segunda-feira, 14 de abril de 2008

AO CORRER DO TECLADO (POR AL-KALATY)

A VELHICE É SEGREDO, É HISTÓRIA, É COMPORTAMENTO!!!

Sem pretender alvorar-rme em orientador acerca do estágio humano, em que cada um, mais dia menos dia abraçará, recordo que este tema é recorrente, fundamentalmente pela existência de duas opostas atitudes vindas porventura do início da humanidade, chegando aos nossos dias com uma pujança tal, que muitos autores o consideram como elemento venerável de que as partes aceitam.
A sociedade recusa-se a encarar a velhice, mais ainda, a debruçar-se sobre a condição e as condições, nas suas variadas vertentes, esquecendo, minimizando, protelando e, tantos outros gerúndios desagradáveis de que os mais velhos se envergonham de citar, reconhecendo o esquecimentos e a penúria a que os nossos avós são votados. Cumulativamente a idade avançada dos seus familiares, mereceria outra acuidade e outro afinco que, não apenas estas por insuficiência e abandono.
A moralidade existente nesta sociedade das aparências, não dando pão nem abrigo, não fomentando o bem-estar nem o acompanhamento daqueles que, não muito longe nos anos, foram correia do saber, transmissores de hábitos e costumes, foram defensores de uma Nação melhorada á sua maneira, de que hoje a juventude é continuadora.
O mote de que velhos são trapos…, na maior parte das situações é boato, não sendo desprezível a peregrina ideia; mas, enquanto isso, não é difícil encontrar idosos bastante amarrotados e enxovalhados ao mesmo tempo, sem que encontre uma alma viva, nesta sociedade de boas leis, para lhe amenizar os sofrimentos.
No humanismo do bem-estar social com o predomínio da razão como doutrina, a justiça decorre dos ímpetos dos valores e não do homem. As iniciativas assim terão dificuldade em dar primazia a desfavorecidos, criando as polémicas suficientes para que partidariamente, os grupos se digladiem.
Neste panorama social, o rigor é função de interesse momentâneo de agenda, onde casar e ter filhos é disparate, onde a saúde, a educação e as condições de vida são as possíveis, nada sendo certo mas possível, donde se poder aferir de que estaremos á deriva, onde quem deveria criar expectativas, nada diz e pior que tudo nada sabe.

Resta aos velhotes e, àqueles que os cabelos tendem a mudar de cor… a esperança e a paciência que o saber acumulado lhes serve de almofada, quando o sobressalto, a revolta e a ingratidão, se intrometem nos seus sonhos bondosos, continuando a reflectir bons conselhos, atitudes e palavras sábias.

- Muitos de nós envelhecemos de facto precocemente, sem que tenhamos tido tempo ou espaço para amadurecer.
- Desde o início, na escola de cada pessoa, o verdadeiro mestre foi o tempo.
- Na mocidade aprende-se e na velhice compreende-se.
- O vinho imita o homem ou vice-versa – Com o tempo o vinho torna-se mau se não tiver qualidade/ Este será cada vez, melhor se já for bom.
- Nos olhos joviais de uma criança a chama aquece, nos idosos a chama brilha e dá luz.
- A vida nunca é curta se a soubermos viver e partilhá-la.
- Não é preocupante envelhecer, pior é sermos olhados como tal.
- Quando o egoísmo está connosco, é certo o esquecimento de quem te rodeia.
- A tristeza do passado, em nada justifica o medo do futuro e, muito menos a alegria do presente.
- Assim sendo e, acreditando que a idade não existe, então, não envelheceremos por falta desta, para podermos desfrutar a vida.

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