A República foi proclamada às 9 horas da manhã do dia 5 de Outubro da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa. Após a revolução, um governo provisório chefiado por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação da Constituição de 1911 que deu início à Primeira República.Entre outras mudanças, com a implantação da república, foram substituídos os símbolos nacionais: o hino nacional e a bandeira.
Fonte: wilkipedia.
4 comentários:
Obs.
Meramente a talhe de foice,mas também como sério amante da História Patria e até como seu estudioso,diria que a implantação da Republica em Portugal, foi um caso de improvisação bem sucedida,à boa maneira portuguesa.
"Aí Nação Valente..."
O grande herói da revolução, foi Machado dos Santos.Aquele que nos momentos menos bos do levantamento militar, soube acreditar e soube levar até ao fim a sua atitude revolucionária.Acompanhado, é claro, de muitos carbonários e maçons previamente armados e organizados.Os chamados Civis.
Quanto à vivência politica imediata da I Republica,se houve leis concretizadas e bastante avançadas para a epoca,deixem-me dizer-vos que a principal promessa do sufrágio universal nunca chegou a ser cumprida.
Isto é,ao contrário do que tinha sido prometido pelos lideres republicanos,só passaram a ter direito a voto, os que soubessem ler e escrever,ou seja,10 a 15 por cento da população que andaria pelos 5 milhões.Ou nem tanto.
Resultado: a base social de apoio à Republica foi,desde o inicio, seriamente diminuida.E nunca mais se recompôs até ao Estado Novo.
Uma outra polémica interessante que agitou aqueles tempos, foi a questão da Bandeira, bastando lembrar que poetas republicanos como Guerra Junqueiro argumentavam que a bandeira devia continuar a ser azul e branca...a cor da alma portuguesa.E não vermelha e verde,cores agressivas e positivistas.
Muito mais poderia ser dito,mas há uma coisa interessante que conviria aqui levantar:alguém sabe quando, e em que dia, é que a Republica foi proclamada no Alandroal? Terá sido pelo telefone?Terá sido por algum mensageiro? E foi naquele mesmo dia em que Jose Relvas.o fez em Lisboa,por volta das 10 da manhã?
Com as mehores saudações
ANBErbem
(PS.Afinal,o Alandroal era uma Vila Republicana ou Monarquica?)
Obs.
Antes que se faça tarde,devo corrigir que quem fez a proclamação da Republica na varanda da CMLisboa, foi Eusébio Leão e não quem ontem indicámos.
Se, alguém assim o entender, (designadamente o responsavel pelo Blog a quem apresentamos Mea culpa)estou em condições de adiantar mais informações sobre quem foram os dois republicanos Eusébio Leão e Jose Relvas.
ANB
No Alandroal, de acordo com o que de geração em geração se transmitiu e por alguns escritos insertos no "midia" da época "O Pero Rodrigues", sempre se clamou pelo Republicanismo.
Dos vários espaços Praça da República (antes do Principe da Beira), do Alandroal, muitas vozes aclamaram o Republicanismo.
Desde a família Fernandes aos Torcatos.
"Consta-se" que meu avô (Manuel Torcato), da varanda da sua habitação (comércio), proferiu algumas intervenções no período pós 5 de Outubro, defendendo o novo regime, sendo apoiado pela vizinhança "da Praça" e "das Ruas" convergentes e por outros anónimos que do Arrabalde se deslocavam até lá.
Ainda assim, assim são os medos!!!pós-revolucionários, recordo que num carnaval (1954/1955? não estou certo) do compartimento de um espaço comercial da Rua do Pinheiro foi emprestada uma bandeira da qual tinha sido "retirada a esfera armilar" isto é, era "pano liso vermelho + verde" nada mais, com a advertência de se lhe não fazer demasiado uso(?).
Receios recentes da Causa Monárquica?
Será ainda de meritório estudo o facto de existirem, áquela época, duas bandas de música.
Uma delas sediada no exacto sítio do prédio das "Isaías" (no Arrabalde) e que, em culturais encontros no revolucionário período, raramente findavam sem "confrontos físicos".
Não esquecendo o vigor com que uma das mais recentes (1960/70) assinalava o 1º. de Dezembro...DAS ALTURAS DO CASTELO.
Pequeno apontamento "que deixo" ao critério de todos para que, se algum interesse contiver, com ele se desenvolva mais algum contributo para o melhor conhecimento da história local, neste adiantado tempo das comemorações do Centenário da República.
Abraços para todos
António Fontes Coelho
OBs.
Meu caro Toi da Dadinha
Agradeço (e creio que o posso fazer em nome do Al Tejo)a tua colaboração sempre bastante pertinente e recheada de memórias
históricas.Eis o que é a História Oral no seu melhor:uma indispensavel fonte de conhecimentos.
Por outro lado,é reconfortante saber que o Alandroal sempre teve gente empenhada,actuante e acompanhando o sentido tanto da sua própria vivência histórica como da História geral do país.
E tanto quanto podia prever,ser monarquico ou republicano no Alandroal,não foi o mesmo que beber um copo de àgua.
Foi uma questão séria que envolveu as mais diversas tomadas de posição em vários campos (V.o caso da Toponimia)dignas de serem recordadas.
E até de serem investigadas e reescritas.
Um abraço forte
ANBerbem
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