quinta-feira, 18 de agosto de 2011

COLABORAÇÃO - JOÃO PEDRO ROMA

O COMPANHEIRO DA ALEGRIA
Igrejas Caeiro - Jornalista
Raul Duarte (pai), teve a oportunidade de entrevistar a personagem ilustre, começando assim – “Qual o Estadista que ele mais admirava?” – a que respondeu não, que não certamente António Oliveira Salazar, embora preocupado com a sorte dos pedaços da nossa terra espalhadas pela Índia considerando Nehru… o maior estadista da nossa geração.
O tipo de censura nesta fase era de tal forma excessiva ou nenhuma, quando não lhe interessava directamente, que não se acusou, ao contrário do que se passou na União Indiana, sendo bastante falada lá, mas que foi a morte por cá, do Igrejas Caeiro.
Sabia de cor e salteado o que disse em 1954, mesmo que a Alzheimer lhe comece da memória o nome das pessoas, como Irene Velez e outros que me lembram e íntimos e aqueles do “olá, como estás”.
Francisco Igrejas Caeiro nasceu em Castanheira do Ribatejo, filho único de pai republicano e do Partido Radical, soldado da GNR que após queda de cavalo, mudou de vida - tornou-se encarregado de refeitório público. Conhecidos por “Sopa do Sidónio” e mãe costureira, que abriram uma pensão na Rua Ivens, onde hoje se situa a Rádio Renascença, onde frequentou o Liceu Passos Manuel.
Em férias, emprega-se nume firma de aparelhos eléctricos, passando a estudar na Escola Comercial Rodrigues Sampaio á noite, e de dia faz os recados ao patrão, e á noite estuda.
“Eu e meu pai” ouvíamos rádio internacional, numa galena feita por mim, no período da guerra espanhola, lembrando de ouvir dizer. “ Vais ver, vais ver, qualquer dia isto vem abaixo
Com 12 anos Igrejas Caeiro gostava de ser locutor e logo se apresenta na Emissora Nacional e a graça pegou, apesar de faltarem muitos anos para se sentar àqueles microfones – mandaram-no embora – “foi uma tristeza não havia direito”.
Já em idade de tropa. Ingressou em Tavira no Curso de Sargentos, quando um anúncio no DN lhe desperta a atenção do Teatro D.Maria II procurava actor e actriz, que logo de candidatou, recebendo a senha 47 para a peça de Ramada Curto, o Caso do dia ao lado Amélia Rey Colaço e João Villaret.
Finalmente no ano de 1939 Igrejas Caeiro larga a firma de aparelhos eléctricos, para se tornar ACTOR com muita justiça.
10806 JPBR







1 comentário:

Anónimo disse...

www.faroldanossaterra.net/igrejas-caeiro-homenageado-em.visite tambem:fundação sarah beirão/antónio costa carvalho-tábua. JL