DESCONHECIDOS… gentes de ouro em águas sóbrias, neste País!
Na minha maneira de ser e estar desde menino, no meu Alentejo, e, há quarenta anos na capital, tenho sabido entender a palavra dos mais velhos, o sentir dos mais habilitados e o crer daqueles que por força da sua experiencia e saber, têm pretendido administrar o solo pátrio de um Portugal envelhecido, morno e sem expectativas para a posteridade.
Sem guerras ou sarilhos de monta, neste quadrado formado desde o ano dos Afonsinos, é tradição trabalharmos o melhor que podemos e sabemos para o bem comum, segundo a lógica da antiguidade, que ao que parece hoje em dia, já não se usa, se tomarmos em conta o que se vê acontecer, sem considerarmos aquilo que se esconde ou o que, não nos deixam ver propositadamente.
Raramente declino convites ou palestras, que por aí se dão e vendem, mas que a experiencia me diz nada perder, nem que seja tão só, o conhecimento dos figurões que, tão bem sabem falar e soam á trupe que, mas que no fim das poses, não sabem dizer uma para a caixa.
De resto, grande parte destas figuras importantes e relacionadas com escândalos ou malfeitorias aos mais necessitados, sabendo do poder televisivos e jornalístico de trupe amaneirada, ajeitam-se convenientemente para não dar raia ou coisa pior.
Por ser eu um adepto da regionalização, ainda que não tenha nada fixo para valorizar, comprando ou vendendo, pretendendo não o centralismo de Lisboa ou outras capelinhas, que disfarçadamente no indicam como boas e deveras mais vantajosas, mas esquecem factores contraditórios de peso.
Quantas vezes a notoriedade é concebida e auscultada apenas pelo reflexo dos meios de comunicação, elevado ao cubo, mal explicado, com patranhas até, por vendilhões de muita espécie, que negociando, nada perdem, muito pelo contrário, esperam o seu quinhão bem aviado, por vezes apenas pela anuência.
Ora aqui está, se o centralismo de Lisboa já todos sabiam e esperavam, sentindo a força do Porto e de Faro, só que não esperavam que algo viesse de Braga ou de Évora – não se lembraram da Madeira onde boa gente conhecida se espraia e se bronzeia em camas forradas não de papel de lustre ou de manteiga, mas sim de outro papel especial bancário, ao que perece próprio e de valor cache irrecusável.
Enfim são muito poucos os responsáveis, e muito embora seja repugnante, não deixará de se apresentar desculpável para muitos, que estando no grupo, se mostram atormentados pelo desconhecimento do facto, para assim tentarem escapar ardilosamente, fazendo crer na sua sapiência e condão, do seu aviso e lei, na força do destino, esquecendo os desvios e todas as tropelias, retorquindo evasivamente com boatos e apaniguados.
110918 JPBR
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