VOTAR
Já sei onde irei votar: na Crise. Onde existo como português.
E creio que entenderão que não estou propriamente a Brincar. É porque a brincar, a brincar desde que voto e que me reconheço como cidadão, não me tem acontecido outra coisa.
Crise por causa da Guerra mundial e colonial. Crise por ausência Dela. Crise por termos Salazar/M.Caetano. Crise por termos Cavaco Silva. Qual é a diferença?
Crise por antigamente não termos segurança social. Crise por agora termos Segurança social. Crise, por amanhã, já não termos novamente segurança social.
Crise porque a Igreja é rica, crise porque diz que é dos pobres. Crise porque os bancos estão com menos lucros desde que passaram a ganhar menos com o barrete da venda de casas.
Crise enfim porque se não resolvemos as coisas mais simples, como é que havemos de resolver as mais complicadas...
A Crise não tem de ser um eterno recomeço. Modesta opinião a minha.
Superar a Crise é saber de uma vez por todas recomeçar do ponto em que as coisas estavam a ser bem feitas. Dou um exemplo. Tínhamos um SNS. Mas amanhã o que teremos?
Por outras palavras: mudem-se os actores, se urgente e necessário. Não mudemos aquilo que são meia dúzia de grandes, firmes e certeiras opções estratégicas que o país não aguenta. E tanto assim é que, hoje, somos dez milhões e tal mas já está previsto que mais umas décadas e apenas seremos aí pela metade. Ou um poucochinho mais.
Então, e não há ninguém que seja capaz de agigantar-se para o lado do bem e pôr-nos nesse caminho. Se a outra mais antiga não foi capaz, esta geração de políticos será capaz disso?
Mas será que já vimos todos que o buraco onde estamos enfiados é, de facto, muito maior do que a dita crise?
Insisto,,porque não olhamos para o que poderia ser e é simples. Dou outro exemplo, à inglesa. A Inglaterra vive bem? Vive há séculos.
Qual é a sua principal regra de vida desde há séculos?
Qual é? Não será a da simples alternância do exercício do poder, sem dramas de maior. Tanto mais fácil quanto maiores forem os actores.
Lembram-se de W.C.?
Ganhou. Perdeu. Tornou a ganhar. Fumava. Bebia. Pintava. Escrevia. Alguma vez ofendeu alguém? Desviou-se enquanto inglês do bem-estar do seu povo?
Deixou-se ofender? Hitler tentou-o, conseguiu?
Em síntese, ou vamos ser muito mais Alternativos e com uma outra visão daquilo que somos ou... Que acham?
O poder em Portugal tem de ser apenas mel? Ou deve também ser exercido sem pessoalismos e com uma bem maior responsabilidade social face ao país que temos?
Com as melhores saudações
Antonio Neves Berbem
Ps: A pista. Claro que, apesar de tudo, não voto em tiques socráticos. Venham de que lado vierem.
2 comentários:
Estou contigo!!!De facto, precisamos de alguém que se meta num avião e vá a BRUXELAS, dizer aqueles senhores, que este tipo de politica que nos venderam, está ultrapassada e caduca...
Por este caminho, não vamos a lado nenhum!!!
Penso já ser tempo de dar-mos um murro na mesa, e dizer NÃO!!!NÃO VOU POR AÍ!!!
Mas ao mesmo tempo, também temos que arejar o pensamento a muita gente, dentro da nossa terra!Nós nunca podemos progredir e evoluir, com subsidios, o subsidio acomoda a pessoa, só nos podemos livrar do jugo Europeo, com trabalho...Pois é,com trabalho...Se o não fizermos dentro de poucos anos, já nada vai restar.
Fico-me por aqui!
Um abraço,
HOMERO
OBs.
Ao Homero
Sem provavelmente termos ambos uma consciência total do que estamos a comunicar/comentar,lembro-te,lembro-me de José Régio,e cito de cabeça:"não sei para onde vou,não sei por onde vou, sei que por aí não vou".
Será mesmo este o Buraco... para além da crise onde agora estamos metidos e do qual não vamos conseguir sair?
Faltam-nos ou não
Politicos com Personalidade que vejam, e digam claramente por onde não devemos ir? E por onde temos de ir, independentemente de, o poder politico ser apenas um objecto de conquista e de captura imediata.
Esta campanha tal como está a decorrer, está ou não está contaminada pela falta de apoio das bases sociais e de comunicação que tornem a sociedsde portuguesa um lugar onde venha a ser efectivamente mais fácil viver?
Estamos ou não estamos em presença de líderes que se afirmam, em termos pessoais, muito mais do que aquilo que deveriam na realidade fazer em termos sociais?
Onde estamos? Onde vamos parar?
Daqui por mais uma ou duas mãos cheia de anos?
Que país espectáculo é afinal este do qual tanto gostamos.
Completamente inviável?
Eis o que tenho por ora a replicar-te.
Com as melhores saudações
Antonio Neves Berbem
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