Porque o Senhor Alexandre Recto faz parte da memória de quase todo um século da vida do Alandroal,assim como fez e fará parte da vida de cada um de nós,naturais do Alandroal,associo-me ao conteúdo do comunicado da Santa Casa da Misericórdia. É de facto,mais uma grande perca a merecer ser lembrada em nome de Rua.
Por mim,parece que continuo a revê-lo no alto da Praça,fumando calmamente os seus cigarros,sempre aberto a uma conversa que tratasse do passado,do presente e do futuro do Alandroal.Sabia muito bem quem devia apoiar,assim como sabia a quem recusar o seu apoio.Assumia posições.O que só dignifica as pessoas.
Alandroalense verdadeiro,alandroalense que assistiu às mais inesperadas mudanças sociais e políticas,alandroalense que foi sempre exercendo os seus deveres de cidadania,alandroalense músico,alandoalense da Banda e de várias orquestras,por todos estes belos factos,merece que o Alandroal se reveja nele e na pequena grande obra que foi toda a sua longa vida.
Acaba de morrer um bocado do Alandroal, e se é certo que é uma coisa natural,menos natural, será que o Alandroal e a autarquia não se revejam em tudo aquilo que deu ao Alandroal.Paz à sua memória de Homem alandroalense e de português.Com saudades suas e de o ver, por mais uns tempos, na Praça que assim ficou ainda mais vazia de pessoas,de conversas,de uma referência humana e de vida.
António Neves Berbem
(Permito-me compartilhar das palavras do Dr. Berbem e ao mesmo tempo agradecer a informação enviada pela S.C.M. - Chico Manuel
1 comentário:
Em jeito de homenagem.
Pelo que conheci do senhor Alexandre Recto e pelo que com ele contactei, em questões do Lagar Social e das Misericórdias
de Terena e do Alandroal, não podia deixar de escrever, esta pequena homenagem, reconhecedora da verticalidade de carácter do senhor Alexandre. Esteve sempre ao lado da razão e da verdade, servindo as instituições, com abnegação. O tempo quente do pós 25 Abril, não o desmotivaram e continuou sem vacilações, sabendo muito bem definir as suas ideias e continuar.
HOMENS,como este morrem também, mas o seu exemplo deverá continuar, como um legado do voluntariado concelhio e de referência humana.
26-06-2010.
Helder Salgado.
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