segunda-feira, 28 de julho de 2008

AO CORRER DO TECLADO (POR AL-KALATY)

A CEBOLA, SEMPRE COM HORA CERTA!

O homem, desde tempos muito recuados sempre sentiu a necessidade do controlo consciente, do escoamento e passagem do tempo como um dos elementos fundamentais das nossas vidas, sem no entanto poder conseguir defini-lo, com a facilidade pretendida, ainda que verificasse os movimentos do Sol ou da Lua, as marés ou a alternância das estações do ano e, num tempo mais estreito a sucessão dos dias e das noites.
As clepsidras Egípcias, os quadrantes solares já existiam e provam que os homens se preocupavam na medição do tempo. Facto é que muitos séculos passaram antes que a humanidade tivesse sentido a necessidade de aplicar um sistema de horário uniforme e universal.
Os homens das cavernas tinham o Sol para se regularem, método que outros povos mais civilizados até à segunda metade do século passado utilizaram.
Após os aperfeiçoamentos na medição mecânica do tempo, a humanidade servia-se da hora local como única possibilidade disponível.
Foi graças ao desenvolvimento das comunicações ferroviárias Americanas que se procedeu ao estudo e elaboração do sistema universal, actualmente em vigor.
Na Europa, os comboios Ingleses deslocavam-se pela hora de Greenwich, os comboios Franceses pela de Paris e os Alemães pela de Berlim, sendo que cada colectividade nacional se regulava pelo respectivo tempo médio solar, e durante um certo período, a fórmula revelava-se satisfatória.
Em certo momento, verificou-se que não era possível contar exclusivamente com os serviços ferroviários das regiões do centro e Oeste Americanos, visto que os seus horários eram estabelecidos pela hora de Washington, verificando-se diferenças apreciáveis dada a imensidade do continente Americano de Leste a Oeste, o momento em que o Sol aparecia no zénite (meio-dia) diferia substancialmente, conforme a longitude do lugar.
Assim, os caminhos-de-ferro Americanos passaram a adoptar uma hora ideal para o seu uso próprio, ou os seus próprios fusos horários, no caso de se tratarem de grandes percursos.
Com o grande desenvolvimento verificado, o aumento de passageiros criou enorme confusão, nomeadamente nas estações de correspondência, impondo outras soluções, ao ponto de entre 1870 e 1880 se ter buscado um sistema uniforme de medição do tempo, com inúmeras conferencias onde participavam delegados dos principais países do mundo.
Sendo possível obter um sistema prático, a partir dos sábios de então Charles Dowd, Americano e Sandord Fleming do Canadá, que, após duras discussões, finalmente foi adoptado pelas companhias ferroviárias da América do Norte e, depois em 1883 seguida por quase todo o mundo.
Ás boas ideias, juntava-se uma extrema simplicidade de processos, onde a adopção quase generalizada mundialmente, a partir de 24 meridianos-tipo, equidistantes 15º de longitude – (por definição de meridiano, uma linha ideal que envolve o globo terrestre passando pelos pólos, convencionando-se arbitrariamente que o meridiano de origem ( zero graus ), em relação ao qual seria calculada a posição dos outros meridianos e, seria aquele que passava por Greenwich, a leste de Londres), assim se homenageava internacionalmente, a obra desenvolvida no campo das Ciências Náuticas, o famoso Observatório Real de Greenwich, fundado em 1675 pelo Rei Carlos II.
A partir dos referidos meridianos formaram-se 24 fusos horários fixos, cada um dos quais está deslocado uma hora – uma hora a menos partindo de Greenwich para Oeste e, uma hora a mais em direcção a Leste – na relação dos fusos adjacentes.

Para que não se acusasse a ciência, era urgente rectificar a situação, visto que o relógio ideal se adianta 12 horas em seis meses, concluindo que o Sol não indicava horas exactas, parecendo pouco fiáveis no entender de alguns.

Sem comentários: