sexta-feira, 19 de agosto de 2011

PATRIMÓNIO “ESQUECIDO”.

Ermida de Nossa Senhora da Conceição da Fonte Santa


Ermida rural construída ao lado de uma fonte, a sua construção, como hoje a conhecemos, remonta ao século XVIII.
À água da fonte são atribuídos poderes curativos, pelo que ainda há bem poucos anos era sede de concorrida romaria.
Em determinada data do ano, um grupo de redondenses (só homens) ali se desloca para um dia de "devoção e paródia".
Quer a ermida, quer o espaço envolvente, estão votados ao mais completo abandono.
Os "ex votum" que lhe preenchiam as paredes, em agradecimento de curas milagrosas, terão sido recolhidos, a maior parte, pela paróquia do Alandroal.

AC

15 comentários:

Carlos Damas disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Sr. Francisco é com muita magoa que vejo estas imagens,pois passei boms momentos junto á ermida de Nossa Senhora da Fonte Santa,quer em visitas com familiares (os meus avós trabalhavam num monte proximo,a que chamavam "Monte de Barrancos")quer no fim de semana que se designava por fim de semana de festa.
Sera que ainda se pode fazer alguma coisa pela ermida,confesso que nâo sei o estado em que estâo,por exemplo os caminhos,e o ribeiro,que tinha umas sombras excelentes.

Anónimo disse...

Valha-nos isso: posso informar que os caminhos estão bons, a única contrapartida positiva do plantio de eucaliptos, e as margens do Lucefecit continuam a ter boas sombras e trajectos muito pitorescos. Vale a pena o passeio... garantido um tempo bem passado..., com "comes e bebes" para matar a fomeca que, com o ar do campo, quintuplica.
AC

Anónimo disse...

Obs.


Não sei mas gostaria de saber de quem é a posse actual desta Ermida.

Atento ao que Al tejo noticia e pondo agora a questão nestes termos,parece-nos que as Cãmaras do Redondo e do Alandroal podiam igualmente começar ajudar e entender-se quanto à sua recuperação.

Ou estarei a falar de uma completa impossibilidade e de mais um desejo perdido?



Com as melhores saudações

ANB

Helder Salgado disse...

Embora pense voltar a este assunto, este comentário é especial para o amigo Carlos Damas. Só hoje é que vi o seu comentário respeitante ao dia em que pessoalmente nos conhecemos. Quero não só retribuir o abraço como desejar-lhe muitos êxitos na sua arte e com eles continuar a honrar o nosso Concelho.
Um abraço
Helder Salgado

AC disse...

Esta Ermida merece um milagre da santa da sua devoção: que por aí apareça um mecenas que olhe por ela.
A sua localização está no concelho do Alandroal e pertence à paróquia do Alandroal.

Um abraço para os meus amigos
AC

Helder Salgado disse...

Voltando.
Por testemunhos escritos e verbais alcancei o seguinte:
A Capela da Fonte Santa, por escritura notarial da Conservatória do Redondo, em 18-02-1960, é pertença da paróquia de Terena. O seu interior continha a Imagem de nossa Senhora, que segundo dizem foi roubada. Além desta imagem albergava as imagens de São José, São Jõao de Deus, Senhor Ressuscitado e um cruxifixo. O adro também é sua pertença, não se alcançando a quem pertence o terreno compreendido entre o cruzeiro e a Capela.
O que me surpreende é como foi possível, qua a Junta de Freguesia de Terena, na pessoa do actual Presidente tenha vendido o primeiro andar da casa contígua à Capela, bem visível na foto.
E por se tratar de uma venda de património público, algumas perguntas têem cabimento.
Terá a venda sido levada à reunião de Junta ou à assembleia de Freguesia?
A que alínea se destinou a entrada do dinheiro e onde foi gasto?
Este comentário interpreta a vontade e o direito de qualquer cidadão a informar e a ser infornado, a principal essência deste Blog e dos seus colaboradores.
Como diz Carlos Damas a nossa cultura não deve ser deitada aos "bichos"
Ao escrever esta última frase bateu-me no cérebro a ideia de criarmos algo para defesa do nosso património Histório. Qual a vossa opinião?
Umm abraço.
Helder Salgado

Anónimo disse...

