A RESTAURAÇÃO DOS MONUMENTOS NACIONAIS
Uma das maiores obras realizadas nos últimos anos, pela Direcção dos Monumentos Nacionais, aconteceu já lá vai cerca de 50 anos.
Foi uma acção inteligente e sem dúvida meritória, tratando-se da restauração do nosso património artístico e monumental a nada menos de 50 igrejas, repondo o seu estado primitivo, libertando-as de acrescentes de mau gosto: altares, coros dedicados á música em dias de festa, feitos na maioria dos casos por carpinteiros de menos consciência artística, muitos deles pintados como que de barracas se tratassem, dando uma aparência de cultura deplorável.
Quem tivesse visto a Municipalis de Bragança, com portas e janelas atulhadas de pedras e sem lambris, para depois a recordar com a traça original, independente da época, terá que louvar sem reservas, os hábeis obreiros que realizaram tão delicado trabalho.
A igreja de Leça do Balio, nos arredores do Porto, apenas era conhecida por fotografias que os caminhos de ferro, divulgavam nas suas carruagens, mas agora, com o restauro do interior e da sua nobre fachada, começou a ter direito a figurar em guias turísticos.
Estas e muitas mais como a igreja de S.Gonçalo no Funchal, a matriz de Vouzela, a Sé da Guarda, Almacave em Lamego, a Matriz da Lourinhã e a de Mértola, o castelo de Pombal, de S.Jorge em Lisboa, a fortaleza das Berlengas e o castelo de Óbidos, e tantos fontanários dispersos pelo Pais.
Sem pretender citar outros tantos que mereceram tal distinção e, com correr dos anos, o rasgo daqueles que esperam beneficiação urgente avoluma-se e pairam no esquecimento, onde alguns cujas pedras austeras mal se têm de pé.
JPBR10606
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