O ALANDROAL NOUTROS BLOGUES

No :http://naturales.blogspot.com/
O que se escreveu:http://naturales.blogspot.com/2007/09/otro-escndalo-para-que-el-cierre-de.html

Otro escándalo para que el cierre de temporada se presente más animado...de nuevo la ANGF


ALANDROAL (NATURALES). La Asociación Nacional de Grupos de Forcados quiso boicotear la corrida de este fin de semana en Santiago Maior, prohibiendo pegar allí a los dos grupos de forcados que habían sido contratados por la Câmara Municipal do Alandroal.
El presidente de la Câmara, João Nabais, que es un ferrenho defensor de la Fiesta, les ha echado un pulso y los ha dejado en ridículo. Habrá forcados, los del Grupo do Ribatejo, que pegarán solitos los seis toros de la corrida.
Vuelve la polémica ANGF a dar la nota, con esas normas corporativistas y trasnochadas que se han impuesto y que a pocas partes les llevan.
No contentos con resolver finalmente el problema que se les venía encima, desde la Câmara Municipal do Alandroal, han sido contundentes con una "nota de imprensa, relativa á corrida a realizar no próximo dia 29 em Santiago Maior" que no tiene desperdicio...Uma nota de imprensa assinada pelo Sr. Presidente da Câmara, a qual passamos a transcrever na integra:



Corrida de Toiros em Santiago Maior.
Esclarecimento.