"O PAÍS QUE NÃO GOSTA DELE"

Sobre a Ermida de Nª. Sª. da Vila, Augusto Mesquita mostra-nos mais um agradável trabalho.
Comenta-o AC dizendo que o "País não gosta dele".

Direi eu agora, a propósito do património Ermida da Fonte Santa, que assim não será, de todo.
Ainda há pessoas que se interessam pelo "estado degradado" em que se encontra muito deste património religioso e vem-me ao pensamento o título "OS QUE PODEM NÃO QUEREM, OS QUE QUEREM NÃO PODEM" que apareceu na "ALANDROAL...Terra Minha" dos anos 70.
A Igreja "não merece total absolvição" em todo este processo que, muito directamente, lhe respeita.
Recordo o incansável Padre Guimarães (então responsável pela paróquia de Arraiolos)com quem regularmente me encontrava em Évora (anos 80), nos serviços da Direcção Distrital do Ordenamento do Território a "chatear!!!" o Engº. Potes para apresentar PROJECTOS DE CANDIDATURAS PARA RESTAUROS DO PATRIMÓNIO RELIGIOSO EDIFICADO (eu "chateava" com o projecto de restauro da cobertura do edifício actual sede da Santa Casa, que consegui ver comparticipado e executado).
Isto é, o Padre Guimarães não podia MAS QUERIA. E conseguiu.

Ainda quanto á Ermida da Fonte Santa. Há cerca de 2 anos fui contactado pelo Dr. Moutinho Borges (da Ordem Hospitaleira de S. João de Deus)solicitando o meu apoio quer quanto ás razões que levaram a câmara do Alandroal a atribuir o topónimo de S. João de Deus ao largo fronteiro á igreja da Misericórdia, quer quanto à localização da imagem de S. João de Deus.
Não existindo em qualquer das ermidas/igrejas da vila descobri (Inventário-Túlio Espanca)o seu registo na Ermida da Fonte Santa.
Muito dificilmente consegui contactar o Sr. Pároco de Redondo (responsável pela ermida, segundo o seu colega do Alandroal me informou)a quem dirigi o pedido de uma visita á ermida com o objectivo de sinalizar a imagem. Muito amávelmente, foi-me dizendo que "a ermida se encontrava muito vandalizada; que já não alberga quaisquer imagens; que o "dono da propriedade" a abandonou...
Fiquei com a sensação de haver algum afastamento de responsabilidades quanto á situação daquele património.
Será correcta esta minha análise?
É que há muitos casos "Fonte Santa" por esse País fora.

Espero ter contribuído para o melhor entendimento sobre estas questões do património.

Abraços para todos.

António Fontes Coelho

Anónimo disse...

Amigo Helder se assim for era nesesário averiguar-se a maneira como foi feita a venda e se em consciençia,se é que alguem a tem, se era possivel faze-la, ecomo o meu amigo diz, tambem é preciso sdaber se foi ou não levada á reunião de junta e saber em que alinea entrou o dinheiro e em que foi gasto.
Quanto á ideia de criarmos algo para defesa do nosso patrimonio da nosso terra estou de acordo e se for uma realidade estou desposto a ajudar.

Anónimo disse...

Não vamos deixar esquecer este assunto queremos saber onde para o dinheiro e qual a importância, é fácil de saber se foi vendido terá um dono.

Anónimo disse...

aos meus AMIGOS atrás presentes.
Faço o que for preciso e esteja dentro das minhas capacidades...
Estou nessa!!!
Um abraço,
HOMERO

Anónimo disse...

.... deixando de lado a propriedade da ermida e os culpados pelo seu abandono .... e sendo as conversas como as cerejas .... atrás duma vem sempre outra !... as fotos e os vários comentários, trouxeram-me à memória uma história que ouvi ao "Ti Clemente", caseiro do monte de Barrancos, numa altura em eu também trabalhei nesse monte, já lá vão cinquenta e tal anos.

