AO CORRER DO TECLADO (POR AL-KALATY)

INABILIDADES A ESMO, E IDEIAS CASMURRAS.

As ideologias e linhagens vaidosas do poder, têm tentado explicar o inexplicável e outras tantas dúvidas caladas e resguardadas ficarão sem explicação, a não ser que as fábricas de tapetes deixem de laborar tal linhagem e os existentes possam ser puxados por força dos deslizes previsíveis.
A poderosa magia daqueles que se exercitam e treinam o poder, formando núcleos duros entre si e alguns Senhores que tudo sabem, coadjuvando-se com aqueles que nada enxergam, mantêm atitudes sóbrias e sabem perfeitamente o que querem, dando palpites que não conferem certezas, chegando a causar situações não sudoríferas, onde as engraxadelas satisfazem a sua matiz, culminando invariavelmente sem sobressaltos de maior.
Existem meninos, neste covil onde os discursos persuasivos e de chamamento das massas actuam, onde os slogans são construídos em bases calculistas, por vezes desprovidas de senso, garantia, lógica ou proveito, mas, onde o palpite e a fé são comezinhas e, em última instância a fotografia atractiva faz muito jeito.
Outra das inabilidades costumeiras e sempre presentes, como o ritual autoritário persuasivo, dando largas ao saber técnico inquestionável, onde os arrazoados por vezes são difíceis de entender e de explicar mas imperativos, debilitando-se expectativas formadas, conhecimentos inovadores, combinações a esmo sem ponderação, incluindo omissões e tramas, na mesma linha de explicações e consensos entre compadres.
A trivialidade dos regimes distinguem-se pela ligeireza com que se discutem os bens comuns, a influencia e a posse de mando nas obrigações alheias, quando se fazem apenas de um sentido obrigatório, o cálculo das expectativas e do bem fazer distinguem-se pela diferença dos seus modos de actuação dentro das pirâmides, com reconhecimentos no exterior, pela sinceridade e técnicas utilizadas no controlo vital das sociedades, sem manipulação autoritária sem bivalência, isto é… de sentido único.
Nas invenções do mando… o homem contemporâneo preocupa-se mais com os seus inimigos e carteis existentes, tornando-se publicitários a cada passo, com tiques por vezes incompreensíveis, casmurros por vezes quanto baste e ingratos para quem lhe deu o poleiro, aparentando condutas traidoras e repelentes das periferias, munindo-se de técnicas manipuladoras, alvitrando modos e formas imprecisas.
Os juristas facciosos também se destacam. Correm como perdidos quando lhes palpita e cheira a bolo, na busca das mais valias e o que aprouver, juntam-se a caciquismos tendenciosos e de proveito, no sentido do controlo das ideias do núcleo e do lucro proveitoso, ainda que, com reacções desconcertantes de ignorância, de calculismo e outras intenções, como hábil maneira de entreter e desligados o crer, do querer.
Hoje em dia, o desempenho da construção da democracia e suas funcionalidades, traz á ideia o apelo de algo que a adaptação dos interlocutores se faça e se desenrole á visão de alguém insuspeito, consoante interesses mitigados ou não testados, numa adaptação a realidades nunca vistas e sem certezas, onde a liberdade individual e a possibilidade de pensar a só, de amar e de sofrer, se fazem a mando de ideologias impuras ou incorrectas.
Neste mundo global, com conceitos adaptativos e operacionais na formulação das sociedades, estarão hoje a ser elaborados e postos a funcionar indelevelmente, onde tradições, formas de pensar e agir, realidades indesmentíveis vistas a olho nu, ou até mesmo a invocação da solidariedade tendenciosa florescente entre pares, numa tentativa de auto convencimento desmedido e onde as arbitrariedades se possam impingir gratuitamente, face a consciências delirantes e á coesão do eleitorado divorciado.

Os votos são individualizados, valem o que valem, tem um valor preciso e insubstituível, em tempo de vacas gordas também, mas não hoje, as características prioritárias e sérias dão que pensar e ponderar, discernindo quem nos quer bem, não se caracterizando pela fleuma simpática dos bens falantes, nem com o dom da palavra não cumprida, ou outra qualquer manigância de grupo ou grupos, sejam eles ideológicos ou outros.