Como é do conhecimento público, o Município de Alandroal tem assumido nos últimos anos a realização de vários Espectáculos Tauromáquicos e Equestres.
Esta posição de quem dirige a gestão do Município resulta da certeza que está a dar corpo à defesa e divulgação de uma das mais importantes facetas da cultura tradicional do Concelho de Alandroal.
Neste contexto e organizadas ou apoiadas pelo Município, decorrem anualmente no Concelho, em média, 4 Corridas de Toiros e praticamente outros tantos Passeios e Espectáculos Equestres.
Paralelamente, ocorrem nas várias Freguesias um grande número de Largadas e Garraiadas Populares, não havendo conhecimento de qualquer festa tradicional que não englobe uma ou mais destas actividades.
Estas actividades existem no Concelho desde tempos imemoriais o que nos dá a certeza de que fazem parte da mais genuína estrutura cultural das populações locais.
Ao promover e apoiar estas actividades, mais não fazemos do que respeitar a nossa cultura e o nosso passado, sem por em causa que outros tenham comportamentos diferentes, porque obedecem a outras culturas e outras tradições.
É de acordo com estes pressupostos que os Alandroalenses e o Município se assumem como parte integrante dos Municípios e Regiões Taurinas.
Também de acordo com o já citado, foi dado corpo à organização da tradicional Corrida de Santiago Maior, marcada para o próximo dia 29 do corrente mês de Setembro.
Foi escolhido o Cartel em função do que no momento entendemos que melhor servia as expectativas das pessoas e tendo presente o respeito pela diversidade de opções.
A defesa e o respeito por todos os aficionados e artistas da Festa Brava é também condição que sempre está subjacente à formação dos Cartéis organizados pelo Município.
Assim, entendemos que no momento, a presença dos Grupos de Forcados Amadores de Moura e Amadores de Cascais, correspondia a todos os pressupostos e contactados os referidos Grupos, ambos aceitaram com satisfação ir pegar os toiros que lhes caberiam em sorte, de acordo com o respectivo Contrato.
Infelizmente, depois do Cartel estar pronto e amplamente divulgado, a Associação Nacional dos Grupos de Forcados vem ameaçar de EXPULSÃO os respectivos Grupos de Forcados, se cumprissem o Contrato com o Município de Alandroal.
Porquê? Porque, soubemos agora e por nossa iniciativa junto do Presidente da ANGF, que o Município de Alandroal estava vetado pela referida Associação e portanto os seus filiados não poderiam participar em qualquer Corrida de Toiros organizado por este Município.
Qual o “crime” cometido pelo Município? O simples facto de ter realizado outras Corridas de Toiros com Grupos de Forcados não pertencentes à Associação Nacional dos Grupos de Forcados?
Ficámos a saber pelo seu Presidente que; “de acordo com os Estatutos da ANGF”???, os Grupos seus associados estão impedidos de participar em Corridas onde participem Grupos não-associados da ANGF (eufemísticamente diz-se “não querem ser convidados”).
Também as Empresas ou Entidades que organizam Corridas de Toiros e contratem Grupos de Forcados não pertencentes à ANGF, ficam vetadas (diz-se “não queremos ser convidados”) durante toda a temporada.
Na temporada seguinte ficam “livres” mas apenas se não voltarem a contratar Grupos não associados.
Será que a Lei e os princípios que enformam a nossa cultura social e empresarial não estão aqui postos em causa?
Será que o direito e liberdade de Associação estão salvaguardados?
A ANGF e os Grupos seus Associados têm toda a legitimidade para aceitar ou recusar Contratos, agora não podem é “condenar”, ou no mínimo “vetar”, com a agravante de o fazerem sem prestar qualquer informação à entidade visada.
O Município não tem que conhecer os Estatutos das Entidades com quem contrata serviços, desde que o faça com Entidades ou Empresas legalmente constituídas, o que pensamos ser o caso.
Muito menos tem o dever de saber ou mesmo o de questionar previamente, se a entidade a contratar pertence ou não a qualquer Associação ou Federação do seu ramo de actividade.
Tanto quanto nos é dado saber, o facto de pertencer ou não a Associações ou Federações de qualquer ramo de actividade, é um acto de liberdade consignado na Lei e não uma condição obrigatória para o exercício de qualquer actividade.
Temos inclusive fundadas dúvidas que o comportamento da ANGF tenha algum fundamento legal, já que o que está em causa não é o direito da ANGF colocar condições aos seus associados mas sim os condicionamentos directos e indirectos, que isso implica a terceiros.
O Regulamento da ANGF, que agora fomos consultar, diz que:
“O não cumprimento dos valores mínimos acordados na ANGF, pelas empresas contratantes, poderá dar direito a que a mesma seja vetada pela Associação.”
“Nos termos do número anterior, uma empresa que queira voltar a contratar um Grupo de Forcados pertencentes à ANGF, terá de pagar uma indemnização ou sanção a qual será definida pela direcção.”
Deverá ser assim?
-Em primeiro lugar, quem contrata um Grupo de Forcados não tem que conhecer as determinações da ANGF, já que esta como qualquer outra Associação, só vincula os seus membros.
-Em segundo lugar, é a lei que define as sanções (monetárias ou outras) para quem não cumpre os Contratos que assinou.
-Em terceiro lugar porque, os Contratos são assinados com os Grupos e portanto os valores ai inscritos são os únicos com valor legal e só por esses o contratante vai responder
Ao abrigo de que legislação a ANGF se atribui o poder de definir sanções ou indemnizações pelo não cumprimento de tabelas que o contratante não tem obrigação de conhecer?
Então se um Grupo associado decidir não cobrar ou ainda (como dizem as “más línguas”) algum grupo pagar ou encontrar quem pague, a sua participação numa ou mais corridas, o empresário fica vetado?
Então agora os empresários e as entidades que promovem Corridas de Toiros são “polícias” da ANGF?
Para nós, não está em causa a liberdade de associação, está em causa, um conjunto de prejuízos vários que esta atitude comporta e no caso concreto, os da Corrida de Toiros em Santiago Maior.
Como é possível inviabilizar a participação de dois Grupos nesta Corrida depois de ambos terem aceitado (inclusive um, com Contrato já assinado) e sem previamente comunicar qualquer decisão à entidade visada?
Será que a direcção da ANGF tem consciência da dimensão dos prejuízos e constrangimentos que o seu comportamento irresponsável comporta para as pessoas e instituições envolvidas neste triste episódio?
Será que a direcção da ANGF tem consciência da importância que estes comportamentos assumem no degradar do ambiente entre aficionados e os efeitos nefastos na própria imagem da Festa Brava?
Será que a direcção da ANGF tem consciência de que não pode defender os Grupos seus associados condicionando a actividade dos restantes intervenientes nos Espectáculos Tauromáquicos?
O Presidente da Câmara de Alandroal respeita todas as Associações legais do país e não tem que concordar ou discordar dos Estatutos ou Regulamentos de cada uma.
Há todavia uma coisa que o Presidente do Município tem que defender até às últimas consequências; são os direitos da Entidade a que tem a honra de presidir e em especial aqueles que afectam directamente os seus munícipes.
E esses direitos serão defendidos, seja em que circunstâncias forem.
E, porque as pessoas têm direito a ser devidamente informadas (neste caso, em particular os aficionados), terminamos com algumas notas indispensáveis:
1- O Presidente da Câmara Municipal de Alandroal reserva-se o direito de recorrer às instâncias necessárias para defender os seus direitos e o respeito pela Instituição a que preside.
2- O Município de Alandroal tem o maior respeito pela coragem dos Moços de Forcado (artista tauromáquico genuinamente português) e pelo trabalho e historial dos Grupos de Forcados em geral.
Assim sendo, o Município continuará a contratar todos aqueles a quem reconhece qualidade e estejam dispostos a trabalhar com a Autarquia na defesa e promoção da Festa Brava.
3- Se o objectivo era inviabilizar a corrida, como é óbvio não foi conseguido:
- O prestigiado Grupo de Forcados Amadores do Ribatejo irá pegar os 6 (seis) toiros da Ganadaria Canas Vigoroux .
A bem da Festa de Toiros, enquanto manifestação cultural portuguesa.
Alandroal, 24 de Setembro de 2007
O Presidente da Câmara Municipal
João José Martins Nabais"