segunda-feira, 7 de junho de 2010

O SABER NÃO OCUPA LUGAR (Rubrica de J.P.)

A ORIGEM DAS FEIRAS


Os humanos na sua evolução da multiplicação do género e do saber, espalham famílias por terras e climas diversos, não olhando a distâncias ou modo de lá chegar quer este fosse por terra, mar ou o ar, com diversas produções e técnicas, experimentaram necessidades que as primitivas permutações não bastavam para a satisfação completa dos povos.
Assim se estabeleceram e surgiram os mercados por todo o lado, onde as transacções se realizavam com mais facilidade e segurança, fixaram-se dias na semana e todos acorriam à praça pública, onde mutuamente trocavam os seus produtos.
Em breve, diferentes povos circunvizinhos foram admitidos a estes centros de comércio, e concediam-se tréguas durante as lutas que sustentavam; foram dadas imunidades e assim se começou a administrar a justiça.
Foram pois, os mercados a origem das feiras, diferenciavam-se em que os primeiros eram diários, semanais ou de três em três dias, e as segundas em determinados dias; nos primeiros, a concorrência era limitada; nas segundas, assistia gente das regiões mais afastadas, com géneros muito mais variados e os vendedores e compradores em muito maior número.
Sendo de realçar, a existência pois, das mesmas diferenças ou mesmos em relação aos hábitos entre feiras e mercados que ainda hoje existem, passados que foram, tanto se tantos séculos.
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AS PRIMEIRAS CARICATURAS

As fábulas de Esopo provam que, aos antigos não lhes faltava o gosto pelo gracejo, patentes nos restos da arte do seu tempo
É conhecida a existência no museu de Nova York de uma chapa de barro, com um desenho onde se representa um gato vestido à moda do Egipto, onde o animal nos aparece sentado numa cadeira, saboreando um copo de vinho, enquanto outro gato o vai abanando com a sua própria cauda, servindo-se desta, como que de um leque se tratasse.
O gato figura muito utilizada nos antigos grupos cómicos da vida animal.
Tal como num papiro do Museu Britânico, se vêm grupo de gansos vigiados por um gato e um rebanho de cabras, ao qual dois lobos servem de pastores, estando um deles a tocar a sua flauta.
Por sua vez em Turim, existe um rolo de papiro, onde se mostram, uma série de cenas cómicas, onde em primeiro lugar se poderá ver um leão, um crocodilo e um macaco, num concerto instrumental e vocal, onde aparece um burro com trajes de realeza, com armas iguais às de um faraó, a quem, certo gato embaixador, traz um presente.
Um touro fazendo as vezes de introdutor de embaixadores, onde se pode ver também outra caricatura de leão, juntamente com uma gazela jogando xadrez, e um hipopótamo pendurado numa árvore, de onde um falcão o pretende deitar a baixo.
Para finalizar, aparece um faraó em forma de rata, que segue num coche puxado por dois cães, á frente de um exército de ratos, atacar uma fortaleza defendida por gatos.
Estas não têm outras armas a não ser os seus próprios dentes e as unhas bem afiadas.
Os ratos transportam achas de combate, escudos, arcos e também flechas.
Espero que tenham gostado desta explanação e a leitura visual destes documentos antigos, mais que não seja que possa servir de base para as histórias que de quando em vez, deverão entreter os mais novos, em momentos propícios ou indicados para tal.
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“A CURA PELO SONO”

Não vai muito distante que a acção curativa através do sono era considerada insuperável para determinadas doenças e hoje quase ninguém dá qualquer valor ou lhe atribui a acção benfazeja de que tanto se falou.
Quando alguém se sentia ameaçado com qualquer perturbação, a receita não se fazia esperar… meter-se na cama pelo menos 48 horas, procurando dormir o máximo possível, pensando que o sono seria o melhor remédio para os seus males.
Assim o favorecimento da cura se processava no curso do sono, durante o qual a vida mergulha na zona negativa, permitindo que a vontade trabalhe de acordo com a natureza, não se perturbando com qualquer diminuição da sua força provocada pela actividade do cérebro em vigília, sabendo-se a mais pesada de todas as suas funções.
Deitar cedo e cedo erguer era lema, era lei, era obrigação, preservando assim o tranquilo momento de cuidados benfazejos e, para que não ocasionassem manhas de espertos, ou os dissabores dos mais novos, como também para os mais idosos, como recurso indispensável em numerosos casos onde as incertezas do físico estavam presentes.
Porque quem dorme poupa energias, segundo certos círculos de melhor opinião, dado que o sono concorre para o reajustamento do doente ou não, pois até os muito sadios não dispensam uma hora de sono durante o dia, sono este chamado pelos maldizentes como de sorna, dorminhocos e preguiçosos.
Os amantes da soneca comparam-na como sendo uma sistemática faina diurna que para além de muito gostosa é reparadora para a defesa do corpo e repouso da moleirinha, como sendo um revigorador da capacidade produtiva, prejudicada muitas vezes pela monotonia dos trabalhos ou pela acção emocional.
Será duvidoso poder-se afirmar que, para certos homens resistentes e activos, bastarem poucas horas de sono nocturno, para se manterem em perfeita forma, assim sendo direi serem verdadeiros privilegiados mas, na incerteza… nunca atender ao pregão de que – quem muito dorme, muito esquece e ainda outros que – dormir é esquecer a tormenta que passa.
Infelizmente, existem boas pessoas que malbaratam toda a possibilidade de dormir, entregando-se ao sono apenas em última circunstância e sempre quase a chegar á exaustão, para que a medicina consiga tratar do assunto, em última instância.
Perante reservas vegetativas gravosas e extremadas, onde as defesas mal tratadas chamam o sono e o desfalecimento abrupto, levará forçosamente a fazer um regime prolongado de cama e tratamento, não sendo o melhor do procedimento racional aconselhável.
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1 comentário:

Anónimo disse...

Excelente convite à Leitura.
Gostei!

Muito obrigada.