Nota prévia: Depois de algum tempo de ausência, motivados pelo motivo que a “Evita” justifica no texto anexo, muito em breve iremos retomar a história fascinante desta personagem que habitou por terras do Concelho do Alandroal.
Para já fique conhecendo os familiares mais directos do Rufino Casablanca.
Al Tejo mais uma vez agradece a disponibilidade da Eva Rodrigues Potra Casa Blanca, por nos facultar “material” tão íntimo.
" Peças Soltas no Interior da Circunferência " Memórias do Rufino Casablanca
Assunto : " Linhagem " do Rufino Casablanca. " Tanto quanto é possível conhecer "
Senhor Francisco Manuel :
Depois das eleições autárquicas no Alandroal, em que alinhei pelo MUDA, tendo até participado em várias acções de campanha. ------ ( O Rufino deve ter dado algumas voltas na sepultura, pois como o senhor sabe ele era comuna ... bem ... comuna ... com uns laivos de trotskista ... parece-me a mim, que nunca percebi bem as diferenças entre Leninismo e Trostkismo ) ------ . Pois dizia eu, depois deste resultado eleitoral ... que foi o que se viu ... e o que ainda está para se ver, vou então mandar-lhe as fotografias que há tempos lhe prometi. " Linhagem " é capaz de ser um termo demasiado pomposo para definir a ascendência do Rufino, pois apenas conheci o seu avô, a sua mãe e ele próprio. O avô era um homem de primeira água, pouca gente conheci tão leal, tão amigo do seu amigo, tão prestável e tão trabalhador. Eu própria lhe chamava avô e tinha nisso um orgulho muito grande. ----- Aqui segue uma foto, a única que possuo, desse velho magnífico, Juan António Casablanca. ----- . Quanto a sua mãe, Antónia Casablanca, segue uma foto, também a única que tenho, acrescentando apenas que para além de amiga dedicada, amiga sempre disponível e excelente conselheira, era a mulher mais bonita que eu conheci. No que diz respeito ao Rufino já o senhor Francisco Manuel conhece a minha opinião, não vale a pena bater mais no ceguinho : Era um artista, e como todos os artistas, pertencia a uma fauna muito esquisita.
Por último, envio uma foto minha e do Rufino. ( Tirada nos " Arrequizes ", como ele gostava de dizer. )
Disponha, como entender, do material que agora lhe envio.
( As legendas das fotografias são da minha responsabilidade. )
Com os meus melhores cumprimentos.
Eva Rodriguez Potra de Avelar Casablanca
Terena, Monte do Meio, 15 de Outubro de 2009.
P S ----- Tanto quanto sei a Eveline Sanbrás também vai enviar-lhe alguns textos do Rufino Casablanca dentro de dias. Passe bem.
JUAN ANTÓNIO CASABLANCA: Avô do Rufino Casablanca. Fotografia tirada em 1938. Este homem, refugiado da guerra civil espanhola, viveu no Monte do Meio durante mais de quarenta anos, sem nunca ter documentos portugueses.
Nesta foto está retratada a mãe do Rufino: Antónia Casablanca. Foto tirada em 1938, quando contava apenas dez anos de idade. Remonta à época em que chegou a Portugal, acompanhada por seu pai, Juan António Casablanca. Nunca teve documentos portugueses.
Esta é a fotografia mais antiga do Rufino Casablanca. Ano de 1951. Está ao colode sua avó paterna, Dona Hermengarda Violante. Esta senhora viveu até à bonita idade de noventa e oito anos, tendo falecido em 1998, na Aldeia da Serra, Redondo.
Nesta foto estou eu e o Rufino. "Arrequizes", Evita Casablanca e Rufino Casablanca.1968
2 comentários:
Ficou bem mais interessante.
xii foto tão antiga, ainda nem o muda tinha ganho as eleições
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