

Anónimo disse...

Caro amigo o que é que encontraram nas valas de S Bento?

Anónimo disse...

Se é verdade o que se disse que foi o responsável pela Carta da arquiologia quem fechou o olhos a isso parece-me dificil sabermos alguma coisa

Então e nas Caraças?

Alandroal

Ana Paula Fitas disse...

Obrigado, João :)
... no Encontro que se realizou no Fórum e onde a minha intervenção se adaptou à dinâmica das intervenções que me antecederam, tinha como intenção inicial apresentar um texto que foi publicado na revista da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia "Trabalhos de Antropologia e Etnologia"... felizmente, o Chico Manel disponibilizou o AL-TEJO para reproduzir a sua publicação e, se me permites a sugestão, se não leste, vale a pena fazer o esforço :)) porque suspeito que vais gostar :)) ... aproveito para te dizer que, depois dessa publicação nos TAE, já publiquei outro texto nessa mesma revista, de teor aproximado à leitura que também nos aproxima :)
Gostei muito da tua intervenção e, também sinceramente, do teu texto!... espero que tenhamos a oportunidade de conversar sobre a matéria :))
Obrigado e até sempre, João!
Um grande abraço e um beijinho.