domingo, 3 de maio de 2009
DIA DA MÃE
MÃE
Nobre e sublime é a palavra mãe.
De entre todas, a maior do Mundo.
Não há, certamente, amor mais profundo,
Que tão pequena, imensa ela contem.
Não vira as costas a um qualquer choque.
Sabe amenizar todo o sofrimento.
Liberta da frieza o pensamento,
Com mãos que aquecem ao seu doce toque.
Coração que envolve tudo de bom.
Olhos que olham com riso no olhar.
Ouvidos que dão harmonia ao som.
Palavra que diz: Amar, Sofrer, Dar.
Boca que fala sempre o mesmo tom.
Sem nada pedir, sem nada esperar.
Ausenda Ribeira (poetisa do Alandroal, in “Memórias)
PARA OS MEUS FILHOS
Alguém me chamou poeta
Eu nisso não acredito
Tenho apenas a tendência
Para ver tudo mais bonito.
Eu sou terra lavrada
Semeada por um só homem
Dessas sementes nasceram
Alegrias que me consomem
Ao nascerem essas sementes
Nesses dias fui tão feliz
Nasceram dois poemas
Dos mais lindos que já fiz
Quero ser terra lavrada
Quero viver para os meus poemas
Eu não vou pedir mais nada
Vivo de coisas pequenas
Do meu primeiro poema
Tenho duas sementinhas
As maiores alegrias que tenho
São estas duas criancinhas.
M. Guilhermina Galvão ( poetisa do Alandroal, in “Aguarelas”
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1 comentário:
Não posso deixar de saudar a inclusão da Ausenda enquanto mulher poetisa no teu blog.Foi boa a Lembrança.
Tanto quanto se pode gostar e ser amigo da Mulher mãe, sou dos que admiram "as linhas da vida" muito puras e sempre presentes numa certa arte poética da Ausenda.
Que já lemos.
Não importa para o caso, se é uma grande arte poética.Importa sim, que a Ausenda sempre transportou dentro de si a harmonia e a beleza das coisas simples com que podemos construir e reconstruir a vida de todos os dias e de todos os momentos:belos e menos belos.
Mais dificeis.Ou mais complicados.
Chico,podes ter a certeza de que está a saber bem o teu gesto.Assim como sabe bem, aos amigos da Ausenda,vê-la citada e vê-la lembrada num dos papéis que melhor sabe fazer,O da mulher que sempre soube crescer por dentro de si mesma, em sintonia quase perfeita com os outros.Os que a rodeiam mais de perto.E aqueles que sempre a admiraram.
Por ser sempre bonita.Por ser amiga.Por ser inteligente.Por ser solidária.Por ser Mulher.Por ser uma Mulher que em tudo,do pouco fez muito.
E a isto chamamos nós aqui:uma certa de Arte de viver em poesia.E com a poesia.Uma voz interior que sempre a acompanhou pela vida adiante.Sempre muito perto de serem as grandes companheiras e as grandes escolhas da sua vida.
Um forte abraço para a Ausenda.Um para seu Tói.Outro para todas as mães do Alandroal.
António Neves Berbém
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