TUDO TERÁ UM PREÇO… A PAGAR OU A COBRAR?
Recordo o ditado em jeito de pré-aviso, aprendido no meu tempo de menino, e não me lembra, não sei porquê, nem porque carga de água, porque esta cantilena que ainda hoje me soa de quando em vez aos ouvidos, estará certa ou terá a ver com algo que me escapa.
Hoje dia 11 de Setembro, é um dia especial para muitos. É um dia em que não devemos esquecer as peripécias do lado de lá do Atlântico, lembrando o que muitos sabem fazer, tal a raiva que o homem é capaz de desenvolver.
Todavia diz-se que teremos um preço justo a cobrar.
Teremos mesmo, ou não estarão ainda todos á venda, dado que, no entender dos defensores acérrimos do capitalismo, dos agiotas, sem esquecer os variados capitalistas agora tão desencantados, que acumularam tantos bens assustadoramente, á custa do ar que ainda respiram gratuitamente e sem legislação aplicável.
Cá para mim, de permeio com a ignorância, palpita-me dizer que na generalidade, quase todos nos venderemos por um ordenado mais ou menos elevado (quase sempre por menos que mais) por uma qualquer segurança ilusória, impossíveis do alcance de um simples comprador de tremoços.
Se no caso, dum lugarejo da província, onde o sol tórrido abrasa espíritos, mesmo que lhe queiramos achar o nome ou o século da sua fundação, nem os prospectos de actividade turística ou a simples carreira de transporte o podem ajudar a deslindar tal mistério.
Aprofundar a instabilidade neste caso, dadas as dificuldades e as condições de emprego que os governantes preconizam e sugerem - se a legislação for conivente e o rastilho propício a más feitorias, caso das crianças para adopção (não ser crime) onde as mesmas podem não ter preço algum.
Muitas histórias rocambolescas poderão apontar ou forjar sobre o mau momento da vida em sociedade, onde cada vez mais se forjam duas classes distintas, onde a legislação parece convincente e ao alcance do Portugal democrático aparvalhado e sem reacção, ouvindo senhores importantes - do bem dizer e melhor parecer – tudo isto com a anuência e as palmadinhas nas costas, da classe média alta, vivendo á custa daqueles que têm padrinhos ou entendidos na alta partidarite.
A coabitação destes doutores fez-se e manteve-se em tempos de vacas gordas. Daqui para a frente, com o mundo a dar a volta, prevendo-se de que estas terão mesmo que ir apanhar sol, pois não terão condições semelhantes, nem créditos que possam valer, nem satisfazer.
O 11 de Setembro prepara-se para fazer uma década, pereceu e foi uma barbárie inequivocamente para o mundo. Mas que se reflicta o acontecimento devidamente, e se pense em culpados e não culpados. Isto é em que graus contribuíram uns e outros – Aqueles que prepararam a carnificina, e os que dispondo do saber, estudos e meios, não pensaram que o dinheiro também arde, se alguém quiser fazer fogueiras, sempre que queira.
110910 JPBR
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