quarta-feira, 23 de abril de 2008

CARTA PARA UM AMIGO

Falando com a VIDA…..
O Eterno Afecto da Amizade…


I.- Nas nossas vidas, há factos, episódios, e momentos que muito dificilmente conseguimos entender. Ultrapassam-nos, apresentam-se e sucedem-se sem que seja perceptível e explicável a razão profunda da sua origem. Porque existiram, ou até porque nos apareceram revelados e criados.
Alguns, são de somenos importância e nada interferem nas nossas vidas. Não chegam sequer para alterar a nossa forma de ser e de estar na vida.
Outros, porém, têm de facto um valor intrínseco e espectacular que alteram, influenciam e modificam tudo o que nós éramos e pensávamos sobre as formas de olhar a vida.
Deve ser precisamente a esses que nós deveríamos dar importância maior, relevo bastante e toda a credibilidade. Fazer deles uma referência para o nosso ser interior, enfim, para que sejam parte intensa de uma Luz que nos possa guiar, de maneira a vivermos e entendermos a nossa curta passagem e tempo de vida, da melhor forma possível.
É, portanto, a um desses factos que eu me vou referir com toda a saudade. Quis assim o destino e a sorte, ou lá o que fosse, que eu viesse, qual aviador, “cair de pára-quedas” na minha terra natal, pelos anos de noventa e tal. Poucas vezes me tinha passado pelo pensamento, regressar definitivamente à terra que me viu nascer. Só que, diria, com esta história da globalização hoje estamos aqui, amanhã acolá. É assim mesmo e nada há a fazer. Comigo foi assim. E enquanto este estado de coisas se mantiver, é bom que a rapaziada nova não vá deixando de se mentalizar e preparar para estes novos tempos de mudança.
II. - Todos me receberam bem. Os que já me conheciam, assim como todos os outros. No entanto, houve “Um Alguém especial” que me recebeu de uma forma, que para mim se tornou indescritível. Desde os primeiros momentos logo se criou entre nós uma amizade, que ouso comparar, de forma muito aproximada, à amizade que tive pela minha mulher quando a conheci (se bem que num teor diferente!!!).
Houve um qualquer traço de química e cumplicidade definitiva, a marcar-nos para sempre. As amizades são mesmo assim. Muitas vezes não conseguimos alcançar e perceber uma resposta que seja lógica e que justifique, ou clarifique porque se gosta deste ou daquele. É assim e nada mais há a dizer!
Pertence ao domínio do afectivo e do inconsciente….Por vezes, só anos depois e sem compreendermos “o porquê”, nos aparece claro o que em si, era óbvio!!!
A partir daí, a partir deste reencontro, vivemos momentos extraordinários de divertimento e cantorias pela nossa terra. Partilhámos lautos repastos, belas viagens, bons e instrutivos diálogos, ricas noitadas em Badajoz, em Mértola, etc.
Vivemos o pouco tempo de vida que, infelizmente, lhe restava, de uma forma única e gratificante, o que deixou em mim saudades imensas….trazendo-me, amiudadas vezes, a sua, DELE, recordação tanto à minha presença. Como à minha memória.
Pois bem, se estão recordados, faz agora (no dia 24) seis anos que perdemos um grande amigo nosso e do Alandroal: é esse mesmo, o VICENTE ROMA.
Um Alandroalense da melhor estirpe. Culto, cordato, rapaz excelente e de boa sociedade, para o meu olhar e entendimento. Um Homem e um Professor com H grande, daqueles que fazem imensa falta a qualquer sociedade. E, muito particularmente, à depauperada e pobre sociedade Alandroalense actual.
É para ele, recordando-o com toda a saudade que eu estou aqui a dizer-vos e a partilhar, por mais esta vez, em Abril, toda a minha infinita amizade.
Até sempre Vicente. Como sabes, espiritualmente, por cá, continuarás sempre presente.
Um forte abraço deste teu Amigo porque em tudo tornaste maior, tudo quanto nós fomos vivendo.


