AS FESTAS DA SANTA CRUZ
Estas Festas decorrem no segundo fim-de-semana de Maio na Aldeia da Venda.
Durante as mesmas decorre um Ritual, que dá pelo nome de “CANTICO À ORDEM DAS OLIVEIRAS”, onde jovens de ambos os sexos, transitam do estado púbere para a maturidade.
Dividem-se os jovens em dois grupos dispondo-se cada um em duas filas de raparigas, ladeadas por rapazes num total de 14 raparigas e 12 rapazes.
Ao centro de cada fila perfila-se uma das protagonistas do cortejo: “MORDOMA” e “MADANELA”.
Trajam as raparigas, vestidos brancos, com enfeites de ouro, enquanto os rapazes vestem fatos cinzentos ou azul-escuro. Trazem ainda uma espingarda caçadeira, que vão disparando durante o cortejo, de onde apenas caiem papelinhos.
O cântico desta Festa, a chamada “LADAINHA”, é entoado em tom de voz muito aguda, cadenciado, e com pausas, acompanhado de pandeiretas e tiros.
Cada grupo sai de pontos diferentes. O ladeado pela “MORDOMA”, transportando a Cruz sai da “CASA DA CRUZ”, situada no ponto mais alto da Aldeia.
O da “MADANELA” sai do ponto mais baixo, transportando esta o “SUDÁRIO”, lenço pintado com o rosto de Cristo, encontrando-se ambos no centro da Aldeia, onde se dará o “ENCONTRO”.
Nesta altura atinge-se o ponto crucial, com a “MORDOMA” a erguer e Cruz e, “MADANELA” descalça, ajoelha com o lenço aberto.
Termina o ritual com o “BEIJO DA CRUZ”.
Simbologia desta representação:
“MADANELA”, que veste de preto, representa o pecado, enquanto as outras raparigas, incluindo a “MORDOMA”, representam a pureza e vão trajadas de branco.
O beijar a “CRUZ”, faz com que “MADANELA” se redima e seja absolvida dos seus pecados.
O Cortejo prossegue agora pelas Ruas da Aldeia, com “MADANELA” á frente com a Cruz e “MORDOMA” atrás com o Sudário até á “CASINHA”, onde permanece até ao dia seguinte.
No Domingo sairá para a casa de um dos habitantes (sinal de prestígio e honradez), onde permanecerá até ao ano seguinte.
Fonte: CD Festas de Santa Cruz – Edição C.M.A.
GASTRONOMIA
Caldo de peixe do Rio
Ingredientes
Peixe do Rio (fresco)
Cebola
Poejos da ribeira
Pimentão
Alho
Azeite
Vinagre
Vinho branco
Sal
Farinha
Tomate em abundância.
Preparação
Depois do peixe lavado e devidamente arranjado (o segredo está num bom corte do mesmo), tempera-se com sal e deixa-se ficar assim por algum tempo.
Nesse intervalo aproveita-se para cortar a cebola às rodelas, o pimentão às tiras e picar os alhos. A esta mistura juntam-se os poejos e o sal.
Em seguida rega-se com azeite e deixa-se refogar um pouco. Deita-se água e deixa-se ferver (é conveniente juntar um caldo de peixe). Depois colocam-se os peixes, junta-se um pouco de vinho branco, ou vinagre e farinha para engrossar o caldo, deixando o preparado a ferver até que o peixe se encontre cozido.
Acompanhar com sopinhas de pão.
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