quinta-feira, 3 de novembro de 2011

PARA MEDITAR

O referendo grego


O referendo grego constitui uma jogada política brilhante de Georgios Papandreou, que já deve estar completamente farto da prepotência dos seus "parceiros" europeus, que insistem em sangrar os gregos até à última gota, sempre que é necessário libertar mais uma tranche da "ajuda" externa. As últimas condições estabelecidas nessa "ajuda" são absolutamente humilhantes para qualquer povo, passando a Grécia a ser um país ocupado em permanência pela troika, e perdendo de vez o estatuto de Estado soberano. Ora, Papandreou já tinha avisado que os gregos são um povo orgulhoso e nobre e não permitiriam com facilidade semelhante tratamento. Como os "parceiros" europeus não deixaram de insistir na humilhação total da Grécia, Papandreou entendeu que não iria ser o Marechal Pétain do séc. XXI, e colocou os gregos perante a alternativa de votarem ou não a "ajuda". Face ao carácter de humilhação que a mesma assumiu, é quase seguro que ela será rejeitada, a Grécia vai declarar a bancarrota total e o euro vai colapsar. Pode ser uma desgraça para a Europa, mas é uma excelente lição para os aprendizes de políticos que actualmente a gerem e que estão convencidos que tudo se resume à economia. Também há a política, estúpidos! E por isso é bom que o governo português comece a perceber o sarilho em que se meteu. É que depois de Papandreou recusar o papel que lhe destinaram, Passos Coelho, com a sua política de bom aluno da Europa, que não poupa sacrifícios aos seus concidadãos, tornou-se um sério candidato ao lugar. Responder Encaminhar.
In: http://syntagma.blogs.sapo.pt/

2 comentários:

Anónimo disse...

E agora é já tarde.Os estupidos ainda não aprederam talvex assim aprendam alguma coisa...È agfora meu povo...

Anónimo disse...

É mesmo para meditar... não sei é senão será tarde demais...ai portugal, portugal...