COMENTÁRIO EM DESTAQUE

De: Amadeus Saraband

A propósito de um post no qual se recordavam os almoços da rapaziada do Colégio

A memória é um saco sem fundo.

Acontecimentos vividos há dezenas de anos caiem no esquecimento, mas quando surge um clarão, um sorriso, uma expressão, um gesto, tudo nos parece ter acontecido na véspera.
( No almoço a que este post se refere, dei comigo a olhar para um maduro, que eu não via há mais de trinta anos, ... e, querem saber, ... ele continuava a segurar o cigarro como sempre o tinha feito ... entre os dedos médio e anelar. Nunca conheci mais ninguém que assim segurasse os cigarros. A forma como ele continuava a segurar o cigarro, levou-me imediatamente de volta para os " definitivos " no choupal e, evidentemente, para as conversas que sustentavam essas passeatas. Conversas em que entravam - como motivo - algumas das raparigas que também estiveram nesse almoço. )
( E o sorriso da Palmira ! ? ... )
Um sorriso lindo. Pena foi que o levasse cedo para outras paragens.
O Honorè de Balzac, aquele francês bigodudo e gorducho que, para além d'outras coisas, escrevia muito bem, costumava dizer que as mulheres atingiam o seu maior encanto na casa dos trinta. Permito-me discordar. Basta olhar para a última foto do post, e logo se vê que, sabendo o Balzac muito, de mulheres sabia pouco. É que aquelas duas já estavam nos quarenta. Ali, " à tangente ", mas já nos quarenta. Desculpem lá, meninas, mas o calendário não pára.
E os rapazes ... O Luís Balsante e o Vitorino, ainda com os bigodes pretos.
Aí, valentes ! ! !
À Jacinta, à Luísa, o meu muito obrigado.
Para o Vicente, um abraço e um eterno " hasta siempre companheiro "
Para o Chico :
Venham mais fotos.