segunda-feira, 21 de abril de 2008

AO CORRER DO TECLADO (POR AL-KALATY)

MORRER DA CURA OU DA DOENÇA… QUAL A DIFERENÇA?

Que eu saiba, ninguém até hoje conseguiu alterar a sua situação quanto á morte, a menos que os escritos da antiguidade também tenham omitido tal realidade, privando maliciosamente os investidos da honra, dos códigos e da abundância.
Nos dias de hoje é pouco provável que tal aconteça, sabendo que as mesinhas e os estudantes do empírico passaram a ser desconsiderados, têm sido combatidos por exigências e premonição, ainda assim assistimos a resquícios de tais práticas, em pessoas mais idosas que por sua infelicidade as têm transmitindo de boca em boca ao longo dos anos, por falta de condições monetárias, as praticam para si próprios, única solução para tentarem os cuidados de saúde que julgam indispensáveis.
Tendo a certeza que a sabedoria dos antigos é hoje dizimada e lembrada de soslaio, devido a pressões e á custa de ideias, descobertas e contra golpes daqueles que, se dedicam com arrogância aos doentes e á medicina do corpo e alma, não tão mas quase empiricamente, utilizando as pessoas como cobaias dos bolsos dos mais necessitados, com descobertas na base de experiências pontuais e que posteriormente derivam para o todo.
Assim temos hoje as especialidades farmacêuticas testadas e á mão se semear, cruzando caminhos por terra mar e ar e ultimamente do infinito vozes chegam com pedidos via Internet, de composição e eficácia dúbia. Não será um filão para a Azae mostrar os seus dotes, interceptando drogas autorizadas?
Entende-se perfeitamente o desespero das farmácias, mas não dos laboratórios, ao verem que produtos de venda restrita manipulados livremente, passarem ao lado das garantias, por via da desregulamentação generalizada deste e outros sectores que a moda perfilhou, as mesmas farmácias buscaram o monopólio, na base da rectidão e dos caprichos reguladores á sua maneira sem admitir a posição dominante, inventaram um cartão e mil e uma estratégia, punindo, como seja a venda de produtos por catálogo mas o contraditório manifesta-se na revista, onde para além de uns conselhos genéricos, introduzindo em regra, apêndices publicitários que porventura estarão no limite da boa publicidade, podendo mesmo ser considerada enganosa.
Textos da especialidade com pormenores de algum interesse, são hoje produzidos em catadupa mas, invocando logo de seguida o nome do produto para a cura fácil, rápida e sem dor.

-O cromossoma X e a sua ausência – não é grave e, preconizam-se de imediato o fármaco, é eficaz.
-Desinfectante de efeito poderoso, anticéptico e de largo espectro -Incolor, prático e seguro.


Será uma ideia estimulante de vendas certamente, sem o perigo da habituação, da intoxicação, da habituação?
É o poder da propaganda diversificada, tendo em conta que alguns destes produtos, poderão ser obtidos na esquina do supermercado ou na ervanária, já aí, não serão somente os farmacêuticos responsáveis, aí haverá mãozinhas de veludo com outras ramificações legais.
Anteriormente com tantos conselhos e o papão de tantos perigos, o Zé já descrente e sem xeta para jogar ás moedas no início de cada mês, torce a orelha e medita em quem acreditar se na mesinha, no médico ou no farmacêutico, se na ervanária onde os preços não são fixos, que fazer perante a situação?
Na opinião dos médicos eles é que sabem mas, ao que parece o farmacêutico também tem curriculum, intui-se uma psico-ciencia ou especialidades de alguém que com tantos palavrões se familiarizaram e deram nomes pouco perceptíveis para uma simples constipação ou para um calo no dedo mindinho.
O que a loja do supermercado sem necessitar da receita do médico abanar o sistema. No fundo ninguém sabe o que foi considerado droga, nem o que é um medicamento estando disponíveis por todo o lado, a menos que os preços façam a separação, com tantos vendedores a exercer a actividade, cada qual com suas paixões e visões, uns gostam mais de laboratório X outro do Y, com tanta oferta ninguém deixará de escolher no cardápio a droga a preceito, aconselhando-se tecnicamente.
Quanto ao risco da saúde ou a saúde em risco, teremos todos a paciência necessária para escutar uns palavrões utilizados tecnicamente no meio, sabendo que quem sofre e paga a factura é o mesmo, tendo a certeza de que nada é gratuito, ainda que a questão dúbia, para uns será falta da dopamina, para outros será preconceito ou será mesmo a incapacidade de produzir o óxido nítrico, reconhecendo no entanto que o crómio poderá estar em equação no que diz respeito á acção do açúcar.
Com tantos interesses cruzados e sem formas de assobiar para o ar, conseguir safar-se á despesa é improvável, a certeza de que quando necessitamos destes profissionais, a droga terá de entrar certa em casa, resta ao Zé ter paciência e rezar a Santa Agripina porque a protecção solar á base de (beta-caroteno) as beldades da nossa terra não, apareçam transformadas e mais bonitas, sem a necessidade a partir de hoje, frequentar as praias, dado que o bronze está disponível, solicite as cápsulas milagrosas, nas farmácias.

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