MANUEL AUGUSTO

11 comentários:

Anónimo disse...

Associo-me à homenagem que aqui se faz ao Vicente Roma. M Subtil

Anónimo disse...

O M.A.FOI BRILHANTE EM RECORDAR UM AMIGO.QUEM ME CONHECE SABE O QUANTO ERA SEU AMIGO. DE TAL FORMA QUE DEVIA SER DAS POUCOS AQUEM TOLERAVA OU ADMITIA QUE LHE CHAMA-SE "VICENTINHO" COMO NOS TEMPOS DO COLEGIO.ACOMPANHEI-O INFELIZMENTE NOS ULTIMOS TEMPOS DA SUA VIDA.AS CONVERSAS EM STA MARIA,IPO,EM MINHA CASA VIERAM ME DE NOVO A MEMORIA.ATE SEMPRE "VICENTINHO"

Anónimo disse...

O SEGUNDO COMENTÁRIO FOI ESCRITO POR BRAULIO

Anónimo disse...

Nunca perdi o enorme respeito e amizade que, ainda hoje, tenho pelo Vicente, assim como tenho por ti e por todos aqueles que de forma construtiva e sem qualquer malicioso interesse aceitam uma simples relação de amizade, que tanta falta nos faz. RATO

Anónimo disse...

Seis anos, AMIGO
tempo a mais
tempo a menos
nâo sei que digo
de saudade, de alegria
ou desgosto
seis anos AMIGO
não é tempo, para quem
como TU
sempre estarás connosco.

Anónimo disse...

Manel

Fiquei deveras agradado com o teu texto sobre o Vicente.Obrigado em nome de todos nós, os Alandroalenses.

O Vicente partiu cedo.Mais depressa ficou Vivo entre nós,ou está entre Aqueles que amavam a sua Terra e as suas gentes.Tanto com O cheiro,os sons e a beleza das nossas paisagens humanas que, por vezes, também ía desenhando.E bem!

Também o recordo em aventuras várias.Uma das quais se chama a revista "Alandroal Terra Minha" que fizemos mais de uma vez, contra os interesses dos pides caseiros e distritais da época.

Sou também da opinião, que é tempo de pensarmos que o Alandroal lhe deve mais alguma coisa do que aquilo que até aqui (não)Lhe tem sido feito.


Um abraço que sirva para manter Viva, entre nós, a Sua Memória.



António Neves Berbém

Anónimo disse...

Manel

Fiquei deveras agradado com o teu texto sobre o Vicente.Obrigado em nome de todos nós, os Alandroalenses.

O Vicente partiu cedo.Mais depressa ficou Vivo entre nós,ou está entre Aqueles que amavam a sua Terra e as suas gentes.Tanto com O cheiro,os sons e a beleza das nossas paisagens humanas que, por vezes, também ía desenhando.E bem!

Também o recordo em aventuras várias.Uma das quais se chama a revista "Alandroal Terra Minha" que fizemos mais de uma vez, contra os interesses dos pides caseiros e distritais da época.

Sou também da opinião, que é tempo de pensarmos que o Alandroal lhe deve mais alguma coisa do que aquilo que até aqui (não)Lhe tem sido feito.


Um abraço que sirva para manter Viva, entre nós, a Sua Memória.



António Neves Berbém

Anónimo disse...

Manuel

Obviamente peço desculpa a ti e ao Vicente pela apresentaçao em duplicado,involuntária, do Comentário.

Um Abraço


António berbem

Anónimo disse...

Esta gente precisa de vir para a praça publica om estas coisas.......

Anónimo disse...

Ao �ltimo asno que zurrou

apenas urros...ao seu pr�prio

caminho,sa�da-se,

o vis�vel tamanho das orelhas.

Jos� R�gio

Anónimo disse...

É deveras compensador verificar que ainda haja quem cultive os valores da amizade.
Um abraço Zé Carlos