O "Ti Clemente" era um homem de Rio de Moínhos, na altura, com mais de sessenta anos. Depois de
jantar, gostava de sentar-se na soleira da porta e, enquanto cachimbava um fornilho de tabaco, palavras não lhe faltavam. E eu, sentado num mocho de três pés,
também já tabaqueando o meu "definitivos", era ouvinte atento.

Dizia ele :
« Quando eu era moço, zagal, quando trabalhava ali no monte da Argolia, havia um bando de malandrins, gente que tinha sido atirada para a má vida, uns pela miséria dos tempos e outros porque tinham contas a ajustar com a lei, que traziam toda esta região a ferro e fogo. Todas as noites havia roubos por estes montes fora. A guarda não conseguia deitar-lhes a mão. Eram finos que nem um coral. Passaram anos até serem apanhados. Um dia, finalmente, apanharam-nos aqui na Ermida de Nossa Senhora da Fonte Santa. A Guarda Republicana procurava-os pela serra D'ossa adentro, e eles dormindo na Igreja. O chefe deles dava pelo nome de "Jaqueta Larga". Acho que acabou por se matar na cadeia do Redondo.»

Voltando ainda ao "Ti Clemente", parece-me, não tenho a certeza, que era tio do Sr. José Machado, aquele Sr. que tinha as bombas de gasolina no Alandroal. Tinha três filhas muito bonitas. O "Chico Badalinho" era pretendente de uma delas. O Chico deve lembrar-se bem do velho. O "Ti Clemente" também era avô de um rapaz que estudou no Alandroal. Parece-me que se chamava Idvor, ou Idevor. Deve haver por aí quem se lembre.

Apenas contei esta história porque fiquei a cismar se a Ermida já estaria abandonada na altura do " Jaqueta Larga".

Lince disse...

Um monumento ao abandono, mais um!!!

Umas palavras, em jeito de desabafo.
Mais uma das maiores riquezas patrimoniais que temos no concelho (Alandroal), e, nada fazem para o preservar. De quem é a culpa? Não sei! No meu modesto entender, é de todos, a verdade é só uma, que tudo esta ao “Deus dará”, nestas situações, não se devia colocar o fulano A ou B, o partido C ou D… mas sim, a boa fé, vontade de reunir forças para reparar esses erros.
Li num dos comentários, que foi vendido parte do prédio ou será que foi todo?!

Passo a citar,
“…que me surpreende é como foi possível, que a Junta de Freguesia de Terena, na pessoa do actual Presidente tenha vendido o primeiro andar da casa contígua à Capela, bem visível na foto. E por se tratar de uma venda de património público, algumas perguntas têem cabimento.
Terá a venda sido levada à reunião de Junta ou à assembleia de Freguesia?
A que alínea se destinou a entrada do dinheiro e onde foi gasto? que me surpreende é como foi possível, que a Junta de Freguesia de Terena, na pessoa do actual Presidente tenha vendido o primeiro andar da casa contígua à Capela, bem visível na foto.
E por se tratar de uma venda de património público, algumas perguntas têem cabimento.
Terá a venda sido levada à reunião de Junta ou à assembleia de Freguesia?
A que alínea se destinou a entrada do dinheiro e onde foi gasto?...”

Será possível ver a certidão de registo do prédio e em que moldes foi feita a venda, o executivo terá levado à assembleia de Freguesia tal decisão? São questões a fazer ao actual executivo.
À criação de uma associação de defesa do património do concelho de Alandroal, sou do entender, que tal ideia peca pelo tardio, como existem em outros concelhos.

Ass: Arlindo Diaz

Anónimo disse...

Permita-me o anónimo que refere as conversas do Ti Clemente que lhe manifeste o meu agrado.
Supostamente SABE DA RIQUEZA que continham, e contem, esses já distantes relatos.

Continue.

(O Idvor. Não se trata do Idvor Geadas que, mais tarde, foi viver para Bencatel ou S. Tiago de Rio de Moinhos?)

Abraços para todos

António Fontes Coelho

Anónimo disse...

A propriedade onde localiza a Ermida, está neste momento à venda.
Não sei até se não terá já sido vendida!