Acudiu-me… conforme me podia acudir outra coisa qualquer, quando por vezes dou em recordar o Alandroal, a minha juventude, enfim momentos que por ali passei e dos quais guardo muitas saudades.
Lembrei-me da “Semana Santa”. Já por várias vezes a “Mesma” aqui foi relembrada, mormente nos actos solenes das Procissões.
E hoje vou relembrar a Procissão das “Bandeiras”, que tinha lugar na Quinta-Feira Santa.
Não propriamente para a descrever, pois a mesma já aqui foi devidamente relembrada, e se bem se recordam os mais idosos, era a mesma baseada na saída de telas (em meu entender de grande valor) que representavam as fases da ida de Jesus para o martírio da crucifixação. Revestia-se a Mesma de grande solenidade, mais que não fosse pelo silêncio em que se processava só interrompido pelo bater das “Matráculas” (alguem ainda sabe o que eram?).
É precisamente pela principal componente (As Bandeiras [telas] ) que me levam a questionar a pergunta:
QUE É FEITO DAS MESMAS?
Sei (porque estive ligado à Irmandade da Santa Casa) que as mesmas são pertença do património da Misericórdia. Sei, que, ainda no meu tempo, pelo menos duas foram “desviadas” por indivíduos menos escrupulosos que a pretexto de prestação de serviços médicos à periferia, e com alojamento nas instalações da Santa Casa as “afastaram” (O Tói também sabe).
Ora, numa luta que vimos travando, (inglória, diga-se de passagem)) pela devolução, do que por direito próprio nos pertence ( meteorito, imagens da fonte, descobertas alusivas ao deus Endóvélico) – não me parece descabido perguntar (já que não tenho conhecimento, que “Procissão das Bandeiras” se realize) se as referidas estão devidamente salvaguardadas.
Chico Manuel
Comentário a realçar:
AS BANDEIRAS e a Procissão das Bandeiras.
Ao C.Manuel, ao Helder e a todos quantos se interessam pela persevação do Património que nos foi legado: FIQUEM TRANQUILOS.
As bandeiras (14 telas a óleo representando cenas da Paixão), permanecem nos anexos á nave central da igreja da Misericórdia necessitando, todavia, de urgente restauro e, de um outro espaço para a sua adequada conservação.
Sobre a Procissão aqui vos deixo um pequeno apontamento que, estou certo, vão gostar de ler e de "Recordar o seu Percurso":
A Misericórdia utilizava-as na tradicional procissão das «BANDEIRAS», anualmente realizada na noite de 5ª. Feira Santa(voltarão a sê-lo?).
Ao som ritmado das "matracas" percorria o seguinte itinerário: Igreja da Misericórdia; Rua Alexandre Herculano; Rua Luis de Camões;Rua Brito Camacho;Rua do Pinheiro; Caminho da Fonte;Praça da República;Rua Afonso Costa;Largo Major Roçadas;Rua de S.Bento;Largo de S. Bento; Rua de Olivença;Rua Dr. Teófilo Braga;Largo da Matriz;Rua do Castelo;Largo S. João de Deus terminando na igreja da Misericórdia com o sermão vulgarmente conhecido pelo nome de, sermão das «Amêndoas».
É intenção da nova Mesa Administrativa...Recuperar, Valorizar e Rentabilizar todo o seu património Móvel e Imóvel.
Já foram elaborados trabalhos de levantamento e de estudo para as diversas áreas de intervenção.
Abraços para todos
Tói da Dadinha
3 comentários:
Estarão guardadas onde está a Nª Srª da Conceição, padroeira do Alandroal, imagem antiga...
Claro, F Manuel que perguntar não ofende.
Mas muitos à nesta àerea do património cultural, pelo desmazelo e desleixo. pelo que deixaram abalar tendo-o à sua guarda, pela conivência ou
até pelo que deixaram rapinarar ou rapinaram, deveriam não ser ofendidos, que isso seria pena leve, mas julgados e condenados.
Com o artigo fizeste-me recuar ao meu aparecimento no Blog, na rubrica "Raízes, com Tronco e Copa"
È vergonhoso o que se passa nesta àrea.
No concerne a Misericórdia de TERENA, tem sido mais do que isso.
Assim e começando pelo Edilidade, quando do executivo anterior, ao abrigo do fundos comunitários, para diminuição do risco de ruína, vieram 50.000,00 euros, foram lá gastos, com o telhado em telhas de zinco 30.000,00 os restantes 20.000,00 foram gastos onde só Deus ou o Diabo sabe.
Com a ameaça de derrocadas, o espólio ficou guardado no compartimento onde funcionou a Junta de Freguesia, desapareceram os bastões.
Quando do arranjo do telhado, desapareceram as chaves da Misericórdia e do Celeiros Comuns.
Coloquei um cadeado na porta que se segue jumto ao Pelourinho, e com ele vieram três chaves. Por motivo das obras dei uma chave ao Presidente da Junta e outra ao arquitecto da Câmara, desapareceram só existe a que trago comigo.
É de loucos ou de endoidecer.
Endoidecer quem ainda como tu F Manuel e alguns, onde me incluo, se preocupam com estes elementos culturais.
Há uma via que poderia servir de estanque a estas destruições, à semelhança de muitas outras recordando agora Monsaraz onde existe uma AssociaÇão para do seu Património.
E porque não metermos "mãos á obra". Estou na primeira fila.
Helder Salgado
22-11-2011
AS BANDEIRAS e a Procissão das Bandeiras.
Ao C.Manuel, ao Helder e a todos quantos se interessam pela persevação do Património que nos foi legado: FIQUEM TRANQUILOS.
As bandeiras (14telas a óleo representando cenas da Paixão), permanecem nos anexos á nave central da igreja da Misericórdia necessitando, todavia, de urgente restauro e, de um outro espaço para a sua adequada conservação.
Sobre a Procissão aqui vos deixo um pequeno apontamento que, estou certo, vão gostar de ler e de "Recordar o seu Percurso":
A Misericórdia utilizava-as na tradicional procissão das «BANDEIRAS», anualmente realizada na noite de 5ª. Feira Santa(voltarão a sê-lo?).
Ao som ritmado das "matracas" percorria o seguinte itinerário: Igreja da Misericórdia; Rua Alexandre Herculano; Rua Luis de Camões;Rua Brito Camacho;Rua do Pinheiro; Caminho da Fonte;Praça da República;Rua Afonso Costa;Largo Major Roçadas;Rua de S.Bento;Largo de S. Bento; Rua de Olivença;Rua Dr. Teófilo Braga;Largo da Matriz;Rua do Castelo;Largo S. João de Deus terminando na igreja da Misericórdia com o sermão vulgarmente conhecido pelo nome de, sermão das «Amêndoas».
É intenção da nova Mesa Administrativa...Recuperar, Valorizar e Rentabilizar todo o seu património Móvel e Imóvel.
Já foram elaborados trabalhos de levantamento e de estudo para as diversas áreas de intervenção.
Abraços para todos
Tói da Dadinha
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