Le maître à pensée, uma opção riscada dos princípios e dos costumes!
A confiança e a esperança desta sociedade aparentam a cinza, onde as acções perderam chama e dignidade, a força das ideias do bem fazer neste momento não importam, escorregando para o léria de orelhas mocas, não raramente com pensamentos animados de suposições onde tudo se pode passar, misturar e mexer até ao limite, sem ligar ás consequências, prejuízos e transtornos de terceiros.
O navegar á vista, é feito quase exclusivamente por impulsos daqueles que, por debaixo da mesa se movem com ilusionismos, auditorias e desenrascas inadequados mas pagos a peso de ouro, sustentando-se indefinidamente até á idade da reforma, á custa de populismos serôdios e vínculos vitalícios.
E se de repente caírem a nossos pés os valores que nos ensinaram e, que perfilhamos até que nos provem o contrário, se sofrermos o embate violento de uma qualquer ordem desagradável que, nos leve a solidariedade a questionar a nossa vida futura, a nossa forma de acção no seio familiar, o nosso emprego ou ofício, a impossibilidade de podermos cumprir os nossos projectos ou restringir o valor da liberdade, por culpa e força legal ou de políticos com tantas incertezas.
Que pensar? Como agir? A quem deveremos pedir ajuda solidária? Iremos votar novamente na incerteza? Só a credibilidade e a seriedade conduz á confiança e, sem estas, a moralização não floresce, já que ninguém confia nem é confiável – Prevendo-se soluções que o povo conhece, como: - é pior a emenda que o soneto.
Não estarei a dizer nada de novo que, cada um a seu modo observa e sofre no pêlo diariamente, mas, se porventura é um dos felizardos, não sentido a fúria dos ventos… não desvalorize, nem faça o que os políticos aprenderam – falar dos problemas colaterais para desviar as atenções, desvalorizando aquilo que não lhes interessa, dizer ou discutir.
Para o Zé, seja qual for a verdade que nos sirvam, terá este irremediavelmente de sofrer as consequências drástica e mais uma vêz ficar na mó debaixo, isto é… sempre a perder, se não forem nos proventos, será na reforma, será na instabilidade, no tempo de transportes, no subsídio de almoço, nas horas semanais e, pior que tudo, poderá ter de deixar de ser útil aos seus filhos e á sociedade.
Saibam que nem sempre foi assim, houve tempos (da outra senhora como diz o pregão) em que, para se aumentar o pão ou o leite apenas 1 tostão, logo se fazia um alarido e logo ás três pancadas a entidade reguladora se punha em campo, só autorizando um última instância e, depois de bem comprovada a necessidade.
Assim era que, em tempos que já lá vão, em idade de menino e moço, que eu fui, também exerci a actividade de responsável comercial, tendo sofrido na pele essas exigências superiores que, não tendo culpas, sofri as custas e muitas vezes os prejuízos, concordando ainda hoje com elas na posição de cliente.
Em momentos de dificuldades de matérias-primas, determinados produtos por vezes eram exíguos, chegando ao ponto de esgotamento total, ao que os clientes respondiam com uma autêntica busca e fiscalização ás entradas e saídas de mercadorias, de determinados estabelecimentos.
A falta de sabão fazia-se sentir e todos os dias contactávamos o fabricante lembrando a necessidade da entrega do sabão pedido, para que a respectiva entrega se processasse o mais rapidamente possível, ao que nesse dia fui informado, que nesse dia, na parte da tarde receberia as 2500 unidades de blocos de sabão azul e branco.
Recebido o produto. Este não foi colocado imediatamente á venda em virtude de ser necessário idealizar um processo que, não desse ao açambarcamento habitual, sabendo entretanto que os clientes vigilantes logo se aperceberam do sucedido e se apressaram na sua aquisição, sem sucesso visto que determinei que após a conferencia e contabilização dos documentos, o sabão apenas seria posto á venda no dia seguinte na abertura dos vários estabelecimentos.
Tal ideia foi gorada, em virtude da situação ter sido denunciada, e, com tal estranheza que, quando ainda nessa tarde apareceu a inspecção para saber da situação, obrigando-nos a colocar naquele momento o sabão em venda, como ainda por cimo ter passado o auto que, consistia no pagamento de 20 centavos por cada unidade recebida, quando á partida, sabiam que o lucro comercial era apenas de 10 centavos. Outros tempos, outras ideias, outra formação…
Com isto, não estarei a aplaudir a nova polícia inspectora, nem a de ontem nem a de hoje. Seria necessário que acontecessem muitas coisas e abolirem-se outras, que, não sendo o momento para comentar, embora tenha uma opinião formada, entendendo que a junção das duas, formariam uma boa base de trabalho, credibilizando e mostrando utilidade e formação, na actuação e na visibilidade.
O novo-riquismo conduziu em breves palavras, ao aumento das desigualdades e ás diferenças abismais que se verificam entre os que mais ganham e, os que menos proventos auferem.
Com a ajuda dos elementos que se seguem verificaremos ao pormenor, essa mesma realidade.
CABAZ/evolução
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Por tudo isto a desesperança estará a chegar a um número de famílias impensável, para não falar dos desempregados.
Do ainda empregado de hoje, ao pequeno comerciante ou industrial, o perigo está á espreita, sabendo-se que os míseros proveitos poderão não chegar para as imposições que lhes são exigidas, lançadas que são sem que se possam precaver, admitindo que a felicidade cabe em equações com muitas e desconhecidas probidades, onde o resultado poderá ser nulo, e ao que parece vai este ano para dezenas de milhares sem que ninguém pareça querer dar solução.
É a irracionalidade desumana em acção.
2 comentários:
Pelo ribeiro do Alcalate muita tinta (água) pode correr!
Caro amigo Al-Kalaty repare neste titulo do Correio da Manhã de 04/02/08 do Jornalista António Ferreira "...A realidade é cada vez mais negra para os cidadãos que não são políticos, não roubam multibancos e recusam ser corruptos..."
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