Quando escrevo “isto” é dia 04 Fev 2009.
Preparo-me para me postar frente ao televisor e pelas 19 horas ver um clássico (Sporting –Porto) e logo de seguida ver o Benfica- Guimarães.
Sábado passado não levantei o “rabo” da cadeira e comecei a ver futebol pelas 14 horas e parece-me que pelas 23 horas ainda não tinha acabado a maratona. (É preciso ser mesmo “maluquinho” … mas enfim.
Tudo isto vem a propósito (e os da minha geração sabem-no bem, os mais novos ficam a saber) a tortura que era nos anos sessenta ver futebol pela televisão.
Quarta-feira europeia: jogo na Luz, o Glorioso, no auge, recebia um dos grandes da Europa. Jogo decisivo. Dá não dá pela TV? Na Barbearia do Barradas faziam-se apostas, não sobre o resultado pois nessa altura a vitória estava certa, mas sim se o jogo era ou não transmitido.
A partir de certa hora as Sociedades enchiam-se de gente (para bem do Mestre Zé Luís, e da Maria do Cesário) todos aguardando o veredicto.
Que desilusão quando chegada a hora do inicio da partida tínhamos que desandar para junto do rádio e ouvir o Artur Agostinho relatar-nos as peripécias do jogo.
Que alegria quando o Senhor Jorge de Brito (ou Fernando Martins?) muitas vezes pressionados por “instancias superiores” (lá está: Futebol, Fado e Fátima) nos vinha dar a esmola da permissão da transmissão via TV. E com que “salva de palmas” era brindado pela concessão da esmola.
Outros tempos…outro futebol…
Agora (não há fome que não deia em fartura) as coisas inverteram-se e não é o futebol que manda, mas sim a TV.
Eu não me queixo…mas que por vezes já me deixo dormir a ver “certos” jogos…lá isso deixo.
Chico Manel
Sem comentários:
Enviar um comentário