quarta-feira, 21 de outubro de 2009

CRÓNICA DE OPINIÃO DA RÁDIO DIANA/FM

Transcrição da crónica diária transmitida aos microfones da :http://www.dianafm.com/

José Policarpo - Nem tudo irá ser como no passado recente...

21-out-2009
O resultado das eleições autárquicas na nossa cidade sufragou o “status quo”, o partido socialista fora reconduzido para mais um mandato. Nada a dizer quanto à legitimidade politica do mandato conferido ao partido vencedor, pois, em democracia governa quem ganha mesmo que tenha um passado de governação que fique muito aquém, avaliação minha, das promessas eleitorais constantes dos anteriores programas eleitorais. “2001 e 2005.
Esta eleição do ponto de vista dos mandatos para a Câmara, número de vereadores das diferentes forças partidárias eleitos, não traz nada de novo, mantém-se a distribuição das eleições de 2005. Acontece, porém, que no que toca à assembleia municipal o partido socialista perdeu a maioria absoluta que detinha neste órgão. Este cenário importa algumas alterações de substância. Maior disponibilidade e abertura da força vencedora na apresentação das propostas a submeter ao escrutínio das forças da oposição. No fundo terá de haver maior responsabilidade politica de todos os envolvidos. Na verdade o quadro politico saído das ultimas eleições autárquicas, observando e respeitando, repito, o resultado verificado, atribui maior poder à oposição com assento na assembleia municipal. O conjunto dos partidos, CDU, PSD e BE tem um número de deputados superior ao partido Socialista, por isso, terá o executivo camarário prestar mais contas, dialogar mais e encontrar pontos de convergência com as restantes forças partidárias. Com isto não estou a sugerir que os actores políticos têm de fazer “tábua rasa” dos programas eleitorais que levaram à apreciação do eleitorado, isso seria, no mínimo, de grande desonestidade para com os seus respectivos eleitorados. O que quero dizer é que este mandato terá de ser mais partilhado do que fora os anteriores. Resta saber se estarão todos à altura do desafio. Se assim for, quem beneficiará com isso é, certamente, a cidade e os seus habitantes.

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