terça-feira, 27 de julho de 2010

VAMOS FALAR SÉRIO?

Para quem consiga exercitar a memória lembrar-se-á da existência, lá por perto da "ida" década de 50, de um Hospital que tinha 24 camas, enfermeiros, médico e auxiliares de apoio e que, embora muito deficiente em serviços essenciais, prestou á época inegável apoio familiar e humano, designadamente nos pós-operatórios, aos sinistrados, ás epidemias, ás «pedradas na cabeça», ás "topadas",etc.,etc..

Lembrar-se-ão outrossim da época pós 25 de Abril em que no mesmo hospital chegaram a trabalhar 8 a 10 médicos; que faziam consulta interna e domiciliária; que cresceu o número de enfermeiros e de pessoal auxiliar, também prestadores de serviços internos e externos.
QUE ACONTECEU ENTRETANTO?
Encerrou.
Construiu-se, mais recentemente, uma UNIDADE DE APOIO INTEGRADO com 20 camas, exactamente para a função de suprir o vazio criado com o encerramento do dito Hospital. (Alguém trabalhou denodadamente para que a candidatura do projecto tivesse luz verde. E teve).
QUE ACONTECEU DEPOIS?
Ainda não acolheu ninguém!!!
Quase em simultâneo se construiu o novo CENTRO DE SAÚDE.
O QUE É QUE, INEVITÁVELMENTE (?), PODERÁ ACONTECER?
Em conclusão: SUPONHO QUE SE TORNA CLARO PARA TODA A GENTE QUE, DECORRIDOS TODOS ESTES ANOS, NOS TEM VINDO A RETIRAR DIREITOS ADQUIRIDOS E CONSTITUCIONALMENTE DEVIDOS.
E não me venham com "culpas das Câmaras".É pelo País todo.
Isto tem um nome: PLANIFICAÇÃO ERRADA DAS POLÍTICAS DE PROTECÇÃO AOS CIDADÃOS.
Basta.

Um fraterno abraço para todos e para ti também Francisco.
Tói da Dadinha

7 comentários:

francisco tátá disse...

Amigo Tói, permite-me ser eu o primeiro a felicitar-te por este excelente texto que tiveste a amabilidade de me enviar.
Não foram precisas muitas palavras para "esclarecer certas verdades".
Muito do que dizes vivêmo-lo juntos e como tal sei dar-lhe o valor que merecem, pese embora em termos políticos termos estado em campos opostos.
Enfim...é muito confortante vêr que podemos ir contando com os amigos.
Um abraço daqueles que só nós sabemos dar
Chico

Anónimo disse...

Postagem muito oportuna. Feita por quem sempre andou por essa área, por quem conhece os pormenores, por quem está à vontade para falar.

Assino por baixo

Anónimo disse...

É verdade sim senhora.

Grande Tói, fazem falta mais como tu.

Abraço

A.A.

Anónimo disse...

Obs.

Tói

O texto bastante claro e as razões que apresentas,leva-me a lembrar-te que Alguém já disse que, em Portugal,o mais dificil era as pessoas verem aquilo que é óbvio.Acrescentaria que, tanto no país como no Alandroal,a culpa de certas coisas que vão acontecendo parece que continua alegremente a morrer solteira...
Ou seja,destroi-se mais depressa o que é bom do que se mantém e constrói aquilo que é verdadeiramente essencial na vida das pessoas.
Pensando bem, também não é dificil ver onde estão postas as responsabilidades das decisões do tipo das que denuncias.
O certo,porém,é que a Autarquia tem de ANTECIPAR e estar mais atenta a estes problemas que,aliás,e noutras áreas vão passar a acontecer com mais frequência.
Parece-me pois, que este problema que já se está a pôr do Centro de Saúde, precisa com toda a certeza da mobilização forte, da liderança capaz e da real capacidade de intervenção ...precisamente de quem está em melhor posição política e social para o ajudar a resolver.
De facto,Tói,apenas com Ingenuidades várias e desatenções perigosas... não vamos a parte nenhuma.No país como no Alandroal.

Em conclusão,quase diria,que é cada vez mais preciso ter um "olho no burro e outro no cigano",não vão os dois Enganar-se e enganar-nos cada vez com mais frequência.

Com um abraço para ti,

ANtónio Neves Berbem

Anónimo disse...

Parabéns Tói pela forma sábia, inteligente, digna, correcta,
sabedora e delicada como sempre
expressas aqui a tua opinião!!!!
OBRIGADA POR ISSO!!!

Eu sou uma das tês pessoas que tu
e o teu irmão Manuel Augusto tiveram a gentileza de conduzir
aquando daquela visita à "Rocha da Mina e etc..., no dia 2/9/2000.
Visita guiada pelo Arqueólogo Calado.

Anónimo disse...

Landroal terra minha,
Jóia de raro quilate!
Tuas lágrimas cristalinas
eu sem poder ajudar-TE.

Ai saudade tão sentida...desmedida,
dolorida!...

Anónimo disse...

Landroal gente nossa
Porque te fizeram mal
Ódio antigo faz moça
Neste nosso Alandroal

Um filho pesaroso igualmente esperançoso