segunda-feira, 7 de julho de 2008

AO CORRER DO TECLADO (POR AL-KALATY)

SERÃO OS TUGAS, DESCENDENTES DOS TROIANOS?

Não sendo fácil agradar, nem a tugas, nem gregos ou a troianos, é contudo possível estar atento e com o olhinho neles, dada a fleuma e, os ares amofinados, provindos da cuca mal formada de alguém da nossa praça, perigosamente introduzidos na sociedade contemporânea, imbuídos de artimanhas e critérios de sanguessuga menos próprios, infiltrados no seio deste formigueiro de acções e omissões, pré-programadas e a jeito.
Assim, numa sociedade de mandões poderosos, para além das leis vigentes, ou delas fazendo uma leitura muito própria, como de um pau de dois bicos se tratasse, resulta que o bem comum é ultrapassado ao segundo, ainda que muitos fiquem perdidos para trás esquecidos do progresso, doentes, á mingua ou com fome.
Em 1886, Guerra Junqueiro já assim escrevia e, ao que parece já de voz alta e afinada, continuando neste momento os seus escritos perfeitos e enquadráveis, profeticamente Juncados de actualidade e de sentido preciso, parodiando… sem tirar nem pôr, como se este estivesse vivo e de coração aberto... afirmando a todo o vapor:

“ Um povo suficientemente imbecilizado - resignado e resmungão quanto baste - humilde e macambúzio sem limites - fatalista e sonâmbulo a toda a prova - burro de carga até dizer chega - besta de nora encapuçada, aguentando pauladas desmedidas - sacos roliços de vergonhas em fardos de boca em boca - alqueires de escumalha e de misérias inadmissíveis - rebeliões sem seriedade dirigida, nem moça comprovada - sem dentes arreganhados e brutos de quando em vez – coice enérgico de jumento, nos momentos de cio - sem orelhas maioritárias e incapazes de sacudir as moscas, dos alarves sobre o nariz”

Tudo isto, os rufiões poderosos…, de costas voltadas para a plebe, dando á sola, logo que o caldo cheira a esturro. O mesmo é dizer: (quando os necessitados se apercebem … deixam-nos sós, na cabeça do touro… e que se amanhem).
A ser verdade a tese oriunda de um reinado anterior, o nosso homem das letras e do saber de há mais de 100 anos, já falava grosso, - desculpem o que Vos digo - na verdade não honra os nossos antecessores, ao que parece, só temos feito asneiras e mediocridades, tempos passados em vão e, com a cegueira debutante suficiente aguda, para não saber enxergar nada de novo, nem ao menos, adoptar suplementos vitamínicos curativos e preventivos para as crises, para além dos caldinhos de galinha, em continuação daquele tempo e, que as nossas avós nos mimavam, quando a fraqueza nos atormentava o estômago e o físico.
De paranóia aqui, futilidades ali, vaidosamente chegámos a um ponto tal que de macambúzios espertos, remiramo-nos dos pés á cabeça, para que a foto se faça e tenha retorno de fruição, eclipsando a miséria e muito daquilo que presentemente nos é proposto pelos astutos, á laia dos sabichões e dos marretas com frenesim, dos livros e sebentas em que aprendi a ver o mundo esperançoso, aconselhados e escolhidos a dedo, pelos profetas do mundo em construção, e, suas rezas de embalar paspalhos e papalvos.
Grupelhos para aqui, sabichões para ali, se pretendermos e tentarmos ver o fim á meada, não será por aqui que lá chegaremos, ainda que boa gente se diga importante e do lado do politicamente correcto, o esforço inglório de pretender “o melhor para a sua gente”, isso já toda a gente conhece, mas não acredita.

Que fazer…? Aguentá-Los…? Rifá-Los…? Ensiná-Los…? Reeducá-los..? Será difícil ou impossível, parte Deles já terão a escola toda, em matérias que as Universidades ainda hoje não têm legitimidade nem canudos específicos, de outra forma, estaríamos todos em catadupa em pé de guerra com o nível de ensino ministrado aos ministros.
Formas haverá e caminhos também, ainda que, a amnésia seja espalhada cuidadosamente, a rigor e em devido tempo, nos locais de voto e suas redondezas.
Captar directivas e acções comuns é dever de todos, alvitrando movimentos de toda a espécie, quanto mais melhor, com a ajuda dos jogadores de xito ou a bilharda, com a ajuda dos campistas porque não?... sabendo que estes por todo o lado, ao menos têm uma função comum de vida – o contacto com a natureza e, uma filosofia de ar puro a exigir para todos..

Em 1908 na Serra do Gerês ocorreu o primeiro acampamento campista que, logo mereceu simpatia geral, ao que as modalidades campista se associaram com o caravanismo, a escalada, o pedestrianismo e o montanhismo que, de mãos dadas, formaram em 2003 uma associação com cerca de 6 centenas de praticantes e seguidores.
É isso mesmo, praticantes de seriedade necessitam-se, vindos essencialmente dos jovens, adeptos do bem-estar, na busca de soluções e modalidades inovadores, sem cortes e tendências abruptas, mas verdadeiras e rigorosas para que muito poucos, sublevem muito muitos.
Do convívio e da natureza das coisas, tais ideias peregrinas, não entram em espaços ocupados, e de vistas curtas visto que - o poder, com a vaidade, com o racismo, o caciquismo, a ignorância, a falta de humanismo ou má criação, todavia estará por provar que tais qualidades e deformações, poderão ou não ombrear com o saber, a qualificação, a humanidade, de que muitos destes se dizem peregrinos.

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