segunda-feira, 7 de novembro de 2011

MEMÓRIAS DO PASSADO – HOJE A “MEMÓRIA” É DO TÓI DA DADINHA

MEMÓRIAS do ANOITECER...no Alandroal, no Fórum.

Sendo muito mais "radialista" que "televisionista", acabei de ouvir o "MAMBO, QUE RICO EL MAMBO", Nº. 8, de Perez Prado pelo dedo do Zé Duarte através dos seus "5 Minutos de Jazz", na Antena 1 e veio-me á memória, alguns mais também, que participaram nos ensaios da BASS na residência do meu tio Manel Salomé (anos 55?) e, nas suas actuações pelos mais diversos lugares.
Porquê se me avivou(!) a memória?
Porque no sábado á noite, no Forum, a ANABELA interpretou MUITO BEM o tema «CAMINHO ERRADO» do Grande Alentejano LUIS PIÇARRA, acompanhada pelos espectaculares músicos da Big Band Loureiros.
Mas então (?) a NOSSA BASS já a interpretava naquela data, por todos os sítios onde mostrou a qualidade musical que tinha, de Loulé a Águeda.
E neste concreto acervo musical do CAMINHO ERRADO não mais esqueço os solos da Trompete, do Barradas; do Trombone, do António "Morcela"; e, do Piano, do jovem Baíco; o trabalho de pesquisa da BASS na recolha e uso de bons temas e...os espectadores do Forum que "conhecem" o poema e o cantaram (também eu) com a Anabela.
PELO...CANTO DA ANABELA E PELA BANDA PASSEI UM BOM SERÃO.
Abraços para todos
Tói da Dadinha

5 comentários:

Hélder Salgado disse...

No final do espectáculo falei com o Tói e fácil foi vereficar a paixão que ele tem pela música.
Falámos do Luís Piçarra, cujas canções só me recordava do hino do Benfica e de um filme em o cantor foi protagonista Penso que o memorizei porque a fita se incendiou. Foi um serão bem passado e julgo que o som, nalgumas canções, poderia ser torneado com um pouco de menos intensidade e assim compensaria a falta de saída do aparelho de sonorização do Fòrum, que no final do espectáculo teve honras de elogio pelos familiares da cantora e da própria Anabela.
Hélder Salgado

Anónimo disse...

Para o Tói, com um abraço de amizade, sabendo que vai acender dois cigarros - pelo menos - durante a leitura deste comentário.

Aconteceu uma vez em Vila Viçosa

« Baile dos Capuchos, meia-noite - O Manelito Salomé, impecável no seu casaco castanho, elegantérrimo, com o cabelo cheio de brilhantina, aproximou-se do microfone e anunciou uma série de boleros. Atrás dele, a orquestra, todos os que já foram citados pelo Tói, mais o Manuel Roma, muito jovens ainda, estavam a postos. »

O Baíco e o Zézinho, também. Ainda gaiatos. ( já tinhas falado neles, Tói ? )

Atacaram assim :

NOSOTROS

Atiéndeme
quiero decirte algo
que quizás no esperes
doloroso tal vez

Escúchame
que aunque me duela el alma
yo necesito hablarte
y así lo haré

Nosotros
que fuimos tan sinceros
que desde que nos vimos
amándonos estamos

Nosotros
que del amor hicimos
un sol maravilloso
romance tan divino

Nosotros
que nos queremos tanto
debemos separarnos
no me preguntes más

No és falta de cariño
te quiero con el alma
te juro que te adoro
y en nombre de este amor
y por tu bien
te digo adiós


Foi uma noite à BASS

Anónimo disse...

FOI UMA NOITE Á BASS...,mais ainda nos "ensaios" (treinos) que Mestre João Salomé implementava(imprimia) na qualidade e no rigor que a Orquestra (assim se denominavam, naquele tempo!!!)exprimia nas suas actuações.
Curiosamente hoje, grupos semelhantes, se apelidam de BANDAS.
Não tanto assim, a meu ver, por não reunirem elementos quanto os de uma BANDA (perante o conceito de uma MUNICIPAL, de uma FILARMÓNICA ou, até, de uma "BANDA DO CASACO",etc).
Em boa verdade, não sei quantos elementos são necessários para a sua constituição.
Mas, por este segundo comentário e pelo do Helder, que agradeço, "penalizo-me" por ter omitido o nome de Zézinho que ainda hoje, aos 75, "ostenta" e "sopra" o saxofone com sonoridade inigualável.
Exemplo de total dedicação à causa da música (tanto integra a Banda de Redondo, como as de Montoito e Vila Viçosa; a Orquestra Planície e, ainda, OS CANTADORES DE REDONDO).
Não recordo com saudade (foram demais miseráveis os tempos para a maioria das famílias) mas recordo com nostalgia o VALOR CULTURAL destes HOMENS da BASS, reconhecido a exemplo dos comentários de uns quantos casais com quem nos cruzámos (Manolito, João e eu), em Borba numa longínqua noite de Festas do Senhor Jesus dos Aflitos (1982/83).
Olha?...os Senhores Salomés? Vivam, como estão os senhores? Que surpresa? Há quanto tempo os não víamos?...se "calhar" desde a última vez que a BASS cá actuou nas festas?
Desde o "QUIZÀS, QUIZÀS" ao "MAMBO QUE RICO EL MAMBO" passando pelo Alentejano autor Alberto Janes com o "FOI DEUS", eruditaram(!!!) sobre o muito da CULTURA MUSICAL fazendo-me agora recordar os músicos Salomés, os autores Alberto Janes e Perez Prado e os desconhecidos casais. Haverá ainda alguns membros sobreviventes?

Abraços para todos

Tói da Dadinha

Anónimo disse...

Meus CAROS AMIGOS, perante tão belo tema, tanbém gostaria de dar umas singelas palavras de apreço, ao grande valor musical que a nossa querida BASS, conseguio grangear...
Não foi em vão que a BASSS, a nivel regional e nacional, ter sido considerada uma das melhores bandas de sempre!!! por causa dessa sua qualidade, actuaram por todo o nosso País, nomeadamente queima das fitas em Coimbra, MAIS DO QUE UMA VEZ (hoje levam lá om ZÉ Cabra,só por isto se calcula a qualidade dos ouvintes)carnaval de Loulé,O MESMO , festas de AGUEDA,festas em AVEIRO, etc,etc,etc...Destes homens que a formavam inicialmente, penso só estarem vivos, o BARRADAS,ZEZINHO e ANTONIO MORCELA,para todos eles e aos já desaparecidos o agradecimento eterno por tudo o que de bom fizeram, pelo nome da nossa terra...Todos eles tinham qualidades musicais e humanas, por isso foram tão grandes....
Um grande abraço, para todos
HOMERO

Anónimo disse...

Obs.


É verdade que o meu Tio,o Antonio Joaquim Berbem ou Antonio Morcela como aqui também é chamado está ainda bem vivo e na posse de todas as faculdades.Continua a ser,aliás,um bom conversador.

Quanto à BASS (Barradas,Antonio,Salomés)tenho conversado com ele o bastante para vos confirmar que a Bass ensaiava as músicas as vezes que fossem necessárias até terem a certeza que ia sair bem.Além dos Solos que faziam,eram também musicos com muita polivalência entre si.

Por outro lado, ainda segundo o meu Tio, a coisa que mais os estimulava era terem uma boa orquestra pela frente.De preferência, espanhola.por causa dos boleros ou dos pasodobles.

Resta-me, por hoje, acrescentar que já propus directamente a quem de direito e na presença do meu Tio que os 3 sobrevivos da Bass fossem Alvo de uma pequena homenagem.
A resposta continua a tardar,receando eu que não se venha a concretizar uma vez que o meu Tio já está com 84 anos.

Fico por aqui

Com as melhores saudações

ANtonio Neves Berbem