quarta-feira, 31 de outubro de 2007
CRÓNICA DE OPINIÃO DA RÁDIO DIANA/FM
Crónica de Hélder Rebocho
quarta-feira, 31 Outubro 2007
Já aqui referi em crónicas anteriores as dificuldades com que se debate o interior do país, particularmente o Alentejo.
A Cidade de Évora não é excepção.
Com uma elevada taxa de desemprego e um fraco índice de desenvolvimento industrial na região, a Cidade vive cada vez mais dependente do sector terciário, com comércio e serviços a assumirem-se como principais pólos económicos.
Que Évora não é nem nunca foi uma cidade com vocação industrial, constitui uma evidência historicamente comprovada, sendo quase irrelevante este tipo de actividade no concelho.
Esta constatação não significa, no entanto, que não se deva tentar captar investimento industrial, sobretudo tendo em consideração a importância que este sector tem ao nível do desenvolvimento económico e do combate ao desemprego.
Vem tudo isto a propósito do projecto de instalação em Évora da fábrica de aviões Skylander, cuja importância é inquestionável ou não se tratasse de um investimento capaz de criar cerca de 1.000 novos postos de trabalho directos e de trazer para a cidade outras unidades fabris ligadas à construção de componentes para a aeronave.
Só por isto, sem equacionar outros benefícios, este é um projecto cujo mérito não pode deixar de ser consensual.
No entanto, ou não estivéssemos perante uma opção politica, existem alguns que são contra o investimento, sem saber bem porquê e outros que se manifestam cépticos, porque este projecto foi uma promessa eleitoral e todos sabemos que muitas dessas promessas têm sido levadas pelo vento.
Por razões óbvias, compreendo melhor os cépticos do que os inimigos do projecto, mas não alinho com nenhuma destas correntes doutrinárias.
Sou daqueles que acreditando na viabilidade do projecto exigem a captação do investimento para Évora.
Reconheço que os custos inerentes à sua execução implicam um investimento de muitos milhões de euros, cuja concretização exige uma complexa operação de engenharia financeira e depende do empenho e capacidade do presidente da câmara e da vontade politica do governo, mas a nossa cidade não pode ser mais uma vez ultrapassada.
Não sou entusiasta da critica gratuita, nem profeta da desgraça, daqueles que torcem para que as coisas não corram bem só para ter argumentos para apontar o dedo, sobretudo quando estamos perante uma aposta de efeitos positivos para o presente e futuro do Alentejo, da cidade e da sua população.
Por isso, enquanto eborense, enquanto conhecedor da realidade socioeconómica da região não posso deixar de manifestar entusiasmo pela concretização do projecto, para que a instalação da fábrica Skylander em Évora seja uma realidade a muito curto prazo, a bem da cidade e do concelho.
Hélder Rebocho
30.10.07
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