A propósito da Operação Furacão:
Ao ponto de descrédito a que a Justiça portuguesa chegou, o cidadão comum já não atribui qualquer significado a essas buscas – e tendo em conta os recentes e mediáticos inêxitos da polícia portuguesa, desconfia seriamente que algum dos 200 arguidos venha a ser condenado pelos crimes de que todos são acusados.
(Nicolau Santos)
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Os «posters» de Ronaldo, as pancartas de Ronaldo, os anúncios de Ronaldo, as revistas detalhando a vida íntima de Ronaldo e das amigas de Ronaldo, a família de Ronaldo, os milhões de Ronaldo. Vencidos à procura de um vencedor. A política, como o futebol, precisa de vitórias e de mobilização, e nada nos últimos tempos parece estar em condições de tirar Portugal da mais funda depressão, nem o Ronaldo e os seus milhões, nem o futebol e a selecção, nem as prédicas de Sócrates e Ferreira Leite. Muito menos os avisos banais do Presidente da Republica.
(Clara Ferreira Alves)
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Somos um povo quebrado por anos de sacrifícios inúteis. De privações, de malícias e péssimas governações. E quebrado pelo provincianismo que faz com que saudemos como providencial o que é medíocre e como genial o que vem do estrangeiro.
(Clara Ferreira Alves)
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