A QUALIDADE DO DESENVOLVIMENTO.
Nunca tanto como hoje, o desenvolvimento mereceu tão elevados amen’s e primazias. Tal necessidade traz-nos á mente lembranças e conceitos a alcançar a curto prazo, invariavelmente dúbios, com dicotomias quase a cheirar mal, dado o ruído sem efeito.
O deixa andar por parte de muitos; as pressões que se exercem; confrontos e incompreensões propositadas, com novas perspectivas e contradições de hora a hora na busca da concretização de ambições e miragens, trazendo-nos á mente fobias e obras faraónicas que, podem ser realizadas para outros pagarem, quando a conjuntura política não aconselha o desviar de recursos financeiros, em prol de precariedades sociais e justiça do bem comum.
Acrescentar custos não será boa política para a vivência democrática, tanto mais que os existentes já não dão dignidade á vida dos desfavorecidos. Fomentar a solidariedade desejada, sem as vaidades promocionais, na tentativa de saciar figuras e marcos históricos, elucidativos da passagem de individualidades com visão de altos voos de protagonismo político desajustado e não aconselhado.
Assim, a chapa é livrarmo-nos do aparelho do Estado a toda a força e a qualquer custo.
Dizem uns, mitigando o resultado desastroso no pagamento das reformas instituídas e as alcavalas legitimadas, sabendo que de tais mordomias vitalícias resultam o que a sociedade paga a um qualquer já abastado Senhor o equivalente das necessidades de vinte famílias completas e, por incrível que pareça não vão faltando candidatos quer sejam estes para sair ou para entrar na jogada e, enriquecer em poucos anos.
Ao pretender corrigir, é preciso ter tino e isenção. É preciso neste tempo pré-eleitoral ter diálogo sem manigância. Não basta o contradito daquilo que se propalou ontem. É preciso ser sério, sabendo que o povo é sereno e esquecido, ainda que lhe mexam no bolso, mas, a saúde, a reforma, os medicamentos, são assuntos na linha de água e de merecida punição. Os excessos e faltas de vergonha amontoam-se, ainda que com palavras de liberdade democrática. É latente o seu oportunismo disfarçado, como as medidas aprazadas das represálias.
Quanto ao desenvolvimento propriamente dito, ninguém poderá dizer com precisão do que se trata porque pouco ou nada se vê. Fala-se em desenvolvimento por dá cá aquela palha: é o desenvolvimento agrícola, regional, escolar, das competências, da ciência, da cidadania, da visão, da massa crítica, da apanha do caranguejo, numa amálgama de intenções nunca determinadas, nem concluídas.
Nesta linha estarão muitas das ideias ditas negativas de que o Zé não gosta e quer ver pelas costas: a alta da inflação e dos juros, o fosso entre classes, a degradação das famílias, a falta de civismo, os transtornos da saúde e da doença, a política do emprego e do desemprego, a instrução e os códigos de honra.
Justifica-se assim andar stressado todo o mundo, apesar do choro dos bebés ter diminuído drasticamente.
2 comentários:
Há tempos não lia-se uma matéria tão bem redigida com um conteúdo denso, imparcial, dotada de uma visão crítica refinada.
Parabéns Sr. Al-Kalaty por retratar tão bem a realidade. Este assunto sim merecia um amplo e sério debate aqui neste Blog. A começar aqui e ganhar as ruas da cidadania e dos Concelhos.
BOA!!!
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