quinta-feira, 18 de junho de 2009

CRÓNICA DE OPINIÃO DA RÁDIO DIANA/FM

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Jose Policarpo - Há uma ténue esperança ao fundo...

17-jun-2009
A vida politico partidária está muito interessante. Há muito que não assistíamos a uma coisa assim. São vários e multifacetados os que se preocupam com a hipótese de (in)governabilidade, dado que, os resultados das europeias para além da vitória do PSD, traduziu-se num aumento da extrema esquerda. Os mais preocupados posicionam-se no centro partidário e, muitos deles, não é por convicção ideológica, mas por puro interesse. E desenganem-se aqueles que pensam que, só os agentes políticos é que estão nesta linha, há muita gente que depende do Estado para governar a sua vida, como empresas, corporações e cidadãos individualmente considerados e, que, anda aflito. Na verdade, as eleições europeias vieram desencadear a possibilidade de se verificar um de vários cenários políticos nas próximas eleições legislativas. Tanto a vitória do PSD como a vitória do PS, como, também, a possibilidade em caso de maioria relativa de estas forças terem de proceder a coligações com os pequenos partidos, à esquerda ou à direita do espectro partidário.
Este quadro de maioria relativa a verificar-se, mormente, à esquerda, poderá fazer com que o partido socialista fique refém do Bloco de esquerda ou do Partido Comunista. Este condicionamento não é, de todo, benéfico para o desenvolvimento do país, sobretudo, numa altura de crise, que os escassos recursos financeiros à disposição do país devem ser criteriosamente aplicados. Todos sabemos que, julgo eu, tanto o Bloco como o partido comunista vivem politicamente, sobretudo, da demagogia e da retórica fácil. São exemplo disso as politicas defendidas no campo social e económico. São contra qualquer tipo de despedimento, mesmo quando a necessidade conjuntural a isso obriga. Muitas das vezes, pelo menos os factos levam a essa interpretação, preferem que uma empresa feche a haver alguns despedimentos. Com a despesa pública não são nada criteriosos, defendem serviços e dinheiro para todos, como se nós tivéssemos uma máquina de fazer ouro.

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