segunda-feira, 25 de outubro de 2010

MOMENTO DE POESIA

Aqui vai o José Régio


Soneto quase inédito

Surge Janeiro frio e pardacento,
Descem da serra os lobos ao povoado;
Assentam-se os fantoches em São Bento
E o Decreto da fome é publicado.

Edita-se a novela do Orçamento;
Cresce a miséria ao povo amordaçado;
Mas os biltres do novo parlamento
Usufruem seis contos de ordenado.

E enquanto à fome o povo se estiola,
Certo santo pupilo de Loyola,
Mistura de judeu e de vilão,

Também faz o pequeno "sacrifício"
De trinta contos - só! - por seu ofício
Receber, a bem dele... e da nação.

JOSÉ RÉGIO Soneto escrito em 1969.
Tão actual em 1969, como hoje...
E depois ainda dizem que a tradição já não é o que era!!!

9 comentários:

Anónimo disse...

um poeta é uma pessoa com inteligência.

Camões disse...

Já conhecia o soneto de José Régio, e como diz o comentador de 25 Outubro, 2010 15:13, inteligentes as palavras sábias de tão grande poeta.

Eu só acrescentaria: "sem papas na língua!"

Bravo José Régio!!!

Cabé

Anónimo disse...

" Anónimo disse...
um poeta é uma pessoa com inteligência.

25 Outubro, 2010 15:13"

Depende do poeta, tambem á poetas burros, e poetas que se dizem POETAS e que não são, eu tambem canto e não sou cantor, tambem pinto e não sou pintor e se calhar tambem me tenho como inteligente e não o sou.
Sou do Alandroal e nesta terra há de tudo, maus politicos,más linguas, poetas que não o são e burros, vendidos,e espertos com fartura, e gente discreta, esses sim gente boa e inteligente.

BURRO DO ALANDROAL

Anónimo disse...

Sem querer ferir susceptibilidades, dizer que há poetas burros é não ter a mais pequenas noção do que é ser poeta,
meu caro, para se ser poeta, primeiro que tudo, temos que saber inventar a palavra,saber conjungar o sentido com o valor fonético da palavra, temos que ter inteligência para criar, que eu infelizmente não tenho e não me considero burro, mas também não digo que há POETAS burros.
Não sendo assim, parece-me que quis chamar burro a alguém, nesse caso deve faze-lo directamente, ficava melhor na foto.
NÃO DIGA QUE HÁ POETAS BURROS...
um abraço,
HOMERO

Anónimo disse...

Lá está o Sr. Homero com a mania de grande sabedor, a dar aulas do que é, ou não é, ser poeta, como se todos fossemos burros e ele o único Dr. ao cimo da Terra, penso que o próprio se acha o máximo, e sabedor de tudo, pela forma como critica os outros e nos quer impor os seus pontos de vista.
Caríssimo Homero, se o Sr. diz que não há poetas burros isso é a sua opinião, e vale o que vale, é que se em todas as profissões do mundo, sejam elas artísticas, literárias, ou não, há burros, sendo assim, porque é que não há poetas burros.
Olhe, eu sou magistrado reformado e por isso mais Dr. do que muitos doutores, principalmente aqueles que se intitulam e não são porra nenhuma, e na minha vida conheci Juízes burros, Doutores Burros, Presidentes burros, Políticos burros, Engenheiros burros, Jornalistas burros, Policias burros, Padres burros, Padeiros burros, Desportistas burros, Escritores burros, Alunos burros, Professores burros, e também muita burricada de todas as profissões possíveis e imaginarias, onde se incluem alguns Poetas, o Sr. Pelos vistos conhece muita pouca gente, poucas profissões, e pouco mundo, para vir para aqui dar-nos lições de burrice, e dizer o enorme disparate, que não há poetas burros, como o Sr. conhece-se todos os poetas e todos os que se dizem poetas e não são.
Talvez se olhasse bem para si ao espelho ou de outra forma mais limpa, se visse como um homem normal, que é ignorante, como todos os outros, pois ninguém sabe de tudo e tem conhecimentos plenos de todas as coisas, e assim, não escrevia as burrices, que pelos vistos até os Doutores escrevem, e poupava-nos das suas aulas ridículas, de como se é ou não poeta.
Poeta e ser-se mais alto, e como tal ter dom de escrita, e nem precisa de ter andado na escola e saber ler, e até pode ser burro, afinal qual de nós não foi burro em certos momentos da vida, eu conheço um, o grande HOMERO .

O que não assina e não se identifica porque é um direito legitimo que me assiste.
VIVA A LIBERDADE

Anónimo disse...

VIVA A TUA LIBERDADE DE SER BURRICALHO!

Anónimo disse...

Para o comentsdor de VIVA A LIBERDADE...

Primeiro que tudo, gritar "viva a liberdade" atrás de um anonimato não é sinónimo de grande LIBERDADE, á algo escondido,á medo de qualquer coisa, não sei de quê, mas como o problema não é meu, não tenho que me preocupar.
Depois para sua informação,calculo que se está a equivocar com a minha pessoa, o que também não me preocupa, pois não sou nem doutor,magistrado,engenheiro,carpinteiro,marçano,taxista,sou um infimo grão de pó, na imensidão deste universo, mas já reformado!!!
Quanto a sua lenga lenga a respeito da burrice humano, só tenho que lamentar, que tenha conhecido tanto asno ao longo da sua carreira, eu já não posso dizer o mesmo, fui mais afortunado!!!Para além disso quanto a vivência , posso garantir-lhe que conheço, desde o circulo polar Artico até ao Cabo da Boa Esperança, como tal, devo ter convivido com imensa gente, entre os quais muitos burros, só que para meu azar, nenhum era POETA...
Com respeito a forma limpa de me olhar ao espelho, desde já lhe digo que, quando as hordas guerreiras de D.Afonso Henriques chegaram aqui ao Alentejo, já nós alentejanos tomavamos BANHO,não nos vieram ensinar NADA...assim sendo, hoje o banho faz parte ainda da nossa cultura, já não posso dizer o mesmo em relação em aos OUTROS...
Por outro lado, se ler com atenção aquilo que escrevi,verifica que não pretendo dar lições a ninguém,
que até me considero imcapaz de fazer um poema, mas que não chamo burro a ninguém é um facto, nem a SI...
Um abraço,
HOMERO

Anónimo disse...

Caro Homero, com todo o respeito também não lhe chamo burro, e também eu sou alentejano e também tomo banho, a limpeza a que me referi não tem a ver com sujidade do corpo, mas com outro tipo de sujidade, que todo o ser humano tem, e o Sr., e eu não fugimos a regra.
Digo, e afirmo, que há poetas burros, e eu ao contrário do Sr. conheço muitos por aí, até conheço pessoalmente, e muito bem, um que quer ser presidente da republica, que apesar de ser culto, é muito burro, arrogante, vaidoso, teimoso, e com manias e vida de burguês, embora se diga da liberdade.
Sr. Homero, não o quis ofender nem ao Sr. nem a ninguém, o que combato no bom sentido, são as ideias e pensamentos divergentes do meu, pois são nestes confrontos de ideias que se aprende, e já agora Sr. Homero, conheço grandes homens que ficam no anonimato por convicção e não por medo, e também conheço homens, que se identificam quando comentam e não é por isso que alguns são uma verdadeira bosta.
Respeito quem quer assinar, portanto amigo, não lhe ficava mal um pouco de respeito por quem não o quer. Digo mais uma vez que vivemos em liberdade, e a escolhas são individuais, são de cada um.

UM BOM DIA PARA TODOS, E EM PARTICULAR PARA O SR. HOMERO E O AMIGO XICO MANUEL.

VIVA A LIBERDADE.

francisco tátá disse...

Antes que vá para arquivo e deixe de ser lido por muitos: permito-me adiantar " assim é bonito e vale a pena". a troca de opiniões sempre foi saudável e quando a mesma é protagonizada por pessoas sensatas e inteligentes há sempre conclusões válidas a tirar.
"da discussão nasce a luz" e quando há respeito há sensatez.
Um abraço para ambos
Chico