... A coisa adivinhava-se. Querem que passemos os alunos? A gente passa-os, mas depois não nos venham pedir responsabilidades quando as pontes começarem a ruir, quando as casas não se aguentarem em pé, quando juízes e advogados tiverem dificuldade em fazer/interpretar as leis, quando os novos médico tiverem de recorrer aos mais velhos para poderem fazer o diagnóstico adequado, quando os músicos deixarem de compreender o valor matemáticos das notações musicais, quando os psicólogos não conseguirem interpretar as dúvidas e as queixas dos pacientes, quando os operários ficarem (ainda mais) sem emprego por não terem as competências mínimas, quando os jovens agricultores não perceberem a diferença entre uma batata e uma beterraba, quando o pessoal não tiver os skills básicos para passar um cheque ou para escrever o currículo com o objectivo de concorrer a um emprego.
Se tal maluquice for aprovada, terá sido dado o início à era da burrice legalizada. A começar pelos lugares de topo. Tenho pena, muita pena, que tudo por que tenho lutado em 27 anos de carreira comece agora a perder todo o significado.
P.S.: As perguntas ao 1.º ministro sobre o caso Freeport ficaram sem resposta. Será que ele não percebeu o que se perguntava? Será ele já um exemplo antecipado do que havia de vir?
J.L.N.
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