DÉCIMAS
As décimas são por excelência, uma forma poética da oralidade. Ao dizer os seus versos em público, por ocasião das idas à taberna – CASA DO CANTE.
Quanto tu mais vais ralhando
Pior para ti vai sendo
Sempre me lá vou entretendo
E entretenho-me de vez em quando.
Eu vou para lá em calhando
Seja logo ou seja agora
Com muita ou pouca demora
Isso aí já é diferente,
Sou visto por toda a gente
Na taberna a toda a hora.
(José António Pais)
Galhofa e Pirolito
Têm dois acordeons
A tocar os dois são bons
Eu cá sempre o tenho dito.
Foi um serão tão bonito
Aonde havia tanto artista
Estava lá um guitarrista
Da arte muito sabedor,
È de Santiago Maior
Um bom mestre, um bom artista.
(Miguel Manuel Leitão)
Eu ia a festas e feiras
Muita gente acompanhei
Muitas vezes até fiquei
Por lá as noites inteiras.
Com anedotas porreiras
Toda a malta se divertia
Tudo gostava e tudo ouvia
As peixadas do Balhão,
Assim se passava um bom serão
Noutros tempos em que eu bebia.
(Miguel Manuel Leitão)
In: Cantadores de Alegrias Mágoas e Mangações.
Sem comentários:
Enviar um comentário