quarta-feira, 5 de maio de 2010

CRÓNICA DE OPINIÃO DA RÁDIO DIANA/FM (DUAS)

http://www.dianafm.com/

José Policarpo - Patriotismo


Quarta, 05 Maio 2010 09:36
A dívida pública e o endividamento externo do nosso país são temas que, todos os dias, fazem a manchete das primeiras páginas dos jornais e abrem os noticiários das nossas televisões. Tendo em conta esta realidade, o que fazer? Para aqueles que têm uma visão mais objectiva da vida, é uma grande oportunidade para procedermos às reformas estruturais que o país há muito vem exigindo. Para os aparentemente optimistas é a fuga para a frente. Entre os quais eu incluo o actual Governo. Mais endividamento, para que se possa realizar as grandes obras públicas.
Com efeito, será que a construção da linha de alta velocidade Lisboa/Madrid é um investimento prioritário? Será que a construção do novo aeroporto de Lisboa é um investimento prioritário? Será que a terceira travessia do Tejo é um investimento prioritário? São dúvidas que assolam muitos de nós e, não vejo ninguém a querer dissipá-las. Nem governo, nem os intitulados especialistas. Vejo, aliás, muita gente a tomar posição, seja a favor ou seja contra, porém, sem demonstrarem um distanciamento claro sobre a matéria. Ficamos ainda mais confusos.
Se estas obras não são prioridade para o desenvolvimento do país, acabe-se de uma vez por todas com a discussão e recoloque-se a questão naquilo que nos verdadeiramente importa. Nos investimentos que relancem e preparem a nossa economia que, desde há muito anda debilitada, para os desafios colocados pela Globalização. Ainda ontem ouvi um especialista espanhol na matéria a afirmar que o problema fulcral das economias portuguesas e espanhola, está ligado à perda de competitividade. Entre outras coisas, pagamos salários desadequados em função do que produzimos.
Ora, face ao panorama actual, com uma Europa em crise politica, económica e social, só nos resta encontramos um caminho que vá de encontro às expectativas de todos como nação. E, para isso, teremos de encontrar consensos que visem um Portugal mais moderno e consequentemente mais competitivo, ainda que, estes não beneficiem as empresas, corporações.

Crónica de Francisco Costa

Terça, 04 Maio 2010 10:29
Por muito que custe não me parece que existam grandes alternativas ao programa do Governo para resolver este problema do défice e defender o País dos ataques directos à dívida pública soberana.
Quando se fez a apresentação do Plano de Estabilidade e Crescimento tanto a União Europeia como as instituições internacionais reconheceram-no como sério.
Apesar das críticas de todos os partidos políticos nacionais.
A direita porque defendia que era pouco, a esquerda porque defendia que era demais.
Embora com a abstenção do PSD de Manuela Ferreira Leite, o PSD de Pedro Passos Coelho veio no dia seguinte à aprovação dizer que nada estava tomado como certo e que não se sentia vinculado ao PEC aprovado.
Sem apoios à direita e à esquerda José Sócrates viu-se isolado e com dificuldades para dar sinais de confiança aos nossos credores. Depois a agência de rating Standard & Poors fez o resto.
O nosso tímido crescimento, a nossa falta de competitividade e o endividamento público e privado criam-nos problemas. Que bastavam já sem que fosse preciso dar sinais de que não honraremos os nossos compromissos.
Passos Coelho contudo emendou a mão ao juntar-se ao Primeiro-Ministro para dizer ao País que o PEC é para cumprir em calendário antecipado.
E para admitir que Portugal estava a ser alvo de um ataque especulativo.
É particularmente este ataque, cuja responsabilidade não pode deixar de ser imputada à União Europeia, que agora mais nos preocupa. Porque se trata de um ataque ao euro e porque a União Europeia tem sido ineficiente na sua defesa. Como exemplo temos os mais de seis meses que levou a decidir apoiar a Grécia, seu Estado membro. E mesmo assim só em parte porque a ajuda virá também do FMI.
Quanto ao nosso défice, Sócrates já o colocou abaixo dos 3%, nada impede que o possa fazer de novo. O PSD até parece disposto a permiti-lo.
Veremos até que ponto.
Obrigado e até para a semana.

 

1 comentário:

Anónimo disse...

O Município de Cascais prestou uma dupla homenagem a Stanley Ho, accionista maioritário da Estoril Sol, atribuindo-lhe a Medalha de Mérito Empresarial e atribuindo o seu nome a uma avenida localizada nas imediações do Casino Estoril.
A atribuição do nome de uma pessoa a uma avenida é uma distinção excepcional, e a primeira outorgada em Portugal, em vida, a um cidadão chinês, pelo que se trata de uma homenagem invulgar, plena de significado no momento em que decorrem as comemorações do cinquentenário da Estoril Sol.
Stanley Ho recebeu das mãos de António Capucho a Medalha de Mérito Empresarial pelo seu relevante papel e empreendedorismo enquanto presidente da Estoril Sol SGPS, tendo o autarca salientado a importância desta empresa que “para além dos impostos provenientes do jogo e que o Estado arrecada, desempenha também um papel fundamental enquanto fonte de receitas municipais determinantes, por um lado, para o financiamento dos encargos de estrutura, de promoção e de animação, a cargo até agora da Junta de Turismo e de futuro da empresa municipal sucedânea “Turismo do Estoril”, bem como de iniciativas a cargo da Câmara Municipal no âmbito de investimentos turísticos”.
Por seu lado, Stanley Ho disse sentir-se “honrado e profundamente sensibilizado, com este duplo gesto de homenagem do Município de Cascais” e lembrou que a sua amizade ao nosso país “tem raízes em Macau, sendo no Estoril e em Cascais que reside o meu amor a Portugal”.
“Cumpri a minha promessa de fazer do Casino Estoril uma montra renovada de eventos artísticos, culturais e sociais, que revolucionou o tradicional conceito redutor de “casino” em Portugal, tornando-o um instrumento decisivo para a promoção do turismo em Cascais e Portugal ”, afirmou ainda o empresário.
Despedimento colectivo de 112 trabalhadores no Casino Estoril
Nestas condições não constituirá um escândalo e uma imoralidade proceder-se à destruição da expectativa de vida de tanta gente ? Para mais quando a média de idades das mulheres e homens despedidos se situa nos 49,7 anos ?
Infelizmente, a notícia de mais um despedimento colectivo tem-se vindo a tornar no nosso país numa situação de banalidade, à qual os órgãos de comunicação social atribuem cada vez menos relevância, deixando por isso escondidos os verdadeiros dramas humanos que sempre estão associados à perda do ganha-pão de um homem, de uma mulher ou de uma família.
Mas, para além do quase silêncio da comunicação social, o que mais choca os cidadãos atingidos por este flagelo é a impassibilidade do Estado a quem compete, através dos organismos criados para o efeito, vigiar e fazer cumprir os imperativos Constitucionais e legais de protecção ao emprego.
E o que mais choca ainda é a própria participação do Estado, quer por omissão do cumprimento de deveres quer, sobretudo, por cumplicidade activa no cometimento de actos que objectivamente favorecem o despedimento de trabalhadores.


Referimo-nos, Senhores Deputados da República, à impassibilidade de organismos como a ACT-Autoridade para as Condições do Trabalho e DGERT (serviço específico do Ministério do Trabalho) que, solicitados a fiscalizar as condições substantivas do despedimento, nada nos respondem.
Mas referimo-nos também à Direcção-Geral da Inspecção-Geral de Jogos, entidade a quem cumpre fazer cumprir as normas legais da prática dos jogos, que não hesita em violar os imperativos da Lei nº 10/95, de 19 de Janeiro, para possibilitar à empresa o despedimento dos porteiros da sala de jogos tradicionais.
A corrupção não existe, agora chama-se: Ciência Politica Utilitária