sexta-feira, 23 de outubro de 2009

CONSIDERAÇÕES SOBRE “COMENTÁRIOS”

Durante os sete anos que levo nesta coisa de blogar, muitos são os blogues que visito e inúmeros os comentários que vou lendo.
Não vou tecer quaisquer considerações, sobre a vantagem, ou não, de as caixas de comentários estarem abertas, de a maior parte dos mesmos serem anónimos, da maneira que por vezes são utilizados. Sobre tal assunto já muito foi escrito e debatido.
Este “desabafo” tem o único intuito de demonstrar a minha simpatia a um fenómeno (chamo-lhe assim por não o encontrar noutros blogues) aos inúmeros comentários que por aqui aparecem escritos em verso. E não posso deixar de manifestar o meu contentamento ao associar uma tradição tão comum nas nossas gentes, ao ponto de já ter dado lugar a um dos livros que mais releio (Alegrias, Mágoas e Mangações) compilação de muitos poetas populares do Concelho do Alandroal.
Não interessa se bem ou mal escritos, se a métrica é correcta ou não (tão pouco tenho conhecimentos suficientes para tal), o que é certo é que não posso deixar de associar os referidos comentários à tradição das nossas gentes, ao nosso povo, às nossas raízes, e se assim é fico duplamente satisfeito por poder constatar que o Al Tejo, chega à nossa população e que é de todos nós.
Um bem-haja a todos os nossos poetas, e que a tradição se mantenha.

Chico Manel

P.S – Tenho vindo a verificar que alguns blogues colocam na caixa de comentários, comentários onde consta o meu nome e até o meu nikname.
È vergonhoso tal método e apenas tal maldade só serve para criar confusões, e criar-me embaraços.
Esses comentários não são feitos por mim. Vamos lá ser sérios e deixar-nos de essas brincadeiras de mau gosto.

20 comentários:

Anónimo disse...

Tem toda a razão o povo é um grande poeta e para prová-lo fiquem-se com estes:

Ao telefone falando
Esteve o Padilha e o Nabais
O José estava chorando
E o João chorava ainda mais

O Nabais

Já viste o que aconteceu
Com o teu mau proceder
Agora nem tu nem eu
Já conseguimos vencer

O Padilha

Estás a falar sem razão
A culpa foi toda tua
Por fazeres tanta excepção
Viemos os dois para a rua

Nabais

Vês as coisas ao contrário
Tu é que foste o culpado
Por causa do teu salário
È que houve este resultado

Padilha

Estou a ver que não gostas-te
De eu ganhar a tempo inteiro
E então tu quanto gastas-te
Nas viagens ao estrangeiro

Nabais

Estás-me agora a criticar
Tanto que tu me apoiavas
Se estivesses no meu lugar
Tu também te aproveitavas

Padilha

Ouço chamar-te traiçoeiro
Tanto aos outros como aos nossos
Por gastares todo o dinheiro
Em festas, viagens e almoços

Nabais

Agora é que tu me amolas
Ao tratares-me assim tão mal
Fazendo, na tua terra Escolas
E um grande parque oficinal

Padilha

Cá na minha freguesia
Fiz obras superiores ás tuas
Eu consegui num só dia
De uma aldeia fazer duas

Nabais

Os eleitores estão conscientes
Conhece.nos até demais
P´ra que estamos a querer ser diferentes
Se somos os dois iguais

Padilha e Nabais

Na Igreja junto ao altar
Pedimos a Deus que nos acuda
Que nunca mais deixe juntar
A CDU com o MUDA.

Anónimo disse...

hehehehehehe, fartei-me de rir, muito bem, sim senhor temos poeta.

eumudei2009.

Anónimo disse...

Meu caro acho as suas rimas fantásticas nao fosse o exagero de hifens tornarem a gramática da sua poesia muito pobre. Tirando isso acho que pode seguir em frente e quem sabe um dia não teremos um Fernando ou uma Florbela que orgulhe o nosso concelho com um prémio nobel.

Anónimo disse...

Caro Chico Manel, como é habitual vim passar o fim-de-semana à minha terra e como de costume dou uma vista de olhos pelo seu blogue para me manter informada do que por cá se vai passando de bom e de mau. Reparei num cartaz afixado num dos estabelecimentos do Alandroal que anunciava um concerto do saxofonista Náná Sousa Dias no Forum Cultural. Possívelmente o amigo e uma grande parte das pessoas desconhecem que se trata de um dos melhores instrumentistas a nível nacional e da Europa e é um orgulho tê-lo a actuar por cá.
Não percebo como é que o senhor, que sempre tem divulgado as actividades que por cá se realizam tenha deixado de o fazer, estranhamente, de um momento para o outro.

Anónimo disse...

ah pois é isto é uma terra de poetas e pastores como diz o outro.

francisco tátá disse...

Meu caro amigo duplamente agradecido pelo seu comentário e pela visitas que faz a este nosso espaço.
Como diz e muito bem é sempre para mim um prazer divulgar o que de bom se faz no nossa terra. A presença de Naná Sousa Dias é por certo um momento alto (mais um) do nosso Forum. Teria todo o orgulho de o divulgar, mas para tal seria necessárique alguem me enviasse o referido programa, pois da última vez que fui ao Alandroal (Domingo passado) não havia nada divulgado.
Nunca os responsáveis por estes acontecimentos tiveram a gentileza de informar destes acontecimentos e se eles por vezes aqui aparecem são devidos a uma busca da minha parte por diversos sites principalmente ao da C.M.A. como no mesmo nada consta não poderia divulgar.
Aliás desde há muito este blogue é ignorado pela Autarquia e se o amigo estiver interessado em saber porquê terei todo o gosto quando pessoalmente estiver consigo de lhe explicar os motivos, porque são de uma mesquinhez tão grande que não merece a pena dá-los a conhecer, mas sempre lhe vou dizendo que o Al Tejo não cede a pressões, não se vende e continua a seguir uma linha de pluralidade.
Mais uma vez os meus agradecimentos
Chico Manuel

Anónimo disse...

porque sera k a autraquia o ignora
nao sabem

Anónimo disse...

Caro Chico Manel obrigado pelo seu esclarecimento, assim já se percebe o porquê das actividades nem sempre serem divulgadas.
Obrigado pela sua atenção.

Anónimo disse...

Então diz lá "Chico esperto"já que tu pareces saber tudo...

Anónimo disse...

e quem fez os versos? APOSTO NUM COMUNA QUE ATÉ VOTOU MUDA.

Anónimo disse...

ESTE POETA É DE MARMELOS.

Anónimo disse...

ãcho que não é dos marmelos.
É da aldeia da venda,yoda a gente sabe quem é,diz-se comunista.mas de comunista nada têm.
Primeiro ele,só ele,sempre ele...........e ficanos por aqui...

Anónimo disse...

Vou aqui colocar estes versos, em homenagem ao Poeta que os escreveu e para partilhar com os leitores. Penso que isto pode ser publicado, porque tem algum humor, e não tem ofensas pessoais.

O Padilha foi condenado
Cá na nossa freguesia
Teve agora o resultado
Que há quatro anos merecia


Logo após as eleições
Em que foi eleito presidente
Mostrou logo a toda a gente
Quais as suas intenções
Tomando só decisões
Que lhe dessem resultado
Levar um bom ordenado
Para casa ao fim do mês
Por estas e outras que fez
O Padilha foi condenado


Na segunda decisão
Por ninguém teve respeito
Estragou o que estava feito
E fez nova construção
Mesmo vendo que a população
Tal serviço não queria
Ele com a sua teimosia
Levou a obra ate ao fim
Não interessa gente assim
Cá na nossa freguesia


Antes da sua eleição
Alguém mandou construir
Um edifício para servir
A toda a população
Ninguém pagou um tostão
Por o ter utilizado
Depois de ele ter entrado
As suas regras alterou
Dos frutos que semeou
Teve agora o resultado


Ainda quero denunciar
Mais uma obra das suas
Partiu uma aldeia em duas
Sem com os habitantes falar
Nunca se cansou de errar
Pensando que ninguém via
Em fazer sempre o que queria
Alimentou essa ilusão
Agora já teve então
O que há quatro anos merecia


O Poeta Sacaio

Anónimo disse...

Estes versos têm a marca do pássaro dos marmelos

Anónimo disse...

Ops, de onde são estas fotos? Terena?

http://portugalvistopormim.blogspot.com/2009/10/alandroal.html

Anónimo disse...

Parabens, com letra grande ao Poeta Sacaio.

Anónimo disse...

Para onde caminha este concelho com tanto ódio, tanta intriga, tanta traição!


Não auguro nada de bom para este concelho, a não ser o seu desaparecimento do mapa!

Um alandroalense desalentado

Anónimo disse...

COMUNAS E MUDAS TUDO IGUAL.

Anónimo disse...

É verdade sim senhor, COMUNAS E MUDAS TUDO IGUAL, é tudo melhor que os PSs e resto dos outros poucos!!!

Anónimo disse...

Com a poética local desenvolve-se não só a capacidade expressiva,bem como as dificuldades específicas de compreensão da língua materna.

Embora condição possível e não causa determinante do insucesso escolar,a utilização da mesma na escola seria certamente profícua.

Digam-no aos professores!