terça-feira, 13 de setembro de 2011

O MATABIXO toureiro

1.
Alandroal em Setembro
Como porta-voz do Matabixo, entende-se ser necessário apresentar-vos uma ou mais ressalvas em relação ao conteúdo do primeiro comentário apresentado, ontem, no Al Tejo, tendo como pano de fundo a chuviscosa, amorfa e fria Festa deste ano.

Assim e por uma questão de justiça, temos de atribuir um justo relevo à intervenção do cavaleiro Paulo Caetano na citada Tertúlia Alandroalense/Festa de Setembro/2011, realizada no Jardim das Meninas.
Isto porque, no meio de um longo e extenuante painel de intervenientes, uma mão cheia de lugares comuns, e de campanário, foi Ele, quem melhor explicou as várias componentes do que é, hoje, a Tauromaquia e dos diversos perigos com que esta pode vir a confrontar-se.
2.
Lá foi dizendo que a Tauromaquia tanto deve ser vista como arte, como pode ser encarada enquanto acto integrador da identidade portuguesa. Como é, actualmente, um espectáculo mediático sem a mística do antigamente sendo, além disso, um puro negócio de empresários onde, aliás, se aglomeram os mais diversos actores do marketing toureiro. Nem sempre convergentes nos objectivos culturais, sobrepondo-lhe os seus directos interesses financeiros. Ter-se-á, quanto a nós, distraído quanto à necessidade de fazer uma referência mais pormenorizada ao papel do touro, de como este deve ser visto e já começou a ser encarado. Sem ser à bruta!
3.
Cavaleiro prestigiado, experiente e comunicativo, a mensagem que transmitiu à assistência, foi a de um certo “optimismo realista” quanto ao futuro da Tauromaquia, aceite como segundo fenómeno lúdico de massas em Portugal e, digamos, uma parte relevante da idiossincrasia cultural portuguesa.
O seu a seu dono, como aqui fica relatado, palavra de Matabixo!
4.
Adiante.
Porque soa-se que o Matabixo, continua igualmente inconformado com o permanente atentado cultural que vem representando aquela falsa amostra de pelourinho posto onde está, imaginem, no Arquiz.
Caramba!
Será que nem o Presidente nem o Vereador da cultura, ou juntando os dois, têm a coragem de acabar de vez com tamanho desplante e uma tão desgraçada imagem de falta de sensibilidade histórica na Vila que somos?
Em que ficamos, pergunta-se mais uma vez? Será que o proto pelourinho e o assombroso e delirante mamarracho do Jardim das Meninas vieram para ficar?
Vamos ainda ter de esperar pelas próximas eleições?
5.
Já agora, o Matabixo, diz-nos que tem vindo a assistir às touradas de Setembro ano após ano no Alandroal. A verdade crua é que ainda nenhuma (nos) correu bem.
Seja porque acabam sempre para lá das tantas da madrugada; seja porque são touros a mais como já aconteceu; seja porque são demasiados cavaleiros, em regime de treino, como se viu este ano; seja ainda, porque os forcados acabam todos desconjuntados face a touros manhosos que mais uma vez não foram grande coisa…
Dê lá por onde der, touradas assim não. Seja de quem for a responsabilidade, e o mais certo é ela ser conjunta, exige-se que este simulacro de corridas de touros, acabe o mais depressa possível no Alandroal.
Se tiverem dúvidas, perguntem ao Sr.António Garcôa como se deve organizar um espectáculo capaz. Disse ele, na citada debate/Tertúlia, que a sua regra principal era agir sempre em defesa do consumidor. De acordo com os regulamentos, assumindo responsabilidades próprias.
Portanto mais touradas assim, de segunda ou de terceira, não queremos. Dispensamo-nos obviamente de as aplaudir.
Porque uma coisa é certa: baratas, de aplaudir e prestigiantes para o Alandroal, são coisa que ainda não são. Se é que, ultimamente, alguma vez o foram!
Criaturas, o Matabixo, aqueceu-vos?
BNAlandroal
(12/9/2011)

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