Eu queria uma ministra da educação. Obrigado.
A senhora, que o presidente da nossa dita república (regime que faz agora 100 anos, celebrados com esfusiantes manifestações de júbilo só para irritar os monárquicos como eu) empossou como ministra da educação, não me parece muito talhada para o cargo. Pode ter algum tacto para ganhar uns euros com umas histórias juvenis escritas à maneira da inimitável Enid Blyton, mas como ministra da educação, convenhamos que, nesse posto de tanta responsabilidade, o tactinho não é muito. Enfim, foi o melhor que Sócrates conseguiu arranjar, à pressa e meio atamancada, para acalmar os professores que já não podiam mais com a outra senhora, cujo nome já se me varreu, pela triste memória que ele invoca.
Para esta, a escritora de livros de aventuras, é tudo é muito giro, muito fixe, muito fantástico e, por isso, nada se tem resolvido para que os professores façam aquilo para que têm vocação (pelo menos grande parte deles): ENSINAR.
A senhora descobriu agora que o dia tem 24 horas (que giro!!), coisa que nós sabíamos há algum tempinho. Como é que ela acha que nós conseguimos dar aulas, preparar aulas, preparar reuniões, assistir a reuniões, entre outras tarefas, se o dia fosse mais pequeno? Portanto, ó santinha, não trate os meus alunos, nem os professores deles, como se tivessem todos 3 aninhos. E outra coisa: o professor não é um animador cultural ou um entertainer. Um professor ensina… se o ministério da educação o permitir.
Por isso, eu quero uma ministra da educação, não quero uma escritora de livros juvenis que vem fazer de ministra diante das câmaras de televisão. Nós, professores, sabemos perfeitamente que ela não é – repito, não é – uma ministra da educação. O que é, então? Não faço a mínima ideia.
J.L.N.
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