terça-feira, 9 de setembro de 2008

DUQUES E...CENAS - (PELO Dr. JOÃO LUÍS NABO)

Stop

Que o corte feito nos orçamentos das autarquias está a ter efeitos perniciosos nas actividades das associações culturais e desportivas dos concelhos, disso não temos dúvidas.
Os subsídios estão a diminuir, os apoios directos com funcionários e meios logísticos estão a ser reduzidos e o país vai começar a atravessar, em termos de província, um deserto cultural, porque sem dinheiro não há forma de promover, com um mínimo de condições, as mais variadas iniciativas que envolvam grupos mais numerosos ou associações que, against all odds, ainda por aí vão remando.
Uma coisa é certa: as associações desportivas com menos meios correm o risco de fechar as suas portas, dezenas de crianças poderão deixar de praticar desporto, os agentes culturais (coros, bandas, orquestras, grupos folclóricos, grupos de teatro) deixarão de poder produzir e promover as suas iniciativas e, mais grave ainda, ficarão impedidos de divulgar o seu trabalho fora da sua zona de actuação. Mas há uma contrapartida que me deixa animado: sem concertos, representações teatrais, folclore e et cetera, vamos ficar com mais tempo para, no remanso do lar, ver os Morangos com Açúcar, as repetições da Floribella no Canal Disney ou ler nas revistas para atrasados as aventuras da Brigada do Croquete, vulgo jet set de pacotilha, liderada pela inefável Caneças. Conheço várias maneiras de censurar a liberdade de expressão. A nossa História é nisso um portento. Este é realmente perverso… mas eficaz.
Tempos houve em que a trilogia dos Efes deu sossego aos políticos. O povo, embrutecido, ignorante e estupidificado, rezava o terço, ouvia fado e, aos Domingos à tarde, de ouvido colado ao degradante rádio de pilhas, gritava pela sua equipazinha favorita. Se repararmos, os Efes voltaram, para grande alegria dos actuais políticos. Já há pastores a caminhos dos altares, Nuno da Câmara Pereira continua ao nível a que nos habituou e o meu vizinho Manecas chora lágrimas sentidas quando lhe elogio o Benfica antes de lhe pedir dinheiro emprestado. Governo e Oposições (ainda há?) batem cada vez mais na mona do Zé, mas o Zé (re)começa a pensar que tudo isto é, mais do que o destino, a vontade expressa de Deus.
Parem Portugal. Quero descer.

Veja: http://maradodasideias.blogspot.com

1 comentário:

Unknown disse...

hi
hello
how was your day?
i liked your blog
you are fantastic!!!

really nice blog
fabulous fantastic
bye
take care